PIS/PASEP esquecido: veja como recuperar valores antigos ainda disponíveis
Muitos trabalhadores podem ter valores esquecidos no antigo fundo PIS/PASEP, que foi extinto em 2020. Esse fundo, criado para distribuir parte das receitas das empresas entre seus empregados, acumulou valores que ainda estão disponíveis para saque. A oportunidade de resgatar esses recursos vai até 26 de janeiro de 2026, com um montante total de cerca de R$ 26 bilhões.
Os valores variam conforme o tempo de serviço e o salário recebido, com um saldo médio estimado de R$ 2.800 por pessoa. No entanto, muitos trabalhadores ainda não realizaram o saque desses valores, que ficaram retidos por anos. Para facilitar o acesso, o Ministério da Fazenda lançou a plataforma REPIS Cidadão (repiscidadao.fazenda.gov.br), que reúne as informações necessárias para consulta e resgate.
Por meio dessa plataforma, trabalhadores ou seus herdeiros podem verificar se têm direito a algum saldo e aprender como proceder para solicitar o saque. A ferramenta é acessível por meio de um login com o Gov.br e oferece orientações detalhadas sobre o que é necessário para resgatar os valores esquecidos.
Além da plataforma digital, é possível realizar a consulta e o saque pelo aplicativo FGTS ou diretamente nas agências da Caixa Econômica Federal (caixa.gov.br). Essas facilidades têm ajudado muitos a resgatar valores que, de outra forma, poderiam ser esquecidos.

Índice – PIS/PASEP
O que é o PIS/PASEP e quem tem direito
O PIS (Programa de Integração Social) e o PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) foram criados com o objetivo de distribuir parte das receitas das empresas privadas e públicas entre seus trabalhadores. Esses programas funcionaram até 1988, quando a Constituição alterou as regras de distribuição, mas as cotas acumuladas até então permanecem vinculadas ao CPF do trabalhador.
Quem trabalhou com carteira assinada na iniciativa privada ou atuou como servidor público entre 1971 e 1988 pode ter direito ao saque das cotas acumuladas no PIS/PASEP. O valor a ser resgatado depende do tempo de serviço e da remuneração na época. O pagamento dos valores foi suspenso por muitos anos, mas agora existe uma oportunidade para os trabalhadores resgatarem esse montante.
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Diferença entre PIS (iniciativa privada) e PASEP (servidores públicos)
A principal diferença entre o PIS e o PASEP está no público-alvo. O PIS era destinado aos trabalhadores da iniciativa privada, enquanto o PASEP atendia aos servidores públicos. Ambos os programas funcionavam de maneira similar, com depósitos realizados pelas empresas e governo em contas individuais dos trabalhadores.
Embora os dois programas tenham objetivos semelhantes, os critérios e a gestão das cotas sempre foram distintos. Com a unificação no FGTS em 2020, o processo de resgates e consultas foi centralizado e simplificado, e hoje todos os trabalhadores podem acessar seus valores pela Caixa Econômica Federal.
Quem recebeu depósitos entre 1971 e 1988 pode ter saldo
Trabalhadores que atuaram entre 1971 e 1988, seja no setor privado ou público, podem ter saldo no PIS/PASEP. Muitas pessoas não realizaram o saque desses valores por desconhecimento ou por não estarem cientes de que os fundos ainda estavam disponíveis para resgates.
Esses valores não foram resgatados em sua época devida, mas os trabalhadores ou seus herdeiros agora têm uma nova chance de recuperar o dinheiro. O total disponível é significativo, mas muitos ainda não acessaram os recursos.
Requisitos para o trabalhador ou herdeiros acessarem o benefício
Para acessar os valores do PIS/PASEP, o trabalhador ou seus herdeiros devem cumprir alguns requisitos específicos.
O titular deve ser uma pessoa que tenha trabalhado com carteira assinada ou como servidor público entre 1971 e 1988, e que não tenha retirado o saldo até a data de extinção do fundo. Além disso, o trabalhador ou o herdeiro deve estar dentro das condições legais para fazer o resgate, como ter idade mínima ou ser dependente legal, no caso de herdeiros.
Por que existem valores esquecidos do PIS/PASEP
Há vários motivos pelos quais muitos valores do PIS/PASEP permanecem esquecidos, mesmo com a possibilidade de resgatar o saldo. Esses valores têm se acumulado ao longo dos anos, principalmente devido à falta de conhecimento dos trabalhadores sobre o saque, ou pela mudança nas regras de resgates.
Falta de saque após a unificação no FGTS
Após a unificação do processo de saque com o FGTS em 2020, muitos trabalhadores que tinham direito a valores no PIS/PASEP não retiraram os recursos. A mudança no processo e a confusão gerada pela centralização dificultaram o acesso dos beneficiários, deixando muitos recursos sem serem resgatados.
Mudanças nas regras de saque ao longo dos anos
As regras para o saque do PIS/PASEP passaram por várias mudanças ao longo do tempo. A principal mudança ocorreu com a Constituição de 1988, que alterou o formato de distribuição das cotas.
No entanto, os trabalhadores ainda podiam acessar os valores de suas cotas acumuladas sob certas condições, mas muitas pessoas não souberam como proceder ou simplesmente não estavam cientes de seus direitos.
Beneficiários falecidos e herdeiros que não buscaram os valores
Em muitos casos, os valores ficaram sem ser retirados após o falecimento dos beneficiários. Os herdeiros podem solicitar o saque das cotas, mas, em muitos casos, isso não foi feito. Agora, com a plataforma REPIS Cidadão, esse processo ficou mais acessível, e herdeiros podem realizar o resgate de forma simplificada.

Como consultar se você tem saldo antigo no PIS/PASEP
Para verificar se você tem saldo no PIS/PASEP, existem diferentes opções de consulta, todas acessíveis pela internet ou diretamente em uma agência da Caixa Econômica Federal.
Consulta pelo site ou aplicativo do FGTS (Caixa)
A maneira mais simples de realizar a consulta é através do site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do FGTS. Basta acessar a plataforma, realizar o login com sua conta Gov.br e verificar se há saldo disponível para saque.
Alternativa de verificação com CPF e carteira de trabalho
Outra forma de consulta é utilizando seu CPF e o número da carteira de trabalho no site da Caixa. Essa verificação também pode ser realizada pessoalmente em uma agência da Caixa, caso o trabalhador prefira o atendimento presencial.
Como consultar valores de parentes falecidos
Se você é herdeiro de um trabalhador falecido, pode consultar o saldo de PIS/PASEP que ele deixou para trás. O processo é semelhante, mas será necessário apresentar documentos como a certidão de óbito e outros documentos legais que comprovem a relação de herança, como inventário ou alvará judicial.
Como recuperar os valores esquecidos do PIS/PASEP
Se a consulta mostrar que há saldo disponível, o próximo passo é realizar o saque, que pode ser feito de várias maneiras.
Passo a passo para solicitar o saque na Caixa Econômica
O saque dos valores pode ser solicitado diretamente pelo aplicativo FGTS ou em uma agência da Caixa. Os trabalhadores podem escolher entre transferir o saldo para sua conta bancária ou retirar o montante diretamente no caixa da instituição.
Documentos exigidos para o titular ou familiares
O trabalhador ou os herdeiros precisarão apresentar documentos como RG, CPF, além de comprovante de residência e, no caso de herdeiros, documentação de herança como certidão de óbito e inventário.
Prazo para receber os valores após a solicitação
O pagamento do saldo será feito conforme o cronograma da Caixa Econômica Federal, com datas de saque definidas para cada período de solicitação. Os valores podem ser transferidos para a conta bancária do beneficiário ou pagos por meio de poupança social digital.
Dúvidas frequentes sobre o PIS/PASEP esquecido
Ainda é possível sacar se o titular já faleceu?
Sim, os herdeiros legais podem acessar os valores deixados pelo trabalhador falecido. A solicitação deve ser feita pela plataforma REPIS Cidadão ou diretamente na Caixa Econômica Federal, com os documentos que comprovem o vínculo familiar.
Preciso estar com o CPF regularizado para receber?
Sim, é necessário que o CPF do trabalhador ou dos herdeiros esteja regularizado para que o saque seja efetuado.
Os valores esquecidos são corrigidos monetariamente?
Sim, os valores são corrigidos pelo IPCA-15, garantindo que o montante recebido esteja atualizado.