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Crise Orçamentária: Falta de Verba Paralisa Programa do INSS e Fila de Benefícios Volta a Crescer

A suspensão do Programa de Gestão de Benefícios (PGB) por falta de verba para pagar bônus a servidores afeta mais de 2,6 milhões de processos, elevando o tempo médio de espera.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu o Programa de Gestão de Benefícios (PGB) em outubro de 2025 devido à falta de recursos para o pagamento de horas extras e gratificações aos servidores. A interrupção impacta diretamente mais de 2,6 milhões de processos que aguardam uma decisão, como aposentadorias, auxílios e pensões.

Lançado em 2023, o PGB pagava bônus de produtividade para servidores analisarem processos fora do expediente, ajudando a reduzir a fila de 5,5 milhões para 2,6 milhões de pedidos. Sem orçamento para as gratificações, o ritmo de análise desacelera, e o tempo médio de espera, que havia caído para 54 dias, volta a superar três meses na média nacional.

Ameaça de Colapso e Busca por Solução

A suspensão do programa afeta segurados que aguardam aposentadorias, auxílio-doença, pensão por morte e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas). O aumento da fila é iminente: só em setembro de 2025, o INSS recebeu mais de 780 mil novos requerimentos.

O Ministério da Previdência Social admitiu que não há recursos e solicitou uma suplementação orçamentária de R$ 240 milhões ao Ministério da Fazenda para retomar o programa até dezembro de 2025. O ministro Carlos Lupi alertou que, sem a liberação, a fila pode ultrapassar 3 milhões de pedidos até o fim do ano.

Falta de Planejamento e Evasão de Servidores

Especialistas e o Tribunal de Contas da União (TCU) criticam a dependência de incentivos temporários e a falta de planejamento de longo prazo. Além do problema orçamentário, sindicatos alertam para a desmotivação e o risco de evasão de servidores.

Em outubro de 2025, o total de requerimentos pendentes é de 2,6 milhões, sendo:

  • 1,8 milhão em análise administrativa.
  • 620 mil aguardando perícia médica.

A meta do governo de reduzir o tempo médio de espera para 45 dias até dezembro está comprometida, com a previsão de que o prazo volte a ultrapassar quatro meses no início de 2026.

O que o segurado pode fazer enquanto espera:

  • Acompanhar o andamento pelo aplicativo Meu INSS.
  • Verificar pendências ou exigências e enviar documentos atualizados.
  • Em casos urgentes, recorrer à Justiça Federal com pedido de tutela antecipada.
  • Registrar reclamação na ouvidoria do INSS ou no Fala.BR.

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

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