Cadastro Único

Mães de Pernambuco: como receber o benefício de R$ 300 por mês

O programa Mães de Pernambuco é uma iniciativa de transferência de renda do Governo do Estado, criada para oferecer um suporte financeiro a mulheres em situação de vulnerabilidade social. O auxílio é focado em gestantes e mães ou responsáveis por crianças na primeira infância, fase que vai do nascimento aos seis anos.

A ação integra o plano Pernambuco Sem Fome e tem como objetivo principal combater a insegurança alimentar e nutricional nesse período decisivo para o desenvolvimento infantil. O programa garante um repasse mensal para auxiliar nas despesas básicas e fortalecer o papel protetivo da família.

O acesso ao benefício não ocorre por meio de uma inscrição tradicional. A seleção das beneficiárias é feita de forma automática, com base nos dados do Cadastro Único (CadÚnico) e da folha de pagamentos do Bolsa Família, priorizando as famílias mais vulneráveis do estado.

Para garantir a participação, as mulheres pré-selecionadas precisam confirmar seu interesse por meio do portal oficial do programa (maesdepernambuco.pe.gov.br).

Mães de Pernambuco como receber o benefício de R$ 300 por mês
O programa Mães de Pernambuco oferece um auxílio mensal de R$ 300 para mulheres com filhos na primeira infância, visando combater a insegurança alimentar e apoiar o desenvolvimento infantil – Crédito: Jeane de Oliveira / cadunicobrasil.com.br

O que é o programa Mães de Pernambuco e seus objetivos em 2025

O Mães de Pernambuco é um programa estadual de transferência de renda que concede um auxílio financeiro mensal de R$ 300. A iniciativa é gerida pela Secretaria de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas e foi desenhada para amparar as 100 mil mulheres em maior situação de vulnerabilidade no estado.

O principal objetivo do programa é garantir a segurança alimentar de gestantes e de crianças com até seis anos de idade. A primeira infância é uma fase crítica para o desenvolvimento neurocognitivo, e o acesso a uma alimentação de qualidade nesse período é fundamental para a saúde e o futuro da criança.

Adicionalmente, o programa busca fortalecer a autonomia e o papel protetivo das mães e responsáveis familiares. Ao oferecer um complemento de renda, a iniciativa permite que as mulheres tenham mais condições de prover o cuidado necessário aos seus filhos, contribuindo para a redução da pobreza e da desigualdade social.

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Quem pode receber o benefício de R$ 300: requisitos de elegibilidade

Para ter direito ao benefício, a mulher precisa atender a um conjunto de cinco critérios de forma cumulativa. O primeiro é residir no estado de Pernambuco. O segundo requisito é ser beneficiária ativa do programa Bolsa Família e estar com seus dados no Cadastro Único devidamente atualizados.

O terceiro critério é ser a responsável familiar no cadastro do Bolsa Família. O quarto é estar gestante ou ser mãe ou responsável por, no mínimo, uma criança com idade de zero a seis anos (72 meses).

Por fim, o quinto requisito é não possuir vínculo de emprego formal. Essa condição visa garantir que o benefício seja direcionado às mulheres que se encontram em situação de maior vulnerabilidade econômica e que não contam com a proteção de um trabalho com carteira assinada.

Documentos necessários para o cadastro no Mães de Pernambuco

Como a seleção para o programa é feita com base em cadastros já existentes, não é necessário apresentar uma grande quantidade de documentos para a “inscrição”. O processo de confirmação da participação é feito online e exige apenas duas informações principais.

Para confirmar o interesse no benefício, a mulher pré-selecionada precisará ter em mãos o seu Número de Identificação Social (NIS) e a sua data de nascimento. Esses dados são utilizados para a validação de sua identidade no portal oficial do programa.

No entanto, para garantir que seja encontrada pelo sistema de seleção, é fundamental que a mulher mantenha seu Cadastro Único atualizado. Para isso, é preciso comparecer ao CRAS com os documentos de identificação de todos os membros da família e um comprovante de residência.

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A confirmação da participação no programa é feita online, no site oficial do Mães de Pernambuco, onde a beneficiária pré-selecionada deve inserir seu NIS e data de nascimento – Crédito: Jeane de Oliveira / cadunicobrasil.com.br

Passo a passo: como se inscrever no programa para garantir seu benefício

O processo de ingresso no Mães de Pernambuco ocorre em duas etapas. A primeira é a pré-seleção, realizada de forma automática pelo governo. O sistema analisa a base de dados do CadÚnico e do Bolsa Família e identifica as 100 mil mulheres que atendem a todos os critérios e que se encontram em maior grau de vulnerabilidade.

Após a pré-seleção, inicia-se a segunda etapa, que é a confirmação de interesse por parte da beneficiária. A mulher que foi pré-selecionada deve acessar o site oficial www.maesdepernambuco.pe.gov.br para formalizar sua participação no programa.

No site, ela deverá informar seu NIS e sua data de nascimento. Se estiver na lista de pré-selecionadas, o sistema exibirá uma tela de confirmação. Para garantir o benefício, é preciso clicar na opção “Aceito Participar”, finalizando assim o processo de adesão.

Como o pagamento de R$ 300 é feito e onde sacar o valor mensal

O pagamento do benefício de R$ 300 é realizado mensalmente pelo governo do estado. O valor é depositado em um cartão magnético personalizado do programa, que é emitido em nome da titular e enviado para que ela possa realizar a retirada.

A entrega dos cartões é organizada em parceria com as gestões municipais da assistência social. As beneficiárias são notificadas sobre o dia, o local e o horário da retirada por meio de mensagens de SMS ou WhatsApp, enviadas para o número de telefone informado no Cadastro Único.

Com o cartão em mãos e desbloqueado, a beneficiária pode utilizar o valor para compras na função débito em estabelecimentos comerciais, como supermercados e farmácias. Também é possível realizar o saque do valor em pontos de atendimento credenciados, oferecendo flexibilidade para o uso do recurso.

O que fazer se seu cadastro for negado ou o benefício não for depositado

Como o programa seleciona as 100 mil mulheres mais vulneráveis, é possível que uma pessoa atenda a todos os critérios, mas não seja incluída em um primeiro momento por não estar nesse grupo prioritário. Nesse caso, a única medida a ser tomada é manter o CadÚnico sempre atualizado e aguardar os próximos ciclos de seleção, que ocorrem a cada seis meses.

Se uma mulher foi contemplada, confirmou a participação, mas o benefício não foi depositado, é preciso verificar se ela ainda atende a todos os critérios. Se ela tiver conseguido um emprego formal, por exemplo, o benefício é automaticamente interrompido.

Caso a beneficiária continue atendendo a todos os requisitos e o pagamento não tenha sido realizado, ela deve procurar os canais de atendimento oficiais do programa. A Ouvidoria Social do estado é o principal canal para registrar a ocorrência e obter esclarecimentos sobre o problema.

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Condicionalidades do Mães de Pernambuco: o que você precisa fazer para continuar recebendo

A principal condicionalidade para a manutenção do benefício do Mães de Pernambuco é a permanência da família nos critérios de elegibilidade. Isso significa que, enquanto a beneficiária continuar morando em Pernambuco, recebendo o Bolsa Família, sendo a responsável familiar, não tendo emprego formal e tendo filhos na faixa etária do programa, ela continuará a receber.

A atualização do Cadastro Único, que deve ser feita no mínimo a cada dois anos, também é uma condicionalidade fundamental. Dados desatualizados podem levar à suspensão do benefício, pois o sistema pode não conseguir confirmar se a família ainda atende aos requisitos.

Adicionalmente, como ser beneficiária do Bolsa Família é uma exigência, as condicionalidades do programa federal, como a frequência escolar das crianças e o acompanhamento de saúde, também se tornam, de forma indireta, responsabilidades para a manutenção do auxílio estadual. O descumprimento das regras do Bolsa Família pode levar à perda de ambos os benefícios.

Wilson Spiler

Jornalista e design gráfico, pós-graduado em Marketing Digital. Atualmente sou editor de Home do Lance!, e redator nos sites Pronatec e CadÚnico. Já trabalhei nos mais diversos ramos da comunicação, com atuação em redações como Globo, GloboNews, Video Clipping, e SRZD, onde fui editor-chefe de Esportes e fotógrafo. Também exerci a função de analista de SEO em agências como Rankme e Search Lab, além de vários trabalhos freelancers para empresas como Dimona e Buscapé.

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