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Mitos sobre o INSS em 2025: desvendamos 5 crenças que podem arruinar sua aposentadoria

Chega de “ouvir dizer”! Saiba quais são as informações falsas mais comuns sobre aposentadoria, BPC e o cálculo do benefício para garantir seus direitos com segurança.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é um campo fértil para mitos e boatos. Com as constantes mudanças nas regras de aposentadoria, especialmente após a Reforma da Previdência de 2019, é fácil se confundir e tomar decisões erradas baseadas em informações incorretas.

Em 2025, com a consolidação das regras de transição, a desinformação pode custar caro, fazendo você se aposentar com um valor menor do que o devido ou, pior, atrasando anos de benefício.

Neste artigo, desvendamos os 5 mitos mais perigosos sobre o INSS que você precisa ignorar e substituí-los pelas verdades da lei. Não confie no que “dizem por aí”; confie apenas nos dados do seu histórico de contribuição e na legislação vigente.

Mito 1: “Vou me aposentar com o valor do meu último salário integral.”

MITO.

A Verdade: Desde a Reforma da Previdência, a aposentadoria não é mais calculada com base nos 80% maiores salários de contribuição.

O valor do benefício hoje é calculado sobre 100% de todos os seus salários de contribuição a partir de julho de 1994, com a aplicação de um coeficiente.

Para ter direito a 100% da média salarial, as mulheres precisam de 35 anos de contribuição e os homens de 40 anos de contribuição. Caso contrário, o coeficiente será reduzido.

Portanto, o valor do seu último salário, que geralmente é o mais alto, não é o que define sua aposentadoria. O cálculo considera toda a sua vida contributiva, e o valor final pode ser bem menor do que você espera, a depender do seu tempo de contribuição.

Mito 2: “Quem nunca contribuiu para o INSS não tem direito a nada.”

MITO.

A Verdade: Existe um benefício assistencial pago pelo INSS para quem nunca contribuiu: o Benefício de Prestação Continuada (BPC), também conhecido como LOAS.

O BPC não é uma aposentadoria, não exige tempo de contribuição nem carência, mas exige dois requisitos principais:

  1. Ter 65 anos de idade ou mais, ou ser Pessoa com Deficiência (PcD).
  2. Comprovar ser de baixa-renda (renda familiar por pessoa de até 1/4 do salário mínimo).

É crucial saber que o BPC não dá direito a 13º salário e não gera pensão por morte. No entanto, ele garante um salário mínimo por mês para quem se enquadra nos critérios de vulnerabilidade social.

Mito 3: “O INSS vai pagar 14º salário para aposentados e pensionistas em 2025.”

MITO.

A Verdade: O boato sobre o 14º salário ressurge todos os anos e é categoricamente falso. Não há previsão legal, nem aprovação no Congresso Nacional, para o pagamento de um salário extra (além do 13º) aos beneficiários do INSS.

Se você vir qualquer notícia ou mensagem afirmando o pagamento do 14º salário, desconfie, pois é uma fake news que muitas vezes é usada por golpistas para atrair vítimas.

Mito 4: “Posso me aposentar sem ter a idade mínima se tiver muitos anos de contribuição.”

MITO. (Depende da regra de transição)

A Verdade: Após a Reforma da Previdência, a aposentadoria exige idade mínima e tempo de contribuição. No entanto, as regras de transição podem flexibilizar isso, mas não eliminam totalmente o requisito:

  • Regra dos Pontos: Você precisa de 30 anos (mulheres) ou 35 anos (homens) de contribuição, e a soma da sua idade + tempo de contribuição deve atingir a pontuação exigida no ano (92 pontos para mulheres e 102 pontos para homens em 2025). Essa regra acaba exigindo uma idade mínima indiretamente.
  • Regra do Pedágio de 100%: Exige que mulheres tenham 57 anos e homens 60 anos, além de cumprir um pedágio de 100% do tempo que faltava para se aposentar na data da Reforma.

A única aposentadoria que não exige idade mínima, mas sim um tempo de contribuição alto, é a Aposentadoria da Pessoa com Deficiência (PcD), com regras específicas. Para a regra geral, a idade é um fator obrigatório.

Mito 5: “O simulador do Meu INSS é 100% confiável e mostra minha melhor aposentadoria.”

MITO.

A Verdade: O simulador do Meu INSS é uma ferramenta útil, mas não é completa e frequentemente esconde direitos.

O simulador costuma mostrar apenas as regras de transição mais comuns, sem considerar:

  • Tempo de serviço especial (insalubre/perigoso) que pode ser convertido em tempo comum.
  • Regras complexas como o Pedágio de 50%.
  • Aposentadorias por regras diferenciadas (PcD, professor, rural).
  • A possibilidade de entrar com a Revisão da Vida Toda (que hoje tem entendimento mais restrito e depende de decisão judicial).

O simulador é apenas um ponto de partida. Se você está a poucos anos de se aposentar, a melhor dica é procurar um advogado previdenciário para fazer um Planejamento Previdenciário. Só esse planejamento vai comparar todas as regras e calcular o melhor valor para o seu benefício.

Não deixe que mitos e informações antigas prejudiquem seu futuro financeiro.

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

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