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Pix vaza dados de 11 milhões em ataque a Trump

O Banco Central (BC) revelou, na noite da última quarta-feira, que houve um vazamento gigantesco de dados do sistema Pix, um método de pagamento que está em alta no Brasil. Essa situação chegou a expor mais de 11 milhões de chaves Pix por causa de acessos indevidos ao Sisbajud, que é o Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário.

O que aconteceu? Nos dias 20 e 21 de julho, informações como nome da pessoa, chave Pix, nome do banco, número da agência e número da conta foram acessadas. Apesar da gravidade, o BC garante que dados mais sensíveis, como saldos, senhas ou extratos, não foram comprometidos.

O Banco Central, em uma nota oficial, fez questão de ressaltar que “não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais”. É sempre bom ficar atento, mas a situação poderia ser bem pior.

Mais um incidente na lista

Esse é o 21º vazamento de dados ligado ao Pix até agora. O recorde anterior de vazamentos aconteceu em agosto de 2021, onde mais de 414 mil chaves foram expostas. Com esse novo problema, o total de dados vazados ultrapassa 12 milhões. Embora as chaves não permitam acesso direto às contas, o CNJ alerta para possíveis tentativas de golpes. Eles pedem que todo mundo fique alerta e revisem suas informações.

E atenção: o CNJ informou que não entrará em contato por SMS, e-mail ou telefone com os afetados, então cuidado com possíveis golpes por esse caminho. Vai ser disponibilizado um canal de consulta no site do CNJ para mais informações.

O Pix sob os holofotes internacionais

Enquanto isso, o sistema de pagamentos brasileiro não é apenas uma preocupação interna, mas também atrai a atenção do governo dos Estados Unidos. O Escritório do Representante do Comércio dos EUA (USTR) está investigando o Pix, alegando que ele poderia favorecer ferramentas estatais e prejudicar a concorrência com empresas estrangeiras. O USTR acredita que o Brasil adota práticas que podem ser injustas em relação aos serviços de pagamento eletrônico.

Essas alegações ressaltam que o Brasil precisa repensar algumas de suas políticas para não afetar a competitividade do comércio digital, especialmente das empresas americanas.

Nova funcionalidade: Pix Internacional

Com tudo isso acontecendo, o Pix está se expandindo internacionalmente. Agora, turistas brasileiros podem usar o sistema diretamente nos Estados Unidos, graças a uma nova parceria entre a fintech PagBrasil e a empresa Verifone. Isso significa que você pode pagar em reais em lojas americanas, evitando a necessidade de cartões de crédito.

Essa nova funcionalidade, chamada de Pix Internacional, permite que os comerciantes aceitem pagamentos via QR Code diretamente nas maquininhas. O consumidor só precisa escanear o código com o app do seu banco brasileiro, e o valor já é convertido automaticamente para reais, com um IOF de 3,5% incluso. E o melhor: as transações são finalizadas em questão de segundos.

De acordo com Madhu Vasu, da Verifone, essa é uma grande oportunidade para os comerciantes em regiões turísticas, como Nova York e Flórida, que desejam atrair o público brasileiro, que gasta bastante durante suas viagens. Já Ralf Germer, da PagBrasil, acredita que essa novidade responde à crescente demanda por formas de pagamento rápidas e acessíveis pelos brasileiros no exterior.

A Verifone também garantiu que a solução se adapta aos sistemas de pagamento que já existem, sem a necessidade de novos equipamentos. Com sua presença em 75% dos maiores varejistas dos EUA, eles estão prontos para receber essa nova onda de consumidores brasileiros.

Por fim, o BC revelou que tomou as medidas necessárias para investigar o vazamento, respeitando o compromisso com a transparência na sua atuação. O CNJ, por sua vez, já acionou a Polícia Federal e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para assegurar que adotaram todas as medidas de segurança necessárias para proteger os usuários.

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