Quem tem CNPJ pode receber Bolsa Família? Veja as regras em 2025
Em 2025, as regras para o Bolsa Família continuam a ser uma importante forma de apoio às famílias brasileiras de baixa renda. Entretanto, uma dúvida recorrente é se pessoas que possuem CNPJ podem continuar recebendo o benefício. Esta questão surge especialmente entre aqueles que se formalizam como Microempreendedores Individuais (MEI), uma alternativa que permite à população em situação de vulnerabilidade iniciar negócios próprios e, ao mesmo tempo, continuar acessando recursos do governo.
Embora o processo de formalização do MEI seja uma excelente oportunidade de gerar uma fonte adicional de renda, é necessário entender as implicações dessa formalização para quem já recebe o Bolsa Família.
O programa Bolsa Família oferece uma ajuda financeira às famílias que atendem aos critérios de vulnerabilidade social, sendo uma das principais fontes de suporte para milhões de brasileiros. A inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) é um dos requisitos para o recebimento do benefício. Entretanto, quando o beneficiário se torna MEI, surgem questionamentos sobre como essa mudança impacta o direito ao Bolsa Família.
Com as novas regras e a possibilidade de aumento da renda, é essencial compreender os detalhes sobre como o CNPJ pode interferir na análise da situação econômica das famílias, especialmente no que se refere à verificação de elegibilidade para o programa. Em 2025, ainda há muitas famílias que permanecem com o Bolsa Família após se formalizarem como microempreendedores, desde que atendam aos critérios estabelecidos.

Índice – CNPJ e Bolsa Família
O que é o Bolsa Família e quem tem direito em 2025
O Bolsa Família é um programa de transferência de renda destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social. O valor do benefício varia de acordo com a composição familiar e a renda per capita. Em 2025, o Bolsa Família passa a ser pago mensalmente às famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com um valor médio de R$ 600,00, dependendo da situação de cada beneficiário.
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Requisitos de renda para ser beneficiário
Para ser beneficiário do Bolsa Família, a principal exigência é que a renda mensal da família seja inferior a R$ 218,00 por pessoa. Caso a renda total da família ultrapasse esse valor, o programa não será concedido de forma integral, mas poderá ser pago parcialmente, desde que a renda por membro não ultrapasse R$ 706,00, conforme a Regra de Proteção.
Assim, mesmo que o CNPJ de um familiar no Cadastro Único tenha sido registrado, ele poderá continuar recebendo o benefício, desde que os requisitos de renda sejam atendidos.
Atualizações recentes nas regras do programa
Em 2025, o Bolsa Família passa por ajustes e atualizações que incluem o aumento da renda familiar para permitir que mais pessoas continuem recebendo o benefício, mesmo com mudanças em sua situação econômica.
A implementação da Regra de Proteção, por exemplo, permite que a família receba metade do valor do benefício por até dois anos, caso a renda aumente, mas não ultrapasse o limite de meio salário mínimo por membro da família.
Necessidade de inscrição no CadÚnico
O Cadastro Único é um sistema essencial para o Bolsa Família e para o acesso a outros benefícios sociais. Para receber o Bolsa Família, a inscrição no CadÚnico é obrigatória. Ao se cadastrar, o cidadão e sua família informam a composição familiar, a renda e a situação socioeconômica. Com esses dados, a Receita Federal e o Ministério da Cidadania determinam a elegibilidade para o programa.
A atualização dos dados no CadÚnico é crucial para garantir que o benefício seja mantido, especialmente se ocorrer alguma mudança na renda ou situação familiar.
Quem tem CNPJ pode receber Bolsa Família?
A questão de ter ou não o CNPJ impacta a continuidade do benefício do Bolsa Família. Confira os aspectos importantes relacionados a quem possui CNPJ e a elegibilidade para o programa.
Possuir CNPJ impede o recebimento do benefício?
Ter um CNPJ não impede automaticamente o recebimento do Bolsa Família, desde que a família ainda se enquadre nos critérios de vulnerabilidade social. O que é levado em consideração é a renda familiar. Portanto, se o negócio gerido pelo microempreendedor não gerar uma renda superior ao limite estabelecido, a família pode continuar recebendo o benefício integral ou parcial.
Como o governo analisa a renda de quem tem empresa aberta
O governo analisa a renda familiar por meio do Cadastro Único. No caso de quem tem CNPJ, a análise considera tanto a renda pessoal quanto o faturamento do MEI. Para determinar o valor que será utilizado no cálculo da renda familiar, o MEI deve declarar sua renda líquida, ou seja, o faturamento após o desconto das despesas do negócio, como o pagamento de contas empresariais e o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).
Diferença entre MEI e empresário de pequeno porte na análise de renda
A principal diferença entre o MEI (Microempreendedor Individual) e o empresário de pequeno porte é a forma de tributação e o limite de faturamento. Enquanto o MEI pode faturar até R$ 81.000 por ano, o empresário de pequeno porte possui um limite de faturamento maior, mas também enfrenta regras mais rigorosas para formalização e tributação. O governo analisa de forma diferenciada a renda de cada um, levando em conta a natureza do negócio e o rendimento obtido.

Como é feita a avaliação da renda de quem tem CNPJ
A avaliação da renda de quem tem CNPJ é realizada com base no valor líquido recebido pelo empreendedor após deduzir despesas empresariais. Para quem está registrado como MEI, é necessário registrar no Cadastro Único os rendimentos líquidos do negócio para que o cálculo da renda familiar seja feito corretamente.
Renda formal, informal e faturamento do CNPJ
A renda pode ser formal ou informal. A renda formal refere-se a salários ou rendimentos tributados na fonte, enquanto a renda informal é derivada de atividades não formalizadas, como a prestação de serviços sem registro. O faturamento do CNPJ entra na avaliação como uma renda adicional, mas somente o valor líquido do negócio será considerado.
O que deve ser declarado no CadÚnico
No Cadastro Único, é necessário declarar a renda total da família, incluindo os rendimentos do MEI. O valor a ser declarado deve refletir a renda líquida do negócio, ou seja, o total de ganhos após o pagamento das despesas empresariais. Esse procedimento é essencial para garantir que o cálculo da renda familiar seja preciso e evite problemas com o recebimento do Bolsa Família.
Impacto de rendimentos eventuais ou variáveis
Os rendimentos eventuais ou variáveis, como bônus, prêmios ou rendimentos de investimentos, também devem ser considerados na hora de declarar a renda. Esses valores podem impactar o total da renda familiar, o que pode resultar em um ajuste do Bolsa Família ou até mesmo na suspensão do benefício, caso a renda ultrapasse o limite estabelecido.
Como manter o Bolsa Família mesmo com CNPJ ativo
Para manter o Bolsa Família, é importante manter os dados atualizados no Cadastro Único e garantir que a renda familiar esteja dentro dos limites definidos pelo programa.
A importância da atualização de dados no CadÚnico
A atualização de dados no Cadastro Único é fundamental, especialmente após a formalização de um negócio. O governo exige que todas as mudanças na situação econômica do beneficiário sejam informadas, caso contrário, o benefício pode ser suspenso.
Informações corretas sobre atividade e renda no cadastro
Manter as informações corretas sobre a atividade empreendedora e a renda líquida no Cadastro Único é essencial para evitar problemas com o recebimento do benefício. Ao declarar a renda do MEI, é importante que o contribuinte seja honesto e preciso nas informações fornecidas.
Quando o benefício pode ser cancelado e como evitar
O Bolsa Família pode ser cancelado caso a renda familiar ultrapasse o limite de R$ 218 por pessoa ou caso as informações fornecidas sejam incorretas. Para evitar o cancelamento, é fundamental manter os dados atualizados e cumprir os critérios estabelecidos pelo programa.
Dúvidas frequentes sobre CNPJ e Bolsa Família
MEI que não fatura tem direito ao Bolsa Família?
Sim. Mesmo que o MEI não tenha faturamento, ele pode continuar recebendo o Bolsa Família, desde que a renda total da família não ultrapasse o limite estabelecido pelo programa.
Preciso dar baixa no CNPJ para continuar no programa?
Não é necessário dar baixa no CNPJ para continuar recebendo o Bolsa Família. Porém, a renda do MEI deve ser considerada na análise da elegibilidade para o benefício.
O governo cruza dados do CNPJ automaticamente?
Sim, o governo realiza o cruzamento de dados entre o Cadastro Único e os registros do CNPJ. Isso é feito para verificar se a renda familiar está dentro dos parâmetros estabelecidos pelo programa.