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O seu FGTS agora é garantia: entenda como o consignado privado ficou mais fácil

Modalidade de crédito com juros menores é ampliada para quem tem carteira assinada, usando o Fundo de Garantia como segurança para o banco.

Quem trabalha de carteira assinada sabe a dificuldade de conseguir um crédito com juros baixos no mercado. Muitas vezes, as melhores condições ficam restritas aos servidores públicos ou aposentados e pensionistas do INSS.

A boa notícia é que esse cenário está mudando para o trabalhador privado. Uma nova regra permite que você use parte do seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o famoso FGTS, como garantia em um empréstimo consignado.

Essa novidade faz parte do chamado “Crédito do Trabalhador”, um programa pensado para dar mais fôlego financeiro a quem é CLT. A ideia é simples: quanto maior a garantia, menor o risco para o banco e, consequentemente, menores os juros para você.

É uma forma de usar um dinheiro que já é seu para conseguir taxas mais competitivas e, quem sabe, dar aquela organizada nas finanças ou realizar um projeto.

É importante entender como funciona essa garantia para usar o crédito de forma consciente e planejada.

O que muda no empréstimo consignado para quem é CLT

Até pouco tempo atrás, o empréstimo consignado para o setor privado era menos comum e, muitas vezes, mais caro. A grande diferença dessa modalidade de crédito é que as parcelas são descontadas diretamente do seu salário ou folha de pagamento.

Agora, o Governo Federal liberou a possibilidade de usar o FGTS como uma segurança extra para o banco que oferece o empréstimo. Isso significa que a instituição tem uma garantia maior de que vai receber o dinheiro de volta, mesmo que você seja demitido.

Na prática, a garantia é dupla. Você pode oferecer até 10% do saldo total da sua conta do FGTS. Além disso, a regra inclui 100% do valor da multa rescisória paga pelo empregador em caso de demissão sem justa causa.

É essa segurança adicional que faz com que as instituições financeiras consigam oferecer taxas de juros bem mais atrativas, se comparadas ao crédito pessoal comum. Essa iniciativa busca trazer meios para que os empréstimos consignados atendam de forma mais significativa os trabalhadores do setor privado.

Como a garantia do FGTS funciona de verdade

Vamos ao que realmente interessa. Você oferece uma parte do seu FGTS como garantia, mas isso não significa que o banco pode sacar esse valor a qualquer momento.

O saldo e a multa ficam “bloqueados” apenas em caso de necessidade. Ou seja, se o seu contrato de trabalho for encerrado antes de você quitar o empréstimo, a instituição financeira poderá usar esses valores para cobrir a dívida restante.

O limite máximo que o banco pode pegar é de 10% do saldo do Fundo mais 100% da multa. Se o valor da dívida for menor do que essa garantia, só o necessário será utilizado. Você recebe o restante.

Essa é a grande sacada: o dinheiro do FGTS só é acionado para o pagamento em caso de rescisão contratual. Enquanto você estiver trabalhando e pagando as parcelas, o desconto segue direto na sua folha.

A margem consignável, que é o limite do salário que pode ser usado para pagar as parcelas, continua valendo. Atualmente, esse limite é de 35% da sua renda mensal líquida.

Como fazer para contratar o Crédito do Trabalhador

A contratação desse empréstimo se tornou bem acessível e centralizada. O processo começa pela sua Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital).

É por lá que você pode fazer uma simulação e autorizar que os bancos consultem suas informações trabalhistas. Esse é o primeiro passo para o sistema funcionar.

Depois, as instituições financeiras que fazem parte do programa enviam propostas de crédito para você analisar. Você escolhe a mais vantajosa e finaliza a contratação pelo aplicativo do banco escolhido.

Lembre-se: vale muito a pena pesquisar as taxas de juros. Embora a garantia do FGTS tenda a reduzir os juros, cada banco tem a sua própria política de crédito.

O processo é totalmente digital e busca dar mais transparência ao trabalhador. Tudo sobre o Brasil e o mundo aqui no portal. Depois da contratação, o dinheiro cai na sua conta e o acompanhamento do pagamento das parcelas pode ser feito pela própria Carteira Digital ou pelos canais do banco.

Essa modalidade, por ter o desconto direto no salário, tem a vantagem de ser menos burocrática e mais rápida. É uma alternativa importante para quem busca crédito com condições mais justas.

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

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