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Pressão na Câmara e no Senado: BPC vai mesmo sofrer cortes no próximo ano?

A discussão anda acalorada tanto no Senado quanto na Câmara sobre a possibilidade de mudança nas regras do BPC.

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma assistência financeira garantida pelo governo brasileiro para idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência que enfrentam barreiras significativas à participação social.

Para ser elegível, a renda per capita da família não pode ultrapassar 1/4 do salário mínimo, e é necessário comprovar a condição de vulnerabilidade socioeconômica. Atualmente, o BPC oferece o valor de um salário mínimo mensal, sem a necessidade de contribuições ao INSS.

Esse benefício é essencial para milhões de brasileiros, assegurando recursos básicos para atender às necessidades fundamentais e promovendo inclusão social.

O BPC ainda é um dos pilares quando o assunto é assistência social no Brasil.
O BPC ainda é um dos pilares quando o assunto é assistência social no Brasil. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

Como o BPC funciona atualmente?

O BPC é administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e atende a pessoas em situação de extrema vulnerabilidade. O programa considera como elegíveis idosos que tenham 65 anos ou mais e pessoas com deficiência que comprovem limitações de longo prazo para sua integração social e econômica.

O critério de renda familiar per capita, limitado a 1/4 do salário mínimo, é a base para determinar a elegibilidade ao benefício, embora existam discussões sobre a flexibilização desse critério em casos excepcionais.

A solicitação do BPC exige a inscrição prévia no Cadastro Único (CadÚnico), onde o beneficiário deve apresentar documentos pessoais e informações sobre a composição familiar.

Essa etapa é indispensável para garantir que os dados sejam registrados corretamente no sistema e avaliados pelo INSS. Além disso, o processo inclui uma avaliação médica ou social para pessoas com deficiência, assegurando que o benefício chegue a quem realmente necessita.

Outro ponto relevante é que o BPC não acumula com outros benefícios de caráter assistencial. No entanto, existem exceções, como o acúmulo com programas de transferência de renda, dependendo do caso. Essas regras tornam o benefício um instrumento essencial para oferecer dignidade e suporte básico a quem enfrenta dificuldades significativas no dia a dia.

Saiba mais: Aprenda a solicitar revisão do BPC através de nova ferramenta criada pelo INSS

Câmara e Senado vão propor cortes no programa?

Recentemente, o governo propôs alterações no BPC como parte de um pacote de contenção de gastos, gerando intensos debates no Congresso.

Uma das mudanças sugeridas incluía considerar rendimentos obtidos com outros benefícios no cálculo da renda familiar, o que, na prática, reduziria a elegibilidade ao programa. Essa proposta poderia limitar o acesso ao BPC em famílias com mais de um beneficiário, impactando diretamente a cobertura do programa.

Os deputados decidiram excluir essa regra após uma reunião de líderes, buscando suavizar os cortes propostos. A exclusão de rendimentos de parentes que não vivem na mesma residência também foi discutida e acolhida, garantindo que o cálculo da renda seja mais justo e reflita a realidade das famílias.

Outro ponto debatido foi a mudança na classificação para concessão do benefício, que poderia passar da Classificação Internacional de Doenças (CID) para a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF).

Essa alteração mudaria a abordagem de avaliação, focando mais na funcionalidade do indivíduo do que na simples presença de uma doença. Deputados, incluindo membros da base governista, trabalharam para consolidar essas alterações e evitar desgastes políticos com a proposta.

Com essas discussões, o Congresso busca equilibrar as medidas de ajuste fiscal com a manutenção do caráter social do BPC, assegurando que o programa continue a atender os mais vulneráveis.

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