Peso no bolso: valor da conta de luz dos brasileiros sobe, mas é possível pagar menos
Conta de luz é uma despesa mensal que pesa bastante no orçamento de muitas famílias; aumento na tarifa preocupa quem ganha menos
Neste mês de maio que se inicia, a conta de luz dos brasileiros sofrerá um aumento com a volta da bandeira amarela, medida anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O ajuste será de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, impactando diretamente o bolso do consumidor.
O acréscimo é um reflexo da elevação no custo da geração de energia, que se intensifica com a redução das chuvas, comuns nessa transição entre as estações. A mudança de bandeira tarifária ocorre devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, que não conseguem mais suprir a demanda por energia.
Para contornar esse problema, é preciso acionar termelétricas, que têm um custo bem mais alto. A aplicação da bandeira amarela, portanto, visa refletir esse aumento nos custos de produção de energia, garantindo o equilíbrio financeiro do sistema elétrico.

Bandeiras tarifárias: o que cada uma representa?
Em primeiro lugar, as bandeiras tarifárias indicam as condições de geração de energia e o valor adicional a ser pago pelos consumidores, dependendo da situação dos reservatórios e da produção de eletricidade.
Cada bandeira é uma forma de sinalizar ao consumidor o impacto da variação climática na geração de energia e, por consequência, no valor da conta de luz. Veja os diferentes tipos de bandeira e seus valores:
- Bandeira verde: Sem cobrança extra – Quando as condições de geração de energia são favoráveis, e o custo de produção de eletricidade é baixo.
- Bandeira amarela: R$ 1,88 a cada 100 kWh – Quando as condições são menos favoráveis, exigindo o uso de termelétricas mais caras.
- Bandeira vermelha: R$ 4,46 a cada 100 kWh – Quando a geração de energia enfrenta dificuldades, com maior uso de usinas caras.
- Bandeira vermelha 2: R$ 7,88 a cada 100 kWh – Quando as condições de geração são ainda mais complicadas, com alto uso de usinas termelétricas.
A atenção às bandeiras tarifárias pode ajudar o consumidor a se organizar melhor e a reduzir gastos com eletricidade durante o período seco. Caso a bandeira volte a ficar verde, você será o primeiro a saber e poderá respirar mais aliviado novamente.
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Impacto da seca e aumento na conta de luz
O retorno da bandeira amarela em maio não é novidade, mas marca o fim de um período de alívio para os consumidores. Desde dezembro, a tarifa ficou sem acréscimos devido à bandeira verde, já que as chuvas ajudaram a encher os reservatórios das hidrelétricas.
Contudo, com a chegada do tempo seco e a queda das chuvas, o cenário muda, forçando o sistema elétrico a recorrer a alternativas mais caras, como as termelétricas, o que resulta no aumento da tarifa.
A mudança de bandeira, então, é uma medida necessária para equilibrar as finanças do sistema de geração de energia e fazer com que os custos de produção sejam repassados de forma justa aos consumidores.
Embora o aumento não seja bem-vindo, ele demonstra a realidade atual do sistema elétrico, que depende das condições climáticas para determinar o preço da energia. Em função disso, os brasileiros terão que se adaptar ao novo cenário e controlar seu consumo para não tomarem sustos na fatura.
Por fim, aqui vão algumas dicas que são bem-vindas para você economizar na conta de luz:
- Desligue aparelhos eletrônicos quando não estiver usando;
- Aproveite a luz natural ao máximo;
- Evite lâmpadas acesas todo tempo;
- Tome banhos mais curtos;
- Solicite a Tarifa Social de Energia Elétrica.
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