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PIS/Pasep 2025: saiba se você tem dinheiro a receber e como sacar antes do prazo final

Valores esquecidos podem chegar a R$ 2.800 por trabalhador e estarão disponíveis para resgate até 2028.

Milhões de brasileiros podem ter um verdadeiro tesouro esquecido à espera: são os valores do antigo fundo PIS/Pasep, que continuam disponíveis para saque. Quem trabalhou entre 1971 e 1988 ainda tem direito a resgatar o saldo acumulado nesse período, que em muitos casos nunca foi retirado.

Segundo estimativas, mais de 10 milhões de pessoas podem estar nessa situação, com um valor médio de R$ 2.800 por beneficiário. No total, são mais de R$ 26 bilhões parados em contas que pertencem aos trabalhadores ou a seus herdeiros.

O que é o PIS/Pasep e por que o dinheiro está disponível

O fundo foi criado para reunir depósitos feitos por empresas públicas e privadas em nome de seus funcionários. A ideia era complementar a renda dos trabalhadores ao longo dos anos.

Com a Constituição de 1988, esse modelo foi descontinuado e os recursos passaram a ser destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), usado para custear benefícios como o seguro-desemprego. Ainda assim, os valores acumulados até 1988 ficaram guardados em contas individuais.

Em 2020, esses saldos foram transferidos para o FGTS e, posteriormente, passaram para a gestão do Tesouro Nacional. Apesar da mudança administrativa, o direito dos trabalhadores e herdeiros ao saque continua garantido.

Quem tem direito ao resgate

Podem sacar:

  • trabalhadores da iniciativa privada ou servidores públicos que atuaram entre 1971 e 1988;
  • pessoas que nunca retiraram os valores referentes a esse período;
  • herdeiros legais de beneficiários que já faleceram, desde que apresentem documentos que comprovem o vínculo familiar e a partilha de bens.

Mesmo aposentados ou pessoas fora do mercado de trabalho continuam tendo direito à retirada.

Como consultar se há saldo disponível

Hoje, é possível verificar se existem valores esquecidos sem sair de casa. A consulta é feita online nos canais oficiais:

  • pelo aplicativo FGTS;
  • pelo site específico de consulta ao fundo;
  • usando o número do PIS/NIS, que pode ser encontrado na carteira de trabalho ou no app Meu INSS.

O sistema informará se há saldo disponível, e em seguida, você já pode solicitar o saque.

Como solicitar o saque

Existem duas formas principais de resgatar os valores:

  • pelo aplicativo FGTS, de maneira rápida e digital;
  • presencialmente, em uma agência da Caixa Econômica Federal.

Para os herdeiros, o pedido deve ser acompanhado de documentos como certidão de óbito do titular, comprovantes de parentesco e documentos judiciais de partilha ou inventário.

Documentos exigidos para saque

Titular da conta:

  • documento de identidade com foto;
  • CPF ou número do PIS/NIS;
  • comprovante de residência atualizado.

Herdeiros:

  • certidão de óbito do trabalhador;
  • documentos que comprovem o vínculo familiar (certidão de nascimento, casamento, etc.);
  • identidade e CPF do herdeiro;
  • documentos judiciais que comprovem a condição de herdeiro (formal de partilha, escritura pública ou alvará).

Onde o dinheiro é depositado

Depois da aprovação, os valores são transferidos diretamente para a conta bancária indicada pelo beneficiário. Caso ele não tenha conta na Caixa, uma poupança social digital pode ser aberta automaticamente em seu nome.

Qual é o prazo para sacar

O prazo para retirada termina em setembro de 2028. Caso o saque não seja feito até lá, o saldo será definitivamente incorporado ao Tesouro Nacional, e o trabalhador perderá o direito de resgatar.

Por essa razão, o governo vem reforçando campanhas para alertar a população.

Por que vale a pena correr atrás desse dinheiro

Além de ser um direito garantido, o valor acumulado ao longo dos anos passou por correção monetária. Isso significa que quem tinha valores modestos no saldo original pode encontrar um valor atualizado suficiente para pagar dívidas, fazer reparos em casa ou até garantir maior tranquilidade financeira.

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

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