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Guia do INSS: aprenda a consultar seu CNIS para evitar erros ao se aposentar

Documento pouco conhecido pode definir quando e quanto você vai receber de aposentadoria do INSS; nem todo mundo sabe como acessá-lo.

Quem trabalha por muitos anos e paga suas contribuições ao INSS espera que, no momento da aposentadoria, tudo esteja correto e sem surpresas. Porém, erros no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) podem comprometer esse processo.

O CNIS é o documento que reúne todo o histórico de vínculos trabalhistas, contribuições e salários, e sua verificação se tornou uma tarefa essencial para garantir uma aposentadoria sem contratempos.

Em 2025, com a digitalização dos serviços do INSS, o acesso ao CNIS ficou mais fácil e rápido, mas também mais necessário. É fundamental que os trabalhadores verifiquem se os dados estão corretos para eliminar dificuldades no futuro.

Guia do INSS: aprenda a consultar seu CNIS para evitar erros ao se aposentar
Redução de erros no CNIS garante uma aposentadoria mais tranquila pelo INSS. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

O que é o CNIS e por que ele é tão importante?

Se você pretende se aposentar ou deseja garantir que está cumprindo todas as exigências, a consulta ao CNIS deve ser feita com atenção. A seguir, vamos explicar por que consultar o CNIS regularmente é tão importante, como corrigir erros e o que fazer caso haja múltiplos cadastros no sistema.

O CNIS armazena informações detalhadas sobre o tempo de trabalho e as contribuições feitas por um trabalhador ao INSS. Ele inclui registros de vínculos empregatícios, salários de contribuição, afastamentos e qualquer outro dado relevante para o cálculo dos benefícios previdenciários.

A partir dessas informações, o INSS determina o valor da aposentadoria, auxílio-doença, pensão e outros benefícios. Já se os dados no CNIS não estiverem corretos, o cálculo da aposentadoria pode ser feito de forma errada, resultando em um valor abaixo do que o trabalhador deveria receber.

Em geral, erros de registro, como vínculos de trabalho não informados ou salários incorretos, são mais comuns do que se imagina e podem atrasar o acesso aos benefícios. Por isso, é essencial fazer a consulta regularmente para corrigir qualquer erro antes de solicitar a aposentadoria.

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Verificando vínculos e salários de contribuição ao INSS

A primeira coisa que você deve verificar ao consultar o CNIS são os vínculos trabalhistas registrados. Verifique se todas as empresas em que você trabalhou, desde o início da sua vida profissional, estão corretamente registradas no sistema.

O CNIS deve mostrar a data de entrada e, se aplicável, a data de saída de cada vínculo empregatício. Caso algum vínculo esteja ausente ou incorreto, é preciso corrigir esses dados para não prejudicar o cálculo do seu tempo de contribuição.

Além dos vínculos, os salários de contribuição também são de extrema importância. Eles representam os valores sobre os quais foram feitas as contribuições ao INSS e são utilizados no cálculo do valor do benefício.

Caso haja qualquer divergência entre o salário informado pelo trabalhador no CNIS e o valor realmente pago, é necessário corrigir essa informação para garantir que o cálculo da aposentadoria seja justo.

Neste ano, o INSS permite que os segurados acessem e visualizem o CNIS diretamente no site ou aplicativo do órgão. Caso perceba algum erro, o processo de correção é simples e pode ser feito online, sem a necessidade de ir até uma agência.

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Como corrigir erros envolvendo o CNIS?

A correção de erros no CNIS deve ser feita o quanto antes para evitar complicações no futuro. Se você notar que algum vínculo ou salário está incorreto, o primeiro passo é reunir os documentos que comprovam o erro.

Esse tipo de ação imediata do profissional pode incluir carteiras de trabalho, extratos de FGTS, recibos de pagamento, contratos de trabalho ou até mesmo a declaração anual do imposto de renda.

Após reunir os documentos necessários, acesse o Meu INSS ou ligue para o telefone 135 para iniciar a correção. O processo é gratuito, mas exige que os documentos sejam enviados de forma digital.

Se você não tiver acesso ao Meu INSS, pode comparecer a uma agência do INSS para solicitar a correção. A plataforma digital do INSS tem sido cada vez mais eficiente, permitindo que o processo seja feito de maneira mais rápida e sem burocracia.

Ademais, se tiver múltiplos cadastros no INSS, por exemplo, por ter trabalhado como empregado e também como autônomo, é importante unificar esses registros para garantir que todas as contribuições sejam contabilizadas. Isso pode ser feito facilmente através do Meu INSS ou pelo telefone 135.

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Atenção aos documentos e prazos da previdência

Ao fazer a consulta e correção do CNIS, é importante ter todos os documentos necessários à mão. A carteira de trabalho, extratos de FGTS, contratos de trabalho e outros comprovantes são essenciais para assegurar que a atualização seja feita corretamente.

Além disso, é recomendado que o segurado revise seu CNIS pelo menos uma vez por ano, principalmente se estiver próximo da aposentadoria. Isso ajuda a evitar surpresas no momento de solicitar o benefício.

O INSS tem atualizado o processo de correção e análise do CNIS, e agora o tempo médio de análise é de cerca de 30 dias. No entanto, casos mais complexos podem levar mais tempo. Por isso, é importante ficar atento às notificações do INSS e sempre acompanhar o andamento do pedido de correção.

Consultar e atualizar o CNIS é uma tarefa fundamental para quem busca uma aposentadoria tranquila e justa. Erros no registro de vínculos ou salários podem prejudicar o cálculo do benefício, resultando em valores menores ou até em atrasos na concessão da aposentadoria.

Portanto, verifique sempre seu extrato, corrija inconsistências o quanto antes e use as ferramentas disponíveis, como o Meu INSS, para garantir que todos os dados estejam corretos. Com isso, você evitará problemas e poderá receber o benefício com base em informações precisas e atualizadas.

Andrei Hardtke

Andrei Hardtke, natural de Pelotas/RS, 24 anos de idade. Formado em Letras pela UFPel, pós-graduado em Linguagens e atual redator do Cadastro Único Brasil. Desde criança, as palavras sempre estiveram comigo, do gibi às palavras cruzadas. Já há alguns anos, descobri uma paixão por escrever poemas como um passatempo, o que me inspirou a ser redator e escrever textos que não só informam, mas que também cativam e emocionam.

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