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Renda acima do limite? Saiba se BPC ainda é possível quando ganhos mensais são mais altos

Quem recebe o BPC precisa se preocupar com o limite de renda familiar. Veja em quais situações o benefício pode ser mantido mesmo com ganhos mais altos.

Que o Benefício de Prestação Continuada é um suporte essencial para idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social, isso não é novidade para ninguém que atende aos critérios.

Atualmente, o BPC proporciona um salário mínimo mensal, mas para que uma família consiga acessar esse benefício, é necessário cumprir certos requisitos. A principal exigência é que a renda por pessoa não ultrapasse 1/4 do salário mínimo.

No entanto, muitas famílias enfrentam dificuldades, pois a renda familiar pode superar ligeiramente esse limite, especialmente quando há gastos elevados com tratamentos médicos. Assim, a questão surge: será possível obter o BPC, mesmo com a renda um pouco acima do limite?

Renda acima do limite? Saiba se BPC ainda é possível quando ganhos mensais são mais altosRenda acima do limite? Saiba se BPC ainda é possível quando ganhos mensais são mais altos
INSS estabelece limite de renda para conceder BPC, mas advogados encontram brecha na lei! Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

Despesas médicas podem ajudar na solicitação do BPC?

Antes de mais nada, é importante entender que o INSS, ao avaliar a elegibilidade para o BPC, leva em consideração não apenas a renda, mas também a vulnerabilidade social da família. Logo, é possível que, em alguns casos, as despesas médicas possam ser levadas em conta para ajustar a análise do benefício.

Segundo advogados previdenciários, é possível abater algumas despesas médicas do cálculo da renda familiar. Despesas com tratamentos de saúde, medicamentos, alimentação especial e fraldas, por exemplo, podem ser descontadas, desde que não fornecidos pelo SUS.

Tais abatimentos podem diminuir a renda considerada pelo INSS, ajudando a família a se enquadrar nos critérios do programa. Lembrando que, com o salário mínimo a R$ 1.518 este ano, a renda per capita fica limitada em R$ 379,50. As exceções são os casos citados acima.

Já se a família precisar incluir outras despesas, como aluguel e energia, a situação se torna mais complicada. Nesse caso, o melhor caminho é recorrer à justiça, pois a legislação brasileira permite que as famílias apresentem provas de sua vulnerabilidade social, tornando-as elegíveis ao BPC.

Saiba mais: BPC corre risco sério por conta de leve erro no Cadastro Único; saiba como evitar

Em caso de recusa pelo INSS, quais medidas posso tomar?

Caso o INSS negue o benefício, as famílias podem também recorrer à Justiça. Ao apresentar os comprovantes das despesas e a situação de vulnerabilidade social, é possível que o juiz considere a concessão do benefício, mesmo que a renda familiar ultrapasse o limite estipulado.

Para esse processo, é fundamental manter todos os comprovantes de pagamento de despesas e ter o CadÚnico atualizado. Além disso, é de suma necessidade manter o acompanhamento médico regular e os documentos atualizados.

O CadÚnico, que é o cadastro de programas sociais do governo, deve estar correto e refletir a situação atual da família. A atualização das informações também ajuda a garantir que o pedido de BPC seja analisado com base em dados recentes.

Em resumo, ter todos os comprovantes e manter o CadÚnico atualizado são passos essenciais para a solicitação do BPC. Sem esses documentos, será difícil argumentar com sucesso sobre as dificuldades financeiras da família e como isso afeta a renda disponível para outros gastos essenciais.

Por fim, os familiares que possuem pessoas com deficiência ou idosos com mais de 65 anos devem estar sempre atentos à manutenção dos registros e buscar orientação jurídica caso a recusa do INSS ocorra após o pedido.

Veja também: Quem achava que podia receber o BPC pode estar fora com nova lei aprovada

Andrei Hardtke

Andrei Hardtke, natural de Pelotas/RS, 24 anos de idade. Formado em Letras pela UFPel, pós-graduado em Linguagens e atual redator do Cadastro Único Brasil. Desde criança, as palavras sempre estiveram comigo, do gibi às palavras cruzadas. Já há alguns anos, descobri uma paixão por escrever poemas como um passatempo, o que me inspirou a ser redator e escrever textos que não só informam, mas que também cativam e emocionam.

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