A expansão da rede 5G no Brasil exige liberação da faixa de 3,5 GHz, até então usada pelas parabólicas convencionais. Com isso, cerca de 11 milhões de domicílios que dependem desse equipamento precisarão migrar para a parabólica digital, tecnologia que opera na banda Ku e garante transmissão sem interferências.
O governo federal coordena a troca por meio da entidade Siga Antenado, criada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e financiada pelas operadoras vencedoras do leilão 5G. O programa distribui kits completos – antena menor, receptor e cabos – a famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico.
Segundo a Anatel, o desligamento do sinal analógico avançou em capitais como Brasília, São Paulo e Recife, onde o 5G pleno já cobre mais de 80 % da área urbana. Nessas regiões, quem não modernizar o sistema deixará de ver canais abertos via satélite nas próximas semanas.
Para evitar perda de serviço, o Ministério das Comunicações recomenda solicitar o kit gratuito assim que a cidade entra no cronograma oficial. O agendamento inclui visita técnica sem custo, realizada por equipe credenciada que instala e aponta a nova parabólica digital para o satélite adequado.
Índice – Parabólica digital
O que é a parabólica digital e por que ela é necessária
Diferença entre parabólica digital e parabólica tradicional
A parabólica tradicional trabalha na banda C, faixa suscetível à interferência das redes 5G. A versão digital usa banda Ku, transmitindo sinal comprimido em MPEG-4, o que permite antena menor e receptor com decodificador embutido. O espectro separado evita ruídos e retira chuviscos típicos da tecnologia analógica.
Desligamento do sinal analógico e impactos na TV aberta
O edital 5G definiu que, até 31 de dezembro de 2025, todas as capitais devem liberar a faixa de 3,5 GHz. O corte bloqueia recepção das parabólicas antigas, afetando lares que dependem do satélite para ver jornais regionais, novelas e futebol sem assinatura.
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Benefícios da nova tecnologia: imagem e som em alta definição
Com o novo padrão, a transmissão passa para resolução Full HD e áudio AAC, oferecendo mais de 140 canais livres, incluindo emissoras estaduais. O receptor reorganiza a grade automaticamente, exibindo numeração padronizada e guia eletrônico com horários de programação.
Quem tem direito à instalação gratuita da parabólica digital
Requisitos para solicitar o kit gratuito
A família precisa:
1) estar inscrita no CadÚnico;
2) possuir renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa;
3) usar parabólica tradicional ativa;
4) residir em município com fase de desligamento iniciada.
Público-alvo: famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico
Beneficiários do Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica, BPC ou Auxílio Gás se enquadram automaticamente, desde que a antena analógica esteja instalada e em funcionamento.
Cidades que já estão com o sinal analógico desligado
Até maio de 2025, 1 287 municípios concluíram a migração, entre eles Rio de Janeiro, Curitiba, Manaus, Campo Grande e João Pessoa. A lista atualizada aparece no site sigaantenado.com.br.
Como pedir a parabólica digital gratuitamente
Passo a passo para fazer o pedido pelo site Siga Antenado
- Acesse sigaantenado.com.br e clique em “Verifique se tem direito”.
- Informe CPF ou NIS; o sistema confirma elegibilidade.
- Escolha data disponível e cadastre telefone para contato; o protocolo é enviado por SMS.
Canais alternativos: telefone e pontos de atendimento locais
Quem não possui internet pode ligar para 0800 729 2404 (24 h) ou procurar postos montados em CRAS, associações de bairro e secretarias de assistência social.
Documentos e dados necessários para solicitar a antena
CPF, NIS, endereço completo, referência de localização da parabólica atual e duas opções de data para visita. Não há cobrança de taxa nem exigência de comprovante de compra.
Como funciona o agendamento e a instalação da nova parabólica
Visita técnica gratuita feita por equipe autorizada
Técnicos uniformizados instalam a antena digital, substituem cabos e configuram o receptor, testando qualidade do sinal em tempo real. O morador assina termo de conclusão.
Prazo médio após a solicitação do agendamento
Capitais: até 15 dias corridos. Interior: de 20 a 30 dias, conforme logística da empresa contratada. Reagendamentos podem ser feitos pelo telefone ou pelo link enviado por SMS.
O que o morador precisa garantir no dia da instalação
Acesso ao telhado ou laje segura, presença de adulto responsável, tomada próxima ao televisor e espaço para descartar a antena antiga, que é recolhida e enviada para reciclagem.
Dúvidas frequentes sobre a parabólica digital gratuita
Quem já tem TV digital precisa da nova parabólica?
Não, televisores conectados a antena UHF interna ou externa continuam funcionando. A troca é necessária apenas para quem depende de parabólica banda C.
A parabólica digital substitui antenas comuns?
A nova parabólica capta apenas sinal via satélite. Casas que recebem conteúdo por antena UHF não precisam instalar o kit.
É possível instalar sem estar no CadÚnico?
Sim, mas sem gratuidade. O usuário compra kit compatível (parabólica banda Ku + receptor) e contrata técnico particular, respeitando normas de apontamento e aterramento.
