Fim dos R$ 600: Bolsa Família cai pela metade e beneficiários SURTAM de vez
O valor do Bolsa Família foi reduzido para milhares de famílias, gerando preocupação entre os beneficiários. Entenda os motivos por trás dessa mudança.
Conseguir um trabalho com carteira assinada representa uma conquista para muitas famílias. No entanto, para quem depende do Bolsa Família, essa nova etapa pode trazer dúvidas sobre a permanência no programa. Com mudanças recentes, o governo alterou as regras para quem consegue melhorar de renda.
Antes, os beneficiários mantinham o auxílio por dois anos mesmo após conquistar um emprego formal. Agora, esse tempo foi reduzido pela metade. A notícia pegou muitas famílias de surpresa, principalmente aquelas que ainda não compreenderam como a mudança funciona.
Além da redução no prazo, o valor também sofre corte. Quem segue recebendo após conseguir trabalho passa a ganhar apenas metade do que vinha recebendo. Mas essa redução não se aplica apenas à parcela principal. Os adicionais também passam pelo mesmo ajuste.

O que muda com a nova regra de proteção
A Regra de Proteção foi criada para que os beneficiários não perdessem o apoio do Bolsa Família de uma vez ao entrar no mercado formal. Até pouco tempo atrás, esse suporte extra durava 24 meses. Durante esse período, a família seguia recebendo parte do valor, mesmo com renda um pouco maior.
Com a mudança, esse tempo caiu para 12 meses. Ou seja, quem conseguir um trabalho com carteira assinada e ultrapassar os limites de renda definidos pelo programa poderá receber apenas durante um ano. Passado esse período, o benefício será interrompido.
Durante esses 12 meses, a pessoa ainda recebe ajuda do governo, mas com valor reduzido. Em vez de receber o valor total dos benefícios, o cálculo será feito com 50% de desconto. A medida tem como objetivo incentivar a independência financeira, mas também exige atenção por parte dos beneficiários.
Além do mais, a nova regra não leva mais em conta o valor do salário mínimo. Enquanto antes o governo permitia uma renda per capita de metade do salário mínimo (R$ 759 em 2025), agora o limite é de R$ 706.
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Como funciona o corte de 50% no Bolsa Família
Muita gente acredita que a redução vale apenas para o valor principal do Bolsa Família, que atualmente gira em torno de R$ 600. No entanto, o corte afeta todos os valores recebidos, incluindo os benefícios extras, como os pagos por filhos ou por gestantes.
Por exemplo: se uma família recebia R$ 600 de valor base e mais R$ 300 de adicionais, o total era de R$ 900. Já com a nova regra de proteção, o valor cairá para R$ 450, mesmo que a renda formal ainda esteja ajustada ao perfil de baixa renda.
Esse tipo de mudança pode causar bastante confusão e frustração entre os beneficiários que não acompanham as mudanças. Sendo assim, é fundamental ficar de olho no app do Bolsa Família e comunicados oficiais do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
Outro ponto que muitos desconhecem é que a regra só vale para quem atualiza o Cadastro Único e informa corretamente a nova situação de trabalho. Quem não cumpre essa etapa corre o risco de perder o benefício de forma definitiva ou ficar com o pagamento bloqueado até regularizar os dados.
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Importância de manter o cadastro atualizado
A atualização cadastral se tornou uma das etapas mais importantes para seguir no Bolsa Família, mesmo que de forma reduzida. O governo exige que essa revisão aconteça, no máximo, a cada dois anos. Mas qualquer mudança na composição da família, endereço ou renda deve ser informada imediatamente.
Quem muda de emprego, começa a ganhar mais ou tem alteração no número de moradores da casa precisa procurar o CRAS e atualizar os dados. Com as novas regras, um erro no cadastro pode levar ao corte do benefício por tempo indefinido.
Além disso, o sistema cruza dados com outros órgãos. Isso significa que o governo pode identificar aumentos de renda mesmo sem a pessoa informar. Nesses casos, a suspensão acontece sem aviso prévio. Manter os dados corretos é a melhor forma de evitar surpresas negativas.
Para acompanhar a situação, o responsável familiar pode consultar o aplicativo do Bolsa Família ou o site do Cadastro Único. Também é possível buscar atendimento no CRAS ou em unidades do CadÚnico nos municípios. O alerta é claro: quem mantém os dados em dia tem mais chances de receber sem pausas.
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Mudanças exigem atenção e informação
A redução no valor e no tempo de recebimento do Bolsa Família após conquista de emprego muda o cenário para milhares de famílias. A ideia do governo é estimular autonomia, mas sem deixar desamparado quem ainda precisa de apoio. Por isso, o período de 12 meses é uma fase de adaptação.
Para não perder o benefício, mesmo que com valor menor, o titular deve acompanhar de perto o próprio cadastro. Evitar atrasos na atualização e ficar atento às regras ajuda a evitar bloqueios e prejuízos. O programa ainda funciona como um importante apoio, mesmo com ajustes.
A regra de proteção não representa o fim do Bolsa Família, mas sim uma forma de organizar a saída gradual do programa para quem melhora de renda. Informar-se, seguir os prazos e manter tudo regular são passos essenciais para continuar recebendo o auxílio no tempo permitido.