Descanso do MEI: regras atuais de aposentadoria da categoria que você PRECISA conhecer
MEI também tem direito à aposentadoria, mas as regras são específicas e podem surpreender. Entenda como funciona o cálculo e o que fazer para encerrar sua carreira.
Formalizar um negócio como MEI trouxe grandes vantagens para milhões de brasileiros. Além de facilitar o pagamento de tributos, a categoria também garante acesso a benefícios previdenciários, como aposentadoria por idade, salário-maternidade e auxílio-doença. Mas nem tudo são flores.
Apesar da praticidade, muitos empreendedores se preocupam com o valor da aposentadoria, que costuma ficar restrito a um salário mínimo.
A realidade econômica do país também faz os microempreendedores refletirem sobre o futuro. Com a inflação corroendo o poder de compra e o custo de vida subindo, é natural buscar alternativas para garantir uma renda mais robusta na velhice.

Detalhes sobre aposentadoria do MEI
Pensando na necessidade de aumentar o valor da aposentadoria, muitos cidadãos passaram a complementar a contribuição previdenciária para melhorar o benefício. Ainda assim, muitos MEIs não conhecem as regras a fundo e acabam cometendo erros que prejudicam o descanso laboral.
Primeiramente, o MEI contribui mensalmente com uma alíquota de 5% sobre o salário mínimo, o que em 2025 corresponde a uma média de R$ 75, dependendo da atividade exercida.
O pagamento garante acesso a alguns benefícios previdenciários, incluindo a aposentadoria por idade. No entanto, o valor recebido se limita a um salário mínimo, o que gera dúvidas sobre a sustentabilidade financeira na velhice.
Para se aposentar, o MEI precisa atingir 60 anos de idade (mulheres) ou 65 anos (homens), além de completar 15 anos de contribuição. A partir do primeiro pagamento em dia da DAS, a contagem começa a valer, e a regularidade nos depósitos se torna fundamental para ter direito ao benefício.
Mas o valor da aposentadoria, muitas vezes, não cobre as despesas da vida adulta. Para driblar essa limitação, muitos optam pela complementação da contribuição. Pagando mais 15% sobre o salário mínimo, o MEI eleva a alíquota para 20% e passa a ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição.
Veja também: MEI: Governo Lula NÃO vai aumentar limite de faturamento da categoria e REVOLTA inscritos
Vantagens da complementação previdenciária
Por mais que a contribuição complementar “doa” um pouco mais no bolso do MEI e demais brasileiros, a principal vantagem é que há possibilidade de receber um valor mais alto na aposentadoria.
Sendo assim, quem opta pelo código 1910, que permite o recolhimento adicional de 15%, tem direito ao benefício calculado com base nos 80% maiores salários de contribuição desde 1994. Isso resulta em uma renda mais próxima da realidade de quem já teve outros vínculos formais.
Além disso, a complementação permite a aposentadoria por tempo de contribuição. A regra exige uma soma de idade e tempo que, em 2025, alcança 92 pontos para mulheres e 102 para homens. A cada ano, os pontos aumentam, então, quanto antes começar a contribuir, melhor.
Outra estratégia interessante é somar períodos de contribuição de diferentes regimes. Quem já trabalhou com carteira assinada antes de se tornar MEI pode somar esses anos ao tempo de contribuição atual. Isso acelera a conquista do direito à aposentadoria e melhora o valor final do benefício.
Saiba mais: Novas regras do MEI começam a valer em abril; fique atento para não PERDER seu CNPJ
Comece a se planejar desde cedo
Planejar a aposentadoria exige atenção desde o início da vida profissional. Muitos microempreendedores só percebem o problema ao se aproximarem da idade de se aposentar. No entanto, esperar demais para corrigir a contribuição pode reduzir significativamente o valor do benefício.
O INSS permite que o MEI complemente a alíquota a qualquer momento, mas quem deixa para fazer isso no fim da carreira pode não alcançar o valor esperado. Por isso, a recomendação é iniciar a complementação o quanto antes, o que dará mais tranquilidade na terceira idade.
Especialistas orientam que os microempreendedores utilizem o portal Meu INSS para verificar a situação contributiva e fazer simulações. Também é fundamental manter as guias em dia, evitando atrasos que podem comprometer a contagem do tempo de serviço.
Alternativas para garantir uma aposentadoria mais tranquila
Além da complementação da contribuição, outras opções podem reforçar a renda na aposentadoria. A previdência privada é uma delas, já que permite acumular recursos ao longo dos anos e complementar o valor da aposentadoria pública.
Outro caminho é formalizar uma poupança própria, investindo mensalmente parte dos ganhos para criar um fundo de reserva. Dessa forma, é possível obter suporte extra no futuro.
Em resumo, ter um bom planejamento financeiro contínuo faz toda a diferença. O ideal é consultar um contador ou um especialista em previdência para entender melhor as possibilidades e tomar decisões acertadas. Assim, o MEI garante mais segurança quando precisar, sem depender só da aposentadoria.