Parcelamento e descontos no Imposto de Renda: como aderir?
Contribuintes podem parcelar o Imposto de Renda e aproveitar deduções legais. Aprenda a aderir e facilitar o pagamento do imposto.
Todo começo de ano, milhões de brasileiros se preparam para declarar o Imposto de Renda, e junto com esse período, surgem muitas dúvidas.
Muitos querem saber como pagar o imposto sem sobrecarregar o orçamento e buscam maneiras de reduzir o valor final. Por isso, conhecer bem as regras faz toda a diferença na hora de organizar as finanças.
Além de organizar documentos e comprovantes, quem tem imposto a pagar precisa saber as opções de parcelamento e as formas de diminuir o valor com as deduções permitidas. Escolher a maneira certa de declarar pode evitar dívidas com o Fisco e até fazer o contribuinte receber uma restituição.

Parcelamento do Imposto de Renda
Atualmente, uma preocupação muito comum é sobre os prazos, já que quem perde a data limite pode enfrentar multas e complicações. Por isso, entender como funciona o processo antes mesmo do início oficial da declaração ajuda a evitar problemas futuros.
Quem entrega a declaração e descobre que tem imposto a pagar pode dividir o valor em até oito parcelas. Cada uma deve ter no mínimo R$ 50, e quem deve menos de R$ 100 precisa pagar de uma vez só. A primeira parcela vence junto com o último dia da entrega da declaração, em 30 de maio de 2025.
Depois disso, as demais parcelas vencem sempre no final de cada mês. A Receita Federal calcula automaticamente o valor de cada quota na hora que o contribuinte preenche o programa gerador da declaração.
Caso a pessoa decida dividir o valor depois de entregar o documento, ela pode acessar o portal e-CAC e solicitar o parcelamento diretamente por lá.
Vale lembrar que as parcelas seguintes vêm com juros, baseados na taxa Selic, mais 1% fixo. Por isso, quanto mais tempo para pagar, mais o valor final aumenta. Assim, quem pode pagar à vista, ou em menos parcelas, economiza dinheiro.
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Como diminuir o valor com deduções legais
Embora não existam descontos diretos no valor total do Imposto de Renda, a lei permite que o contribuinte diminua a base de cálculo, o que reduz o valor a pagar.
A exemplo disso, quem tem dependentes pode deduzir até R$ 2.275,08 por pessoa. Gastos com educação também entram no cálculo, com limite de R$ 3.561,50 por pessoa. Já os gastos médicos não têm limite, desde que sejam comprovados e estejam no nome do contribuinte ou dos dependentes.
Contribuições ao INSS e previdência privada do tipo PGBL, até 12% dos rendimentos, também podem ser abatidas. Quem paga pensão alimentícia, por decisão judicial, também pode deduzir o valor integral.
Outra opção, para quem não tem muitas despesas a deduzir, é a declaração simplificada. Nesse caso, a Receita Federal aplica um desconto fixo de 20% sobre a renda tributável, limitado a R$ 16.755,34. Vale a pena simular as duas formas de declaração, completa e simplificada, para escolher a mais vantajosa.
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Tudo que mudou para 2025
A Receita Federal trouxe algumas novidades para facilitar a vida do contribuinte. Uma delas é a declaração pré-preenchida, disponível a partir de 1º de abril. Nela, o sistema já traz informações que a Receita possui, como salários, gastos com saúde e bens. A pessoa precisa apenas revisar, corrigir e enviar.
Outra novidade no Imposto de Renda é a possibilidade de receber a restituição por meio do PIX, desde que a chave seja o CPF. Com isso, o dinheiro cai mais rápido na conta.
Além disso, quem usar a declaração pré-preenchida ou optar pelo PIX terá prioridade no pagamento da restituição, junto com idosos, professores e pessoas com doenças graves.
Com o prazo mais curto neste ano, começando em 17 de março e terminando em 30 de maio, o melhor a fazer é se preparar desde já para declarar seu Imposto de Renda corretamente.
Em suma, organizar documentos, conferir comprovantes e entender as opções de parcelamento e deduções ajudam a evitar problemas e, quem sabe, até receber de volta parte do que pagou.