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União gastou R$ 4,4 bilhões com pagamentos indevidos, revela TCU

Um erro na troca de informações entre os sistemas do governo levou a União a pagar cerca de R$ 4,4 bilhões a mais de 275 mil pessoas falecidas entre 2016 e 2025. Essa revelação é resultado de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que mostrou a gravidade do problema.

Em fevereiro de 2025, apenas no último mês de auditoria, cerca de R$ 21,2 milhões foram pagos a mais de 11 mil pessoas que já tinham falecido. É um dado bastante preocupante.

A maior parte desse valor foi destinada a benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões. Além disso, a auditoria também identificou repasses errados em programas como o Bolsa Família e pagamentos indevidos a servidores ativos, aposentados e pensionistas.

O problema foi descoberto ao cruzar os dados do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc), que registra as mortes no Brasil. Esse cruzamento mostrou que há muitos atrasos e até a falta de registros no sistema.

O TCU estima que cerca de 13,1 milhões de pessoas falecidas não estão atualizadas na base de dados, o que dificulta bloqueios nos pagamentos que são feitos automaticamente. Com isso, o órgão decidiu que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve convocar os beneficiários para fazerem prova de vida. Se alguém não conseguir comprovar, os pagamentos deverão ser suspensos imediatamente.

O ministro do TCU, Bruno Dantas, falou sobre a situação, dizendo que a auditoria mostra um grande descontrole no banco de dados de pessoas falecidas no Brasil. Para ele, os dados são realmente “alarmantes e escandalosos”. Essa situação ressalta a importância de cuidar das informações e garantir que recursos públicos sejam usados de forma correta.

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