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Todo Jovem na Escola: entenda o valor do incentivo para o ensino médio

A política de incentivo à permanência de jovens na escola tem ganhado força no Brasil por meio de diferentes iniciativas. No Rio Grande do Sul, o programa Todo Jovem na Escola se consolidou como uma importante ação estadual para combater a evasão no ensino médio, oferecendo um auxílio financeiro direto aos estudantes da rede pública.

Paralelamente, o Governo Federal lançou o programa Pé-de-Meia, uma iniciativa de alcance nacional com objetivos semelhantes, que também visa apoiar os estudantes com uma bolsa-poupança. Para os alunos gaúchos, essa sobreposição de programas representa uma oportunidade única de acumular benefícios.

No entanto, a existência de dois programas com regras, valores e métodos de pagamento distintos pode gerar dúvidas. É fundamental que os estudantes e suas famílias saibam diferenciar os benefícios e as condicionalidades de cada um para garantir o acesso a todos os direitos.

A estrutura de pagamentos de cada programa, os critérios de participação e os compromissos exigidos do aluno são os pontos centrais que definem como esses auxílios podem ser acessados.

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Programas como o Todo Jovem na Escola (estadual) e o Pé-de-Meia (federal) oferecem incentivos financeiros para reduzir a evasão e apoiar a conclusão do ensino médio – Crédito: Jeane de Oliveira / cadunicobrasil.com.br

O que é o programa Todo Jovem na Escola e seus objetivos em 2025

O programa Todo Jovem na Escola (TJE) é uma política pública do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, coordenada pela Secretaria da Educação (Seduc). Seu objetivo principal é combater a evasão escolar e incentivar a permanência e a conclusão do ensino médio entre os estudantes da rede estadual que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

A iniciativa funciona por meio da concessão de um conjunto de auxílios financeiros, que incluem uma bolsa mensal, um valor para a compra de material escolar no início do ano, uma poupança que é creditada a cada ano de aprovação e um prêmio por engajamento em avaliações educacionais.

Dessa forma, o programa não apenas oferece um suporte para as despesas do dia a dia, mas também cria estímulos para o bom desempenho e a participação ativa do aluno em sua trajetória escolar, reconhecendo seu esforço e dedicação.

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O incentivo financeiro: entenda os pagamentos de R$ 200 e R$ 300

Os valores de R$ 200 e R$ 300 mencionados como incentivos financeiros pertencem a programas diferentes, e é importante distingui-los. O pagamento de R$ 200 é uma característica do programa federal Pé-de-Meia, e não do Todo Jovem na Escola.

No Pé-de-Meia, o valor de R$ 200 aparece em três momentos: como Incentivo-Matrícula, pago uma vez no início de cada ano letivo; como Incentivo-Frequência, pago em nove parcelas mensais; e como Incentivo-Enem, um bônus para os concluintes que participam do exame.

Já o valor de R$ 300 está relacionado ao programa estadual Todo Jovem na Escola. Ele corresponde ao bônus da “Poupança Aprovação”, que é um crédito depositado anualmente na conta do aluno a cada ano letivo concluído com sucesso.

O valor do incentivo de frequência: o pagamento mensal de R$ 300

É fundamental esclarecer que um pagamento mensal de R$ 300 como incentivo de frequência não corresponde à realidade de nenhum dos dois programas. Os valores mensais pagos por cada iniciativa são diferentes.

O programa federal Pé-de-Meia oferece um Incentivo-Frequência no valor de R$ 200 por mês. Esse valor é pago durante nove meses do ano letivo, totalizando R$ 1.800 anuais, e está condicionado à presença mínima de 80% nas aulas.

Já o programa estadual Todo Jovem na Escola possui uma bolsa de permanência mensal no valor de R$ 150. Para os alunos que estudam em escolas de tempo integral ou em cursos técnicos integrados, o valor mensal é maior, de R$ 225. A condição para o recebimento é uma frequência mínima de 75%.

Todo Jovem na Escola entenda o valor do incentivo para o ensino médio
Os estudantes do Rio Grande do Sul podem acumular os benefícios do programa estadual Todo Jovem na Escola e do programa federal Pé-de-Meia, desde que atendam aos critérios de ambos – Crédito: estado.rs.gov.br

O bônus pela conclusão: como receber R$ 1.000 ao fim do ano letivo

O bônus de R$ 1.000 por ano letivo concluído é uma das principais características do programa federal Pé-de-Meia. Este valor, chamado de Incentivo-Conclusão, é depositado na conta poupança do estudante ao final de cada uma das três séries do ensino médio.

A condição para receber esse bônus é a aprovação do aluno no ano letivo. No entanto, o valor total, que pode chegar a R$ 3.000, fica retido e só pode ser sacado pelo estudante após a sua formatura e a obtenção do certificado de conclusão do ensino médio.

O programa estadual Todo Jovem na Escola também possui um bônus por aprovação, a “Poupança Aprovação”, mas com um valor diferente: R$ 300 por ano. Esse valor também é depositado em uma conta poupança, e o estudante pode optar por fazer retiradas parciais a cada ano ou acumular o montante para o final.

O valor extra por fazer o Enem: o benefício de R$ 200

O pagamento de um valor extra pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também é um benefício exclusivo do programa federal Pé-de-Meia. A iniciativa busca estimular os estudantes do 3º ano a realizarem o principal exame de acesso ao ensino superior.

O Incentivo-Enem é uma parcela única de R$ 200, creditada na poupança do aluno concluinte. Para ter direito, não basta apenas se inscrever; é obrigatório que o estudante participe dos dois dias de aplicação das provas, com sua presença sendo verificada pelo MEC.

O programa estadual Todo Jovem na Escola não possui um bônus específico para o Enem, mas oferece um benefício semelhante, o “Prêmio Engajamento”. Este prêmio, no valor de R$ 150, é pago aos estudantes que participam das avaliações do Saeb e do Saers.

Requisitos para receber o valor do benefício: frequência e aprovação

Embora os valores e os nomes dos auxílios sejam diferentes, tanto o programa federal quanto o estadual possuem condicionalidades de frequência e de aprovação que são fundamentais para a manutenção dos benefícios.

No Pé-de-Meia, a frequência mínima exigida para o recebimento das parcelas mensais é de 80%. Já no Todo Jovem na Escola, a exigência é de uma frequência mínima de 75% a cada mês.

Ambos os programas exigem a aprovação no ano letivo para o crédito dos bônus anuais em poupança. A reprovação impede o recebimento tanto do Incentivo-Conclusão de R$ 1.000 do Pé-de-Meia quanto da Poupança Aprovação de R$ 300 do Todo Jovem na Escola.

Como o valor total do benefício é pago ao estudante pelo Caixa Tem

O método de pagamento é uma das principais diferenças entre os dois programas. O pagamento por meio do aplicativo Caixa Tem é a forma de repasse utilizada pelo programa federal Pé-de-Meia.

Para cada estudante elegível, a Caixa Econômica Federal (caixa.gov.br) abre automaticamente uma conta poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Os valores de matrícula e de frequência podem ser utilizados imediatamente.

Já o programa estadual Todo Jovem na Escola realiza seus pagamentos por meio do Cartão Cidadão do Banrisul (banrisul.com.br). Cada aluno beneficiado recebe um cartão de débito em seu nome, no qual são creditados os valores da bolsa mensal e dos demais auxílios do programa estadual.

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O que fazer se seu pagamento for bloqueado ou suspenso

Se o pagamento de um dos benefícios for bloqueado, o primeiro passo é identificar a qual programa o bloqueio se refere e qual o motivo da suspensão.

Para o Pé-de-Meia, a consulta deve ser feita no aplicativo “Jornada do Estudante”, do MEC. Se o motivo for a frequência, a regularização deve ser buscada junto à secretaria da escola. Se for um problema cadastral, a família deve procurar o CRAS.

Para o Todo Jovem na Escola, o estudante deve procurar a gestão de sua escola para verificar os dados de frequência e matrícula. Em caso de problemas com o Cartão Cidadão ou com o crédito do valor, o contato deve ser feito com o Banrisul ou com os canais de atendimento da Seduc-RS (educacao.rs.gov.br).

Wilson Spiler

Jornalista e design gráfico, pós-graduado em Marketing Digital. Atualmente sou editor de Home do Lance!, e redator nos sites Pronatec e CadÚnico. Já trabalhei nos mais diversos ramos da comunicação, com atuação em redações como Globo, GloboNews, Video Clipping, e SRZD, onde fui editor-chefe de Esportes e fotógrafo. Também exerci a função de analista de SEO em agências como Rankme e Search Lab, além de vários trabalhos freelancers para empresas como Dimona e Buscapé.

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