Saiba como usar o dinheiro extra do PIS/Pasep de forma inteligente, colocando um ponto final nas contas pendentes e recuperando sua tranquilidade financeira.
Todo ano, milhões de brasileiros que trabalham de carteira assinada recebem um dinheiro extra que faz toda a diferença no orçamento. Estamos falando do Abono Salarial, o famoso PIS e o Pasep.
Muita gente vê esse valor apenas como uma renda a mais para o consumo do mês. Mas, com um pouco de planejamento, ele pode se transformar em uma ferramenta poderosa para a sua saúde financeira.
Em 2025, os pagamentos são feitos com base no trabalho realizado no ano-base de 2023. O valor pode chegar a um salário mínimo, que para este ano foi definido em R$ 1.518,00.
Para quem está endividado, essa quantia é a oportunidade perfeita para dar adeus às contas atrasadas e, o mais importante, aos juros que só fazem o valor da dívida crescer.
Se você está esperando o seu abono, a hora de traçar a estratégia para usar o dinheiro da melhor forma é agora. Não deixe para decidir na última hora e acabe desperdiçando essa chance.
O PIS/Pasep como ferramenta de quitação de dívidas
Receber um valor que pode chegar a R$ 1.518,00 é um respiro e tanto para o seu bolso. Para quem tem dívidas, a prioridade máxima deve ser direcionar esse recurso para o que mais sufoca.
Especialistas em finanças são unânimes: use o Abono Salarial para eliminar as dívidas que cobram os juros mais altos. Elas são as grandes vilãs do seu orçamento.
Pense no cartão de crédito e no cheque especial. Os juros dessas modalidades são altíssimos, e quanto mais o tempo passa, mais difícil fica sair do vermelho. Quitar ou amortizar essas contas é a primeira grande vitória.
Com o dinheiro em mãos, sua capacidade de negociação melhora radicalmente. Os credores tendem a oferecer descontos bem significativos, muitas vezes acima de 50%, para quem paga à vista.
Estratégia para limpar o nome
O primeiro passo é saber exatamente o quanto você deve e para quem. Liste todas as dívidas, o valor original, o total atualizado com juros e a taxa cobrada.
Depois, priorize. Se o seu abono não for suficiente para pagar tudo, use-o nas contas com as maiores taxas de juros. Pagar uma dívida de R$ 500 que cobra 15% ao mês é muito mais importante do que uma de R$ 2.000 com juros de 2%.
Se o valor do PIS/Pasep for maior que a dívida, use a diferença para começar sua reserva de emergência. Afinal, sair do vermelho sem criar uma reserva é correr o risco de se endividar de novo no próximo imprevisto.
É bom lembrar que, por lei, os bancos não podem simplesmente pegar o valor do seu Abono Salarial para cobrir um saldo negativo ou uma dívida na sua conta. Esse dinheiro deve ser usado de forma livre pelo trabalhador.
Quem tem direito a receber o Abono Salarial 2025?
Para receber o PIS/Pasep em 2025, você precisa ter cumprido todos os requisitos no ano-base, que neste caso é 2023. Não basta ter trabalhado em 2024 ou 2025.
O benefício é pago a quem atende a quatro critérios básicos. Eles valem para trabalhadores da iniciativa privada (PIS, pago pela Caixa) e para servidores públicos (Pasep, pago pelo Banco do Brasil).
Primeiro, é preciso estar cadastrado no PIS/Pasep ou no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) há, pelo menos, cinco anos. Ou seja, sua primeira carteira assinada deve ter sido em 2018 ou antes.
Segundo, você deve ter trabalhado com carteira assinada por, no mínimo, 30 dias em 2023. Não importa se os dias foram seguidos ou não.
Terceiro, sua remuneração média mensal não pode ter passado de dois salários mínimos em 2023.
Por fim, o empregador deve ter informado seus dados corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou no eSocial. Essa é a etapa mais crítica e que mais causa problemas.
O valor do Abono e o calendário de pagamentos
O valor que você recebe é sempre proporcional ao tempo de trabalho formal em 2023.
Quem trabalhou os 12 meses do ano-base, recebe o valor integral, que é o salário mínimo atual de R$ 1.518,00. Quem trabalhou menos, recebe uma fração correspondente a cada mês. Um período de 15 dias ou mais em um mês já conta como mês completo.
O valor mínimo para quem trabalhou apenas um mês é de R$ 126,50 (1/12 do salário mínimo).
O pagamento do PIS segue o mês de nascimento do trabalhador. Já o Pasep, que é para servidores, segue o número final da inscrição. Os dois calendários têm datas unificadas, começando em fevereiro e indo até agosto.
Os recursos ficam disponíveis para saque até o dia 29 de dezembro de 2025.
Se você não sacar até a data limite, o valor volta para os cofres do Governo Federal. É fundamental que você consulte a Carteira de Trabalho Digital ou o site do Gov.br para verificar se tem direito e a data exata do seu depósito.
Com essa informação em mãos e um bom planejamento, você transforma esse dinheiro em um grande aliado para estabilizar suas finanças e começar a construir um futuro mais tranquilo.
