Dá pra usar o FGTS para viajar? Veja como funciona e quem pode aproveitar
Usar o FGTS para viajar tem atraído brasileiros. Mas será que essa ideia vale a pena? Veja como funciona a antecipação e os cuidados necessários.
O FGTS é uma reserva obrigatória que ajuda o trabalhador a lidar com situações importantes, como a demissão sem justa causa ou a compra da casa própria. Porém, novas formas de acesso a esse dinheiro começaram a surgir nos últimos anos. Uma delas chama atenção por fugir do tradicional: a utilização do FGTS para viajar.
Essa possibilidade se tornou viável graças ao saque-aniversário e à opção de antecipação oferecida por alguns bancos. Com isso, o trabalhador pode usar valores futuros do FGTS para financiar despesas com passagens, hospedagem e até pacotes de viagem. Embora a proposta seja atrativa, é fundamental entender como isso funciona na prática.
Usar o FGTS para viajar não é o mesmo que sacar livremente o dinheiro para lazer. Existe um processo específico, com regras e limitações. O valor não vem diretamente do governo, e sim de uma instituição financeira que antecipa os valores que o trabalhador teria direito nos próximos anos. Essa antecipação funciona como uma operação de crédito.
Antes de tomar uma decisão, é essencial analisar os prós e contras. Afinal, essa reserva tem um papel importante na segurança financeira de cada pessoa. Utilizá-la para uma viagem exige planejamento, responsabilidade e compreensão completa das condições oferecidas.

Índice – FGTS para viajar
É possível usar o FGTS para viajar? Entenda como funciona
Sim, é possível usar o FGTS para viajar, mas não de forma direta. A legislação não permite o saque do FGTS com essa finalidade específica. No entanto, com a adesão ao saque-aniversário, o trabalhador pode antecipar parcelas futuras por meio de bancos autorizados. O dinheiro é depositado na conta do usuário e pode ser usado livremente.
A operação funciona como um tipo de empréstimo com garantia no próprio FGTS. Como o banco terá acesso ao saldo do fundo, não é necessário passar por análise de crédito tradicional. Isso facilita a liberação, mesmo para quem está negativado, desde que haja saldo suficiente disponível na conta.
É importante destacar que essa é uma decisão que exige cuidado. Apesar de parecer uma solução prática, o valor recebido já terá descontos de taxas e juros. Portanto, o dinheiro que chega ao consumidor final será menor do que o saldo real. Isso precisa ser considerado antes de decidir usar o FGTS para esse fim.
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O que é o saque-aniversário do FGTS e como aderir
O saque-aniversário é uma modalidade que permite ao trabalhador retirar parte do saldo do FGTS uma vez por ano, sempre no mês do seu aniversário. Essa escolha é opcional e deve ser feita diretamente no aplicativo do FGTS ou no site da Caixa. Depois de ativada, ela passa a valer para os próximos anos.
Para quem deseja maior flexibilidade no uso do fundo, essa modalidade pode parecer vantajosa. No entanto, ao optar por ela, o trabalhador perde o direito de sacar o valor integral em caso de demissão sem justa causa. Nessa situação, ele recebe apenas a multa de 40%, mas o saldo permanece retido.
O processo de adesão é simples. Basta acessar o app do FGTS, selecionar “Saque-aniversário” e confirmar a opção. A mudança entra em vigor no ano seguinte e o valor poderá ser consultado no mês de aniversário. Para quem deseja usar o FGTS para viajar, esse é o primeiro passo obrigatório.
- App do FGTS: https://www.caixa.gov.br/atendimento/aplicativos/fgts/Paginas/default.aspx
Como funciona a antecipação do saque-aniversário para viagens
A antecipação do saque-aniversário é oferecida por diversos bancos e funciona como um crédito com pagamento automático. O trabalhador escolhe quantas parcelas deseja antecipar — geralmente de três a cinco — e o valor é liberado em sua conta, com base no saldo que ele tem no fundo de garantia.
Essa modalidade de crédito tem como principal atrativo o fato de não precisar de avaliação de risco de crédito. Como o banco já sabe que o pagamento será feito pela Caixa, usando o saldo do próprio FGTS, a operação se torna menos burocrática e costuma ter liberação rápida, em até 24 horas úteis.
Apesar da agilidade, é fundamental analisar as taxas envolvidas. O valor que o banco antecipa será menor do que o total disponível, pois os juros são descontados antecipadamente. Por isso, antes de usar o FGTS para viajar, o ideal é simular o valor líquido que será recebido e compará-lo com outras formas de financiamento.
Passo a passo: como comprar passagens aéreas usando o FGTS
O primeiro passo é aderir ao saque-aniversário. Depois disso, o trabalhador precisa escolher um banco que ofereça a antecipação e autorizar o acesso ao saldo pelo aplicativo do FGTS. Com isso feito, é possível simular e contratar a operação diretamente no aplicativo ou site da instituição financeira.
Após a liberação do crédito, o valor será depositado na conta do usuário. Com esse dinheiro em mãos, ele pode entrar nos sites de companhias aéreas, agências de viagens ou aplicativos especializados para pesquisar passagens. A compra pode ser feita à vista, com desconto, usando o valor recebido.
Essa é uma forma indireta, porém eficaz, de usar o FGTS para viajar. Não há um sistema oficial que conecte diretamente o fundo à compra das passagens. O que acontece é a liberação de crédito com base no saldo do FGTS, o que permite ao usuário escolher como gastar esse recurso.
Como utilizar o FGTS para adquirir pacotes de viagem completos
Depois de receber o valor da antecipação, o trabalhador pode buscar por pacotes que incluam voos, hospedagens e até passeios turísticos. Isso pode ser feito por meio de agências físicas, sites especializados ou aplicativos de viagens que oferecem combos prontos.
A vantagem de adquirir pacotes está na facilidade de organização. Em vez de comprar cada item separadamente, tudo já vem incluso em um único pagamento. Isso ajuda a controlar melhor os gastos e evitar surpresas durante a viagem.
Antes de fechar negócio, é essencial verificar a confiabilidade da agência, analisar as condições do pacote e comparar ofertas. Como o valor do FGTS é limitado, o ideal é procurar opções com bom custo-benefício para aproveitar ao máximo sem ultrapassar o orçamento disponível.

Quais são as regras e limitações para usar o FGTS em viagens
O FGTS não pode ser sacado diretamente para lazer. Para utilizar o valor, o trabalhador precisa aderir ao saque-aniversário e solicitar a antecipação por meio de uma instituição financeira autorizada. Sem esse processo, o fundo permanece bloqueado para finalidades específicas definidas em lei.
Nem todos os bancos oferecem a antecipação, e os que oferecem têm regras próprias. Cada instituição define o valor mínimo para contratação, as taxas de juros e o número de parcelas que podem ser antecipadas. Por isso, comparar condições entre bancos é essencial antes de decidir.
Além disso, ao fazer a antecipação, o trabalhador se compromete a não mudar de modalidade ou cancelar a operação antes da quitação. Se mudar de ideia, o valor continuará sendo debitado automaticamente pelo banco, o que impede o uso do saldo em outras emergências.
Vantagens e desvantagens de utilizar o FGTS para viajar
Entre as principais vantagens está o fato de que o dinheiro já é do trabalhador. Ele não precisa passar por análise de crédito nem oferecer outro tipo de garantia. Isso facilita o acesso mesmo para quem está com o nome negativado ou possui baixa renda formal.
Outra vantagem é a praticidade do pagamento. Como o valor é debitado automaticamente das parcelas futuras do saque-aniversário, não há boletos mensais nem risco de inadimplência. O processo também é rápido, e o dinheiro costuma cair na conta em menos de um dia útil.
Por outro lado, há desvantagens importantes. A principal delas é o custo da operação. Como há cobrança de juros, o valor final recebido é menor. Além disso, o trabalhador abre mão de um recurso que poderia ser útil em uma emergência futura. Portanto, é necessário pensar bem antes de tomar essa decisão.
É seguro e confiável usar o FGTS para financiar viagens?
Sim, desde que o processo seja feito com bancos autorizados e dentro das regras da Caixa Econômica Federal. A segurança está no fato de que o FGTS serve como garantia, o que reduz o risco de inadimplência e torna a operação mais segura para as instituições envolvidas.
No entanto, o usuário deve estar atento à reputação do banco escolhido. Como o mercado tem crescido, surgem muitas opções novas, nem todas confiáveis. É importante verificar se a instituição é regularizada pelo Banco Central e se possui canais de atendimento acessíveis.
Além disso, o trabalhador deve ler com atenção os termos do contrato. Saber exatamente quanto vai receber, quanto será descontado e por quanto tempo a antecipação estará ativa ajuda a evitar surpresas. A segurança depende muito da clareza com que cada passo é conduzido.
Como autorizar o banco a acessar seu saldo do FGTS
Para autorizar o acesso ao saldo, o trabalhador precisa entrar no aplicativo do FGTS e escolher a opção “Empréstimo saque-aniversário”. Lá, ele seleciona o banco desejado e confirma a autorização. Esse passo é essencial para que a instituição financeira possa consultar o saldo disponível.
Após a autorização, o banco acessa os dados diretamente no sistema da Caixa e apresenta a proposta com base no saldo do trabalhador. A simulação mostra o valor que será liberado, o número de parcelas antecipadas e os juros aplicados.
Sem essa autorização, não é possível dar continuidade ao processo. Por isso, o ideal é realizar essa etapa com atenção, garantindo que o banco escolhido seja realmente aquele com quem se deseja fazer o contrato.
Alternativas ao uso do FGTS para financiar viagens
Se a antecipação não parecer vantajosa, existem outras formas de financiar uma viagem. Uma opção é juntar dinheiro com antecedência, criando uma reserva específica para lazer. Isso evita endividamento e ainda garante flexibilidade para buscar promoções.
Outra alternativa são os programas de milhas ou cashback, que permitem acumular pontos em compras e trocá-los por passagens. Alguns cartões de crédito também oferecem parcelamentos sem juros para gastos com turismo.
Por fim, o crédito pessoal tradicional pode ser uma opção para quem precisa de um valor maior, desde que a taxa de juros seja inferior à da antecipação do FGTS. O importante é comparar bem antes de tomar qualquer decisão.
Vale a pena usar o FGTS para viajar?
Depende do perfil de cada pessoa. Para quem não planeja ser demitido em breve, possui saldo disponível e deseja fazer uma viagem com recursos próprios, essa pode ser uma alternativa interessante. Especialmente se outras formas de crédito não estiverem acessíveis.
Por outro lado, se a pessoa estiver com orçamento apertado ou sem reserva para imprevistos, talvez seja melhor evitar. O FGTS é um recurso importante, que pode fazer falta em momentos de necessidade. Usá-lo com responsabilidade é sempre o melhor caminho.
Antes de decidir, vale simular os valores, comparar com outras opções e, se possível, conversar com um especialista financeiro. A viagem pode esperar. A tranquilidade financeira, não.