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Nova regra da CLT: descubra quais trabalhadores têm direito a horário de almoço maior

Horário de almoço é um direito importante de qualquer trabalhador CLT, pois dá uma pausa necessária durante o expediente; confira regra atualizada

O horário de almoço é um direito previsto pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e tem grande importância para a saúde e bem-estar dos trabalhadores. Dessa maneira, deve ser respeitado por qualquer empregador.

Esse período de descanso não serve apenas para se alimentar, mas também para que o empregado possa se recuperar física e mentalmente ao longo de uma jornada de trabalho. Por isso, é fundamental entender como funciona esse intervalo, quais são as regras e o que ocorre quando ele não é respeitado.

Desde a promulgação da CLT em 1943, a legislação sobre o intervalo de almoço passou por algumas mudanças, especialmente após a Reforma Trabalhista de 2017. O intuito é proporcionar uma maior flexibilidade para todos, adaptando-se às novas demandas do mercado de trabalho.

Nova regra da CLT: descubra quais trabalhadores têm direito a horário de almoço maior
Reforma Trabalhista alterou regras importantes sobre horário de almoço de profissionais CLT. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

Como funciona o horário de almoço na CLT?

Hoje, explicaremos as condições para o intervalo de almoço no regime CLT, as alterações mais recentes e a importância desse descanso para a saúde dos trabalhadores. Saber como utilizar esse direito pode melhorar a qualidade de vida no trabalho e até aumentar a produtividade.

De acordo com o artigo 71 da Consolidação das Leis do Trabalho, profissionais com jornadas de trabalho superiores a seis horas têm direito a um intervalo mínimo de uma hora para alimentação ou repouso.

Essa pequena pausa no serviço é importante não só para a alimentação, mas também para que o corpo e a mente se recuperem, evitando o cansaço excessivo e problemas de saúde que podem surgir a longo prazo.

Entretanto, dependendo do tipo de trabalho ou de acordos individuais ou coletivos, esse intervalo pode ser ajustado. O prazo pode ser estendido para até duas horas, conforme necessidade do empregador e do trabalhador, desde que esteja estabelecido em contrato ou convenção coletiva.

Por outro lado, vale ressaltar que aqueles trabalhadores com jornadas de até seis horas têm direito a um intervalo bem mais curto, de 15 minutos, conforme previsto pela CLT. Isso é quatro vezes menos que a maioria dos profissionais.

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E no home office, como fica o intervalo?

Em 2017, a Reforma Trabalhista trouxe uma mudança importante: agora, o intervalo de almoço pode ser reduzido para no mínimo 30 minutos, mas isso só é válido se houver um acordo formal, seja individual ou coletivo. Lembrando que o trabalhador deve concordar com essa redução.

Já no home office, muitas pessoas acreditam que, por ser um formato mais flexível, não exige o respeito ao intervalo de almoço. No entanto, esse é um engano. A CLT continua válida para trabalhadores remotos, e a empresa deve assegurar que o colaborador tenha direito ao mesmo intervalo de descanso.

Embora o local de trabalho seja diferente, as condições de jornada permanecem as mesmas. Portanto, mesmo no home office, o intervalo de almoço deve ser respeitado. Ignorar essa pausa, mesmo à distância, pode resultar em problemas semelhantes aos do trabalho presencial.

A empresa pode acompanhar a jornada de trabalho por meio de plataformas digitais ou acordos registrados, e o empregado deve usufruir da pausa para não comprometer sua saúde física e mental.

Com a flexibilização do trabalho, muitos começam a ultrapassar os limites entre a vida profissional e pessoal, e a pausa se torna ainda mais importante para manter o equilíbrio. Manter o intervalo de almoço no home office ajuda a separar as duas esferas e favorece o bem-estar do trabalhador.

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Consequências de não respeitar esse direito

Quando o intervalo de almoço estabelecido pela CLT não é respeitado, as consequências podem ser graves tanto para a empresa quanto para o trabalhador. Afinal, é um direito do profissional e um dever dos empregadores.

Caso o empregador não conceda o intervalo de uma hora para jornadas superiores a seis horas, ele terá que pagar as horas trabalhadas com acréscimo de 50% sobre o valor da hora normal. Além disso, a empresa pode ser multada e sofrer danos à sua imagem.

As consequências não se limitam ao aspecto financeiro. A falta de descanso adequado prejudica a saúde do trabalhador, podendo levar a doenças ocupacionais, como Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e até síndrome de burnout.

Tais problemas de saúde podem afastar o empregado do trabalho por longos períodos, prejudicando o funcionamento da empresa. Assim, em vez das empresas se beneficiarem, terão que pagar lá na frente.

Empresas que respeitam o intervalo de almoço tendem a ter um clima organizacional mais saudável e produtivo. Afinal, a pausa estratégica no meio da jornada melhora a concentração, aumenta a disposição e reduz a sensação de esgotamento mental.

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Importância da pausa durante o trabalho

O intervalo de almoço é mais do que um direito, é uma necessidade para a saúde dos trabalhadores. A pausa durante a jornada contribui para o descanso físico e mental, o que é essencial para manter a produtividade e a qualidade de vida no trabalho.

As empresas que respeitam esse direito do profissional CLT não só cumprem a lei, mas também criam um ambiente mais saudável para seus colaboradores, resultando em menos absenteísmo e maior desempenho.

Seja no ambiente físico ou no home office, é fundamental que o intervalo seja respeitado. As mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista de 2017 permitiram mais flexibilidade, mas a saúde e o bem-estar dos trabalhadores continuam sendo prioridade.

Como vimos no texto de hoje, o descanso é uma parte fundamental para que o trabalho seja feito com eficiência e qualidade, por isso, nunca subestime a importância de pausar para descansar durante o seu expediente.

Andrei Hardtke

Andrei Hardtke, natural de Pelotas/RS, 24 anos de idade. Formado em Letras pela UFPel, pós-graduado em Linguagens e atual redator do Cadastro Único Brasil. Desde criança, as palavras sempre estiveram comigo, do gibi às palavras cruzadas. Já há alguns anos, descobri uma paixão por escrever poemas como um passatempo, o que me inspirou a ser redator e escrever textos que não só informam, mas que também cativam e emocionam.

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