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Usuários de CPF com final 0 a 9 devem ficar atentos ao PIX

A praticidade do Pix trouxe à tona novas maneiras de fraudes que muitas vezes pegam as pessoas de surpresa. Agora, criminosos podem usar apenas o CPF da vítima para criar cobranças falsas que aparecem diretamente no aplicativo do banco, fazendo com que você acredite que está pagando uma conta real. Vamos entender como isso acontece e como você pode ficar alerta para não cair nesse golpe.

O que é o golpe do Pix cobrança com CPF?

Esse golpe explora a funcionalidade “Pix Cobrança”, onde o golpista gera uma ordem de pagamento com o CPF da vítima. Para enganar, ele utiliza descrições que imitam contas de empresas conhecidas, como concessionárias de energia ou operadoras de telefonia. O desfecho é sempre o mesmo: a vítima vê a notificação no aplicativo e, acreditando que está quitando um verdadeiro débito, acaba transferindo dinheiro para a conta do criminoso. A chave está na simplicidade e na confiança que as pessoas têm no sistema.

Como os golpistas aplicam o golpe?

A execução é bem simples. O criminoso consegue o CPF da vítima, um dado que, infelizmente, está exposto em muitos lugares, como vazamentos de dados e registros públicos. Com esse número, ele usa a própria conta em um banco digital para criar a cobrança via Pix.

Ao preencher os campos, ele coloca o CPF da vítima como devedor e elabora uma descrição enganosa, como “Fatura de Energia – Venc. 25/07”. Quando a vítima recebe a notificação, pode acabar autorizando o pagamento sem se dar conta de que o destinatário final é uma pessoa física e não a empresa indicada.

Quais são os principais sinais de alerta para não cair?

O ponto mais crítico para evitar essa fraude está na tela de confirmação do pagamento, antes de você digitar a senha. Sempre verifique os dados do “Destinatário”. Se for uma conta legítima da sua companhia de energia, o nome e o CNPJ da empresa aparecem. No golpe, você verá o nome completo e o CPF de alguém, geralmente o golpista. A descrição pode ser falsa e não deve ser confiável. O importante é sempre prestar atenção nos detalhes do destinatário.

Quem é o público-alvo mais comum deste golpe?

Basicamente, qualquer pessoa que possua um CPF e utilize o Pix está em risco. O golpe atinge principalmente aqueles que não prestam muita atenção nas cobranças, como as que pagam muitas contas. A pressa ou a confiança excessiva no sistema tornam a pessoa mais suscetível a cair nessa armadilha.

Fui vítima! O que fazer imediatamente após cair no golpe?

Se você pagou uma cobrança falsa e percebeu o erro, não desanime, mas aja rapidamente:

  1. Contate o banco imediatamente: Entre em contato com a central de atendimento e informe sobre a fraude. Peça a abertura do MED (Mecanismo Especial de Devolução), o protocolo do Banco Central para contestação de fraudes.

  2. Guarde todas as provas: Tire prints da cobrança que apareceu no seu aplicativo e do comprovante de pagamento. Esses documentos têm informações fundamentais para a investigação.

  3. Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.): Com as provas em mãos, vá até a Polícia Civil e registre a ocorrência. Esse documento é muitas vezes necessário para que o banco prossiga com a contestação via MED.

  4. Monitore suas informações: Fique alerta a outras tentativas de fraude, já que o fato de um golpista ter seu CPF é uma bandeira vermelha.

  5. Divulgue o alerta: Conte a amigos e familiares sobre esse tipo de golpe. Lembre-se de que a conscientização é uma poderosa ferramenta de proteção.

Dicas de prevenção: como se proteger permanentemente?

A principal forma de evitar esse golpe é simples: verificação rigorosa. Sempre confira, com calma, o nome completo e o CPF ou CNPJ do destinatário, antes de confirmar qualquer Pix.

Desconfie de cobranças inesperadas. Se não reconhecer, não pague. E caso a cobrança seja de uma empresa, entre em contato pelos canais oficiais para confirmar a veracidade da informação.

Mantenha-se seguro e informado

A agilidade do Pix não pode servir como desculpa para desatenções. Use a tela de confirmação como seu último escudo de defesa. Crie o hábito de checar tudo antes de autorizar um pagamento, evitando que a pressa seja um aliado dos golpistas.

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