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Programa Criança Feliz 2025: como funciona e quem pode participar

O programa Criança Feliz é uma das principais iniciativas do Governo Federal voltadas para a primeira infância, período que vai da gestação até os seis anos de idade. A ação busca fortalecer as políticas públicas de assistência social, atuando diretamente no ambiente familiar para promover o desenvolvimento integral das crianças.

Diferentemente de programas de transferência de renda, o Criança Feliz não oferece um benefício financeiro direto. Sua metodologia é baseada na realização de visitas domiciliares periódicas, conduzidas por profissionais capacitados que orientam as famílias sobre as melhores formas de estimular o desenvolvimento de seus filhos.

A iniciativa está alinhada ao Marco Legal da Primeira Infância e reconhece a importância fundamental dos primeiros anos de vida para a formação cognitiva, social e emocional do indivíduo. O programa visa, portanto, criar um ambiente familiar mais acolhedor e estimulante, com foco no fortalecimento de vínculos.

O acesso ao programa não é feito por meio de uma inscrição direta da família, mas sim por uma busca ativa realizada pelos municípios. Compreender como funciona essa seleção e quem é o público prioritário é essencial para as famílias que podem se beneficiar desse acompanhamento.

Programa Criança Feliz 2025 como funciona e quem pode participar
O programa Criança Feliz baseia-se em visitas domiciliares para apoiar gestantes e famílias, promovendo o desenvolvimento infantil por meio do fortalecimento de vínculos Crédito: Eye for Ebony / Unsplash

O que é o Programa Criança Feliz e seus objetivos para 2025

O Criança Feliz é um programa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que integra ações nas áreas de saúde, educação, cultura e direitos humanos. Seu principal instrumento de atuação são as visitas domiciliares, que levam orientação e apoio diretamente para a casa das famílias.

O objetivo central do programa em 2025 continua sendo o de promover o desenvolvimento humano, apoiando as famílias no cuidado e na educação de suas crianças durante a primeira infância. A iniciativa busca garantir que as crianças tenham um início de vida saudável e com oportunidades para desenvolver todo o seu potencial.

Entre os objetivos específicos estão o apoio à gestante na preparação para o nascimento, o fortalecimento dos vínculos familiares e do papel dos pais no cuidado, e a mediação do acesso das famílias à rede de serviços públicos, como saúde e educação infantil, de forma articulada.

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Como o Criança Feliz funciona: visitas domiciliares e acompanhamento

A metodologia do programa é centrada nas visitas domiciliares, que funcionam como uma estratégia de aproximação entre os serviços de assistência social e a realidade de cada família. Essas visitas são realizadas por profissionais conhecidos como “visitadores”, que são capacitados para a tarefa.

Durante as visitas, que possuem uma periodicidade definida de acordo com o perfil da família, o visitador interage com os cuidadores e com as crianças, propondo atividades e brincadeiras que estimulam o desenvolvimento infantil. O foco é mostrar aos pais como eles podem, com recursos simples do dia a dia, criar um ambiente rico em estímulos.

O programa tem um caráter intersetorial, o que significa que ele atua em conjunto com outras políticas públicas. O visitador também tem o papel de identificar as necessidades da família e de auxiliá-la no acesso a outros serviços, como o acompanhamento de saúde na UBS, a matrícula em creches ou a participação em outros programas sociais.

Quem pode participar do Programa Criança Feliz: critérios de elegibilidade

O programa é voltado para um público prioritário, definido com base em critérios de vulnerabilidade social e de fase do ciclo de vida. Um dos principais grupos atendidos é o de gestantes e crianças de até 36 meses (três anos) que sejam beneficiárias do programa Bolsa Família.

O segundo grupo elegível é o de crianças de até 72 meses (seis anos) que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a pessoas com deficiência. O acompanhamento se estende até essa idade para garantir um suporte contínuo a essas crianças.

Adicionalmente, o programa também atende a crianças de até seis anos que foram afastadas do convívio familiar por medida protetiva. Nesses casos, as visitas ocorrem nos serviços de acolhimento, visando a manutenção e a reconstrução dos vínculos familiares e comunitários.

Programa Criança Feliz 2025 como funciona e quem pode participar
O visitador do Criança Feliz orienta os pais sobre como estimular o desenvolvimento infantil por meio de brincadeiras e atividades lúdicas, utilizando recursos do cotidiano – Crédito: freepik / Freepik

A importância do Cadastro Único para ter acesso ao Criança Feliz

O Cadastro Único (CadÚnico) é a principal ferramenta para a identificação e a seleção das famílias que podem participar do programa Criança Feliz. É por meio dos dados registrados no CadÚnico que a gestão municipal da assistência social localiza as famílias que se enquadram no público-alvo do programa.

Para que uma família seja considerada elegível, é indispensável que ela esteja com sua inscrição no CadÚnico ativa e com todas as informações atualizadas. Isso inclui os dados de todos os membros da família, especialmente das gestantes e das crianças pequenas, com seus respectivos CPFs.

A manutenção do cadastro em dia é, portanto, uma responsabilidade fundamental da família. Se os dados estiverem desatualizados, a família pode não ser identificada pelo sistema, mesmo que atenda a todos os outros critérios, ficando de fora da seleção para o acompanhamento.

Quais são as etapas para o ingresso no Programa Criança Feliz

O ingresso no programa não ocorre por meio de uma solicitação ou inscrição feita pela família. O processo é iniciado pela gestão pública, em um modelo de “busca ativa”, o que o diferencia de outros benefícios.

A primeira etapa é a adesão do município ao programa. A prefeitura precisa formalizar seu interesse em participar junto ao Governo Federal e estruturar uma equipe para a sua execução. Somente os municípios que aderiram ao Criança Feliz podem oferecer o serviço.

Com o programa implementado na cidade, a equipe do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) utiliza os dados do Cadastro Único para identificar as famílias elegíveis. A partir dessa identificação, a equipe entra em contato com a família para apresentar o programa e convidá-la a participar. Se a família aceitar, ela é incluída no cronograma de visitas.

Os benefícios do Criança Feliz para gestantes e famílias com crianças

A participação no programa Criança Feliz traz uma série de benefícios que impactam diretamente no bem-estar da família e, principalmente, no desenvolvimento da criança. Para as gestantes, o acompanhamento oferece um suporte adicional durante o pré-natal, com orientações sobre cuidados na gravidez e a preparação para o nascimento.

Para as crianças, os benefícios são de longo prazo. O estímulo ao desenvolvimento cognitivo, motor, de linguagem e socioafetivo nos primeiros anos de vida, por meio de brincadeiras e interações de qualidade, tem um efeito positivo comprovado em seu desempenho escolar e em sua vida adulta.

Para a família como um todo, o programa fortalece os vínculos afetivos entre pais e filhos e aprimora as habilidades de cuidado dos pais. Além disso, ao conectar a família com a rede de serviços públicos, o Criança Feliz garante um acesso mais amplo a direitos nas áreas de saúde, educação e assistência social.

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O papel dos visitadores e a metodologia do acompanhamento familiar

O visitador é a figura central do programa Criança Feliz. Ele é um profissional capacitado, geralmente com formação nas áreas de assistência social, saúde ou educação, que atua como um elo entre o serviço público e a família.

O papel do visitador não é o de fiscalizar, mas sim o de apoiar e orientar. Durante as visitas, ele estabelece uma relação de confiança com a família e, por meio do diálogo e da observação, identifica suas necessidades e potencialidades.

A metodologia de trabalho é baseada no lúdico. O visitador não leva respostas prontas, mas sim propostas de atividades e brincadeiras que os pais podem realizar com seus filhos, utilizando os recursos disponíveis na própria casa. Ele orienta sobre a importância de conversar, cantar e brincar com a criança, fortalecendo o desenvolvimento e os laços familiares.

Wilson Spiler

Jornalista e design gráfico, pós-graduado em Marketing Digital. Atualmente sou editor de Home do Lance!, e redator nos sites Pronatec e CadÚnico. Já trabalhei nos mais diversos ramos da comunicação, com atuação em redações como Globo, GloboNews, Video Clipping, e SRZD, onde fui editor-chefe de Esportes e fotógrafo. Também exerci a função de analista de SEO em agências como Rankme e Search Lab, além de vários trabalhos freelancers para empresas como Dimona e Buscapé.

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