Novo programa habitacional terá juros menores e mais acesso ao crédito em 2025
Reformulação amplia faixas de renda, reduz taxas de juros e promete facilitar o sonho da casa própria em diferentes regiões do país.
O programa habitacional mais conhecido do Brasil volta em 2025 com uma série de mudanças que prometem facilitar o acesso à casa própria. A nova versão traz juros mais baixos, faixas de renda ampliadas e condições mais flexíveis de financiamento.
A proposta é atender famílias que antes ficavam de fora das linhas de crédito tradicionais, incluindo trabalhadores informais e autônomos. O objetivo é permitir que mais pessoas consigam comprar ou financiar o próprio imóvel com condições acessíveis.
Segundo o governo, a meta é financiar mais de 2,5 milhões de moradias até o fim de 2026, com prioridade para famílias que ganham até R$ 12 mil por mês. A iniciativa também deve movimentar a construção civil e gerar milhares de empregos em todo o país.
O que muda no programa habitacional
O programa reformulado foi desenhado para ampliar o alcance e atualizar as condições de acordo com a realidade econômica das famílias. Entre as principais mudanças estão:
- Juros reduzidos, com taxas entre 4,25% e 8,16% ao ano;
- Inclusão de novas faixas de renda, chegando a até R$ 12 mil mensais;
- Possibilidade de financiar imóveis novos e usados;
- Subsídios que podem superar R$ 55 mil, dependendo da renda e região;
- Prazo de pagamento ampliado para até 35 anos;
- Uso do FGTS para reduzir parcelas ou quitar parte do saldo.
Essas alterações pretendem tornar o crédito imobiliário mais acessível e combater a desigualdade regional, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde há maior déficit habitacional.
Nova divisão de faixas de renda
O programa agora conta com quatro faixas de renda, oferecendo condições específicas para diferentes perfis:
- Faixa 1: até R$ 2.640 — juros mais baixos e subsídios mais altos;
- Faixa 2: de R$ 2.640,01 a R$ 4.400 — entrada facilitada e condições de longo prazo;
- Faixa 3: de R$ 4.400,01 a R$ 8.000 — financiamentos competitivos com o mercado;
- Faixa 4: até R$ 12 mil — taxas diferenciadas e prazos estendidos.
Com a nova faixa, o programa passa a incluir também famílias da classe média baixa e servidores públicos que antes não se enquadravam nos critérios de renda.
Juros menores e FGTS como principal aliado
As taxas de juros reduzidas são o principal atrativo da nova etapa do programa. Para famílias com menor renda, os juros começam em 4,25% ao ano — bem abaixo do praticado pelo mercado imobiliário comum.
O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) segue como uma importante ferramenta de apoio, permitindo usar o saldo para pagar a entrada, diminuir parcelas ou quitar parte da dívida.
A Caixa Econômica seguirá como agente operador, garantindo que o crédito chegue de forma simplificada a quem mais precisa.
Condições de financiamento mais flexíveis
O prazo máximo do financiamento passa a ser de 420 meses (35 anos), o que ajuda a reduzir o valor das parcelas mensais.
Outra novidade é a inclusão de imóveis usados dentro das regras do programa, desde que estejam em boas condições estruturais. Isso aumenta as opções, especialmente em cidades onde há pouca oferta de lançamentos novos.
Quem já participou do programa também pode solicitar um segundo financiamento, desde que tenha quitado o primeiro.
Subsídios maiores e imóveis com limites atualizados
Em 2025, o valor dos subsídios aumentou — e agora pode chegar a R$ 55 mil, conforme a renda familiar e a região onde o imóvel será adquirido.
O teto de valor dos imóveis financiados também foi reajustado. Em grandes cidades, o limite chega a R$ 350 mil, enquanto em municípios de médio e pequeno porte varia entre R$ 190 mil e R$ 250 mil.
Foco em sustentabilidade e moradias verdes
A nova fase do programa valoriza projetos sustentáveis, com o selo “Habitação Verde”. Empreendimentos que adotarem energia solar, reaproveitamento de água e materiais recicláveis terão preferência na aprovação e poderão receber incentivos extras.
A ideia é incentivar construções mais eficientes, que reduzam o gasto das famílias com energia e ajudem a preservar o meio ambiente.
Quem pode participar
Podem se inscrever famílias com renda mensal de até R$ 12 mil, desde que não possuam outro imóvel em nome de nenhum integrante. O imóvel adquirido deve ser usado como residência principal.
É indispensável ter o CPF regularizado e não ter sido beneficiário de outros programas habitacionais federais.
Trabalhadores autônomos e microempreendedores individuais (MEIs) também podem participar, apresentando documentação que comprove renda, como declarações, extratos bancários e imposto de renda.
Como se inscrever
Há duas formas principais de inscrição:
- Pelas prefeituras, para famílias com renda até R$ 2.640 (Faixa 1), via CadÚnico;
- Diretamente na Caixa, para as demais faixas de renda, com análise de crédito e apresentação de documentos.
O andamento da proposta pode ser acompanhado pelo aplicativo Caixa Habitação, que mostra as etapas do processo até a assinatura do contrato.
O programa também tem papel importante na retomada da economia. A estimativa é de um investimento total superior a R$ 120 bilhões até 2026, com geração de 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos.
Especialistas do setor calculam que isso deve impulsionar principalmente a atividade das pequenas e médias construtoras, que atuam em cidades de menor porte.
Mais do que um programa habitacional, essa nova fase representa uma política pública de inclusão. Desde sua criação, o programa já ajudou mais de 6 milhões de famílias a conquistarem o sonho da casa própria.
Com juros mais baixos, novas faixas de renda e mais opções de imóveis, a meta é atender um público ainda maior — oferecendo não apenas moradia, mas também segurança, estabilidade e melhor qualidade de vida para milhões de brasileiros.