Gás do Povo oferece botijão gratuito em 2025
O governo federal lançou um dos maiores programas sociais do Brasil, voltado para a segurança energética das famílias: o Gás do Povo. Esse projeto, que começou oficialmente em setembro de 2025, tem como proposta oferecer botijões de gás de cozinha (GLP) gratuitamente a famílias de baixa renda que estão inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Os preços dos botijões variam entre R$ 91 e R$ 122 dependendo da região do Brasil. O governo estima que cerca de 15,5 milhões de famílias serão beneficiadas, com um investimento público de R$ 3,57 bilhões em 2025 e um aumento previsto para R$ 5,1 bilhões em 2026.
O programa surge como uma resposta ao alto preço do gás de cozinha, que tem pesado bastante no orçamento das famílias mais vulneráveis. Durante o lançamento em Minas Gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontou como o valor cobrado nas revendas é absurdamente maior do que o preço na origem, destacando que um botijão de 13 quilos sai da Petrobras por R$ 37, mas pode chegar a custar até R$ 150 em algumas regiões. O Gás do Povo busca corrigir essas injustiças e fornecer acesso a um item essencial para o dia a dia.
Quanto custará o botijão em cada estado
Os preços dos botijões variam de acordo com os custos logísticos e tributários de cada estado. Em média, as famílias poderão contar com botijões custando entre R$ 91 e R$ 122. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o valor será em torno de R$ 93,96, enquanto estados do Norte e Nordeste, que têm mais dificuldades na distribuição, podem ter preços próximos ao teto de R$ 122. Esses valores são a base para o reembolso às revendas, garantindo que os botijões sejam entregues sem custo para o beneficiário.
Quem tem direito ao Gás do Povo
O programa é voltado para famílias que atendam a alguns critérios: é preciso estar inscrito no CadÚnico, ter uma renda mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 759 em 2025) e, se já for beneficiário do Bolsa Família, terá prioridade. A distribuição dos botijões será baseada no tamanho da família; famílias com dois integrantes terão direito a até três botijões por ano, enquanto aquelas com três integrantes poderão retirar até quatro. Já as famílias com quatro ou mais membros terão direito a até seis botijões.
Como será feito o pagamento e o reembolso
Ao invés de repassar dinheiro diretamente, o programa vai oferecer um voucher — digital ou impresso — que pode ser usado para retirar o botijão em lojas credenciadas. O governo reembolsará as revendas com esse valor, garantindo a entrega do produto. A distribuição e o controle dos beneficiários vão ser feitos em parceria com a Caixa Econômica Federal, que gerencia os dados do CadÚnico.
Canais para acessar o benefício
Os beneficiários terão várias maneiras de acessar o programa. O aplicativo oficial do Gás do Povo permitirá que as pessoas localizem revendas e gerem seus vales eletrônicos. Para quem não tem smartphone, haverá cartões físicos emitidos e um vale impresso disponível em agências da Caixa ou casas lotéricas. O cartão do Bolsa Família também poderá ser usado para identificar e retirar o benefício, e as lojas que participam do programa exibirão um logotipo padronizado para facilitar a identificação.
Fiscalização e transparência
O governo garante que haverá um sistema de rastreabilidade dos botijões. Isso significa que será possível acompanhar a venda até a entrega final ao consumidor, assim evitando fraudes e assegurando que os recursos públicos sejam usados corretamente. Cada transação será registrada, incluindo dados do beneficiário e informações das revendas, e haverá auditorias periódicas pela Controladoria-Geral da União.
Comparação com o antigo Auxílio Gás
O Gás do Povo vem para substituir o antigo Auxílio Gás dos Brasileiros, que foi criado em 2021 e repassava um valor a cada dois meses, equivalente a 50% do preço médio do botijão. Agora, o novo modelo garante gratuidade total e traz uma fiscalização mais eficaz. Uma das principais diferenças é que o Gás do Povo conta com previsão orçamentária permanente e está integrado diretamente ao CadÚnico e ao Bolsa Família, tornando o benefício mais robusto.
Impacto social e econômico
Esse programa traz uma mudança importante para muitas famílias, ajudando a reduzir o uso de fontes inseguras de cozimento, como lenha e carvão, que ainda são comuns em áreas carentes. O Ministério da Fazenda sugere que o impacto fiscal é sustentável, já que o programa se financia por recursos do Fundo Social e royalties do petróleo, sem precisar de aumento de impostos. Para as revendas, a medida é positiva, pois garante um volume maior de vendas e pagamento direto do governo.
Reações ao programa
A iniciativa recebeu elogios de entidades que trabalham pela segurança alimentar e combate à pobreza, ressaltando a urgência da medida diante da desigualdade energética no Brasil. Contudo, analistas também apontam desafios na manutenção do controle fiscal e na efetividade do alcance do benefício, já que mais de 25 milhões de famílias estão registradas no CadÚnico. O governo promete rigor no acompanhamento e atualização dos benefícios, para evitar fraudes e desperdício de recursos.
Como acompanhar o cronograma
O cronograma de distribuição do Gás do Povo será trimestral e se ajustará conforme a disponibilidade orçamentária e logística de cada estado. O primeiro ciclo de entregas está previsto para novembro de 2025, com distribuição em capitais e regiões metropolitanas. As famílias poderão acompanhar as datas da retirada pelo aplicativo, que mostrará também quantos créditos ainda têm disponíveis.
Declarações oficiais
No lançamento do programa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o Gás do Povo é um exemplo de política social com responsabilidade fiscal. Ele assegurou que o financiamento virá de fontes sustentáveis e que a transparência no uso dos recursos será total. O ministro Wellington Dias, do MDS, ressaltou que o programa “garantirá dignidade para milhões de brasileiros que ainda não têm acesso a um item básico”.
O Gás do Povo representa uma chance importante para construir um futuro mais justo, garantindo o acesso ao gás para quem mais precisa. E nesse caminho, a transparência e eficiência no programa serão determinantes para seu sucesso.




