Seguro-desemprego bate recorde de solicitações em 8 anos: veja como pedir
Nos últimos meses, o número de solicitações do seguro-desemprego cresceu exponencialmente. Apesar disso, as regras também mudaram.
O seguro-desemprego é um benefício trabalhista garantido aos trabalhadores que foram demitidos sem justa causa e que não possuem outra fonte de renda. Ele funciona como um auxílio financeiro temporário para garantir a estabilidade do trabalhador enquanto busca uma nova oportunidade no mercado.
O benefício pode ser pago em três a cinco parcelas, dependendo do tempo de serviço antes da demissão.
Para receber, o trabalhador precisa cumprir critérios específicos, como tempo mínimo de trabalho e não estar recebendo outro benefício previdenciário, com exceção de pensão por morte ou auxílio-acidente. O valor do seguro-desemprego é reajustado anualmente, seguindo as regras do governo.
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Número de solicitações do seguro-desemprego aumentou
O número de pedidos de seguro-desemprego atingiu um dos maiores índices dos últimos anos. Em 2024, 7,44 milhões de trabalhadores solicitaram o benefício, o que representa um aumento de 4% em relação a 2023.
Esse número também ultrapassa o período da pandemia de Covid-19, quando muitos trabalhadores perderam seus empregos. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, o aumento está relacionado à maior rotatividade do mercado de trabalho, pois mais pessoas estão sendo contratadas e desligadas sem justa causa.
Mesmo com o crescimento no número de solicitações, a taxa de desemprego em 2024 foi de 6,6%, a menor já registrada desde 2012, segundo o IBGE. Isso significa que muitos trabalhadores que solicitaram o seguro-desemprego estavam mudando de emprego e não necessariamente ficando longos períodos sem trabalho.
A informalidade também caiu, passando de 39,2% em 2023 para 39% em 2024. Esse cenário mostra que o mercado de trabalho está em constante movimentação, o que influencia diretamente os pedidos do benefício.
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Como o benefício é pago?
O seguro-desemprego é pago de forma escalonada, de acordo com o tempo trabalhado antes da demissão.
- Três parcelas para quem trabalhou entre 6 e 11 meses nos últimos 36 meses.
- Quatro parcelas para quem trabalhou de 12 a 23 meses nos últimos 36 meses.
- Cinco parcelas para quem trabalhou 24 meses ou mais nos últimos 36 meses.
O valor do benefício varia conforme o salário médio dos últimos três meses antes da demissão. No entanto, o valor nunca pode ser inferior ao salário mínimo vigente, que em 2025 é de R$ 1.518. O pagamento é feito mensalmente e pode ser retirado por meio da Caixa Econômica Federal, do Caixa Tem ou diretamente na conta bancária cadastrada pelo trabalhador.
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Tabela do seguro-desemprego deste ano
O cálculo do seguro-desemprego depende do salário médio recebido pelo trabalhador nos últimos três meses antes da demissão. O valor é ajustado anualmente conforme a inflação.
Faixa salarial média | Cálculo do benefício |
---|---|
Até R$ 2.138,76 | 80% do salário médio |
De R$ 2.138,77 a R$ 3.564,96 | 50% do valor que exceder R$ 2.138,76 + R$ 1.711,01 |
Acima de R$ 3.564,96 | Valor fixo de R$ 2.424,11 |
O trabalhador não pode receber menos do que um salário mínimo, e o teto do benefício é de R$ 2.424,11.
Como solicitar o benefício?
O pedido do seguro-desemprego pode ser feito 100% online, sem a necessidade de comparecer a um posto de atendimento. O trabalhador tem até 120 dias após a demissão para fazer a solicitação.
- Portal Gov.br: Acesse o site, faça login e preencha a solicitação.
- Aplicativo Carteira de Trabalho Digital: Disponível para Android e iOS, permite solicitar e acompanhar o benefício.
- Sistema Nacional de Emprego (SINE): Agende um atendimento presencial para realizar o pedido.
- Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTEs): Atendimento presencial para dúvidas e solicitações.
Após o pedido, o governo analisa as informações e, se aprovado, o pagamento será iniciado no mês seguinte. Acompanhar a solicitação e manter os dados atualizados é essencial para evitar atrasos no recebimento do benefício.