BPC/LOAS 2025: regras, valor do benefício e quem continua recebendo
O Benefício de Prestação Continuada (BPC), um dos principais pilares da assistência social no Brasil, passa por importantes atualizações em suas regras a partir de 2025. A nova legislação, já em vigor, estabelece critérios mais rigorosos para a concessão e manutenção do auxílio, com o objetivo de aprimorar a gestão do programa e garantir que os recursos cheguem a quem realmente precisa.
As alterações abrangem desde a forma de cálculo da renda familiar até a implementação de novas exigências cadastrais, como a obrigatoriedade da identificação biométrica. Essas medidas visam aumentar o controle sobre o benefício, combatendo fraudes e irregularidades e assegurando a sustentabilidade do programa a longo prazo.
Para os atuais e futuros beneficiários, a compreensão dessas novas diretrizes é fundamental. O descumprimento dos requisitos atualizados pode levar à suspensão ou até mesmo ao cancelamento do benefício, que corresponde a um salário-mínimo mensal e é destinado a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.
Navegar por este novo cenário exige atenção aos detalhes do processo de solicitação, aos documentos exigidos e aos critérios de elegibilidade. Manter o Cadastro Único (CadÚnico) em dia e acompanhar as convocações do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) são ações essenciais para garantir a continuidade desse direito.

Índice – BPC/LOAS 2025
Quais são as novas regras do BPC/LOAS em 2025
A partir de 2025, a concessão e a manutenção do Benefício de Prestação Continuada (BPC) passam a seguir regras mais estritas, implementadas por uma nova legislação federal. Uma das mudanças mais significativas é a obrigatoriedade da identificação biométrica para todos os requerentes e beneficiários. A medida, que inclui a coleta de impressões digitais e foto facial, visa aumentar a segurança e prevenir fraudes.
Outra alteração importante diz respeito à atualização do Cadastro Único (CadÚnico). O prazo para a revisão periódica dos dados cadastrais foi reduzido, exigindo que as famílias mantenham suas informações atualizadas com maior frequência. A falha em cumprir essa exigência pode levar à suspensão do benefício.
Adicionalmente, o cálculo da renda familiar, critério central para a concessão do BPC, também sofreu alterações. A nova regra passa a considerar rendimentos que antes eram excluídos, o que pode tornar o acesso ao benefício mais restritivo para algumas famílias. A legislação também fortaleceu os mecanismos de cruzamento de dados do INSS com outras bases governamentais para uma fiscalização mais eficaz.
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Qual é o valor do BPC em 2025 e como ele é calculado
O valor do Benefício de Prestação Continuada é fixo e corresponde a um salário mínimo nacional vigente. Como o salário mínimo é reajustado anualmente, o valor do BPC também é atualizado todos os anos. Para 2025, o benefício acompanha o valor do piso nacional estabelecido para o período.
O cálculo para a elegibilidade ao benefício, no entanto, não se baseia no valor do BPC, mas sim na renda por pessoa do grupo familiar. Para ter direito, a renda per capita da família do requerente deve ser igual ou inferior a um quarto do salário-mínimo. Por exemplo, considerando o salário-mínimo de R$ 1.518,00, a renda por pessoa não poderia ultrapassar R$ 379,50.
Para chegar a esse valor, soma-se a renda bruta de todos os membros da família que vivem na mesma residência e divide-se o total pelo número de pessoas. Com as novas regras, benefícios como aposentadorias e pensões recebidos por outros membros da família voltam a ser considerados nesse cálculo, o que pode dificultar o enquadramento no critério de baixa renda.
Quem continua recebendo o BPC com as novas regras
Continuam tendo direito ao BPC os dois públicos historicamente atendidos pelo programa: idosos e pessoas com deficiência que se encontram em situação de vulnerabilidade. Para os idosos, é necessário ter 65 anos de idade ou mais. Para as pessoas com deficiência, não há um limite de idade, mas é preciso comprovar a existência de impedimentos de longo prazo.
A comprovação da deficiência e do seu grau de impedimento é feita por meio de uma avaliação médica e social realizada por peritos do INSS. Essa avaliação busca verificar se a condição do requerente o impede de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas.
O critério de renda, no entanto, é o que definirá a continuidade do benefício para muitos. Continuarão recebendo o BPC aquelas famílias que, mesmo com a inclusão de outras fontes de renda no novo cálculo, ainda se mantenham com uma renda per capita igual ou inferior a um quarto do salário-mínimo.
Como solicitar o BPC/LOAS em 2025 passo a passo
O processo para solicitar o BPC em 2025 começa com a inscrição ou a atualização do Cadastro Único (CadÚnico). Este é um pré-requisito obrigatório, e deve ser feito no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo da residência da família. Sem um CadÚnico ativo e atualizado, o pedido no INSS não pode ser iniciado.
Com o CadÚnico em dia, o segundo passo é fazer o requerimento do benefício junto ao INSS. A solicitação pode ser feita de forma remota, através do aplicativo ou do site Meu INSS (meu.inss.gov.br), ou por telefone, pela Central 135. Ao fazer o pedido, o sistema solicitará o preenchimento de informações e o envio de documentos digitalizados.
Após o requerimento, o INSS agendará as avaliações necessárias. Para os requerentes com deficiência, serão agendadas uma perícia médica e uma avaliação social. Para os idosos, a avaliação social também pode ser necessária para comprovar a situação de vulnerabilidade. O comparecimento a essas avaliações é obrigatório.

Documentos exigidos para pedir o benefício assistencial
Para dar entrada no pedido do BPC, é fundamental ter em mãos a documentação correta. O primeiro documento essencial é o CPF de todos os membros da família que residem na mesma casa. Além disso, é preciso apresentar um documento de identificação com foto do requerente e do responsável legal, se for o caso.
Um comprovante de residência atualizado também faz parte da lista de documentos básicos. Para a comprovação da condição de deficiência, o requerente deve apresentar todos os laudos, exames e relatórios médicos que possuir, pois eles auxiliarão o perito do INSS na avaliação.
Para a avaliação social e a comprovação da renda, pode ser solicitado que o requerente apresente documentos que demonstrem os gastos da família, como contas de água, luz, aluguel e despesas com medicamentos. Embora não seja uma lista fixa, ter esses comprovantes organizados pode ajudar a demonstrar a situação de vulnerabilidade.
Como acompanhar o andamento do pedido pelo app ou site
Após a formalização do pedido, o acompanhamento do seu andamento é uma etapa importante. A principal ferramenta para isso é a plataforma Meu INSS, acessível pelo site ou pelo aplicativo de celular. Ao fazer o login com a conta Gov.br, o cidadão pode consultar o status de seus requerimentos.
Dentro do “Meu INSS”, na opção “Consultar Pedidos”, o sistema exibe o andamento do processo, informando se ele está em análise, se foi agendada alguma perícia ou se já há uma decisão. Caso o INSS exija algum documento complementar, essa pendência também será informada na plataforma, com um prazo para o seu cumprimento.
O acompanhamento regular é fundamental para não perder prazos, como o de comparecimento a uma perícia ou o de cumprimento de uma exigência. A perda desses prazos pode levar ao indeferimento do pedido por abandono do processo. A Central 135 também é um canal para obter informações sobre o andamento.
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Motivos que podem levar ao bloqueio ou suspensão do BPC
Diversos fatores podem levar à suspensão ou ao bloqueio do BPC, e as novas regras de 2025 reforçam a necessidade de atenção por parte dos beneficiários. O motivo mais comum é a desatualização do Cadastro Único. A lei exige que o cadastro seja atualizado a cada dois anos, ou sempre que houver uma mudança na família.
A superação do critério de renda é outra causa frequente para o bloqueio. Se, em um cruzamento de dados, o INSS identificar que a renda por pessoa da família ultrapassou o limite de um quarto do salário mínimo, o benefício será suspenso. Com as novas regras de cálculo, mais famílias podem se encontrar nessa situação.
O não comparecimento à convocação para reavaliação periódica do benefício ou para a perícia médica de revisão também resulta no bloqueio imediato do pagamento. Da mesma forma, a não realização do cadastramento biométrico, que se tornou obrigatório, será um novo motivo para a suspensão do auxílio.