Ferramenta digital promete agilizar correções de fraudes e erros em pagamentos instantâneos, dando controle direto ao usuário.
O Pix vai ganhar um botão de contestação para facilitar a vida de quem sofre com fraudes ou erros em transferências. A partir de 2025, quem usar o Pix poderá contestar pagamentos diretamente pelo app do banco, sem precisar abrir protocolos complicados ou falar com atendentes.
O crescimento dos golpes envolvendo o Pix, como links falsos e transferências indevidas, acelerou o desenvolvimento dessa ferramenta. A ideia é dar mais autonomia para usuários e tornar o sistema financeiro ainda mais seguro.
Como vai funcionar o botão de contestação do Pix
O botão estará disponível nas próximas atualizações dos aplicativos bancários e carteiras digitais que operam o Pix. Ao clicar nele, o usuário explica o motivo da contestação — seja erro, golpe ou valor cobrado indevidamente — e pode enviar provas, como capturas de tela.
O processo segue quatro etapas:
- Usuário solicita a contestação e informa o motivo.
- O sistema do banco analisa se há indícios de fraude ou erro.
- O banco do recebedor é notificado e tem até sete dias úteis para responder.
- Se confirmada a irregularidade, o valor é bloqueado e devolvido.
Esse recurso não substitui o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que atua automaticamente contra fraudes, mas funciona como complemento para agilizar e dar mais transparência ao consumidor.
Disponibilidade e integração
Os bancos precisam implementar o botão até 1º de julho de 2025. Cada instituição pode personalizar o visual, mas os prazos e processos serão padronizados pelo Banco Central.
Quando usar o botão de contestação
Só podem ser contestadas transações legítimas, para evitar abusos. Entre os principais casos aceitos estão:
- Pagamentos feitos por engano, como valor errado digitado
- Golpes por engenharia social, onde o cliente é enganado
- Roubo do celular com uso indevido da conta
- Transferências duplicadas
- Envios para contas suspeitas de fraude
Em situações simples, como erro de digitação, a devolução pode ser feita automaticamente, sem análise detalhada. Para fraudes, o processo exige investigação e comunicação entre os bancos envolvidos.
Benefícios para o consumidor e o sistema
Hoje, contestar um Pix pode levar até 30 dias. Com o botão, a média cai para cerca de uma semana, diminuindo burocracia e dando maior rapidez para as devoluções.
Desde 2020, golpes com Pix aumentaram mais de 200%. A expectativa é que a nova ferramenta ajude a reduzir prejuízos e reforçar a segurança do meio de pagamento instantâneo mais usado no país.
O que especialistas dizem
Advogados e especialistas em segurança digital elogiam o botão, porque simplifica o contato entre clientes e bancos, protegendo contra intermediários mal-intencionados.
Para quem ainda prefere pagamentos tradicionais, a novidade contribui para aumentar a confiança no Pix, ajudando a consolidá-lo como padrão digital no Brasil.
Diferença entre botão de contestação e MED
O MED bloqueia automaticamente valores suspeitos de fraude, com pouca participação do usuário. Já o novo botão permite que o próprio consumidor seja ativo na contestação, trazendo mais agilidade e controle.
O que muda para os bancos
Bancos terão que aprimorar seus sistemas de segurança e responder às contestações dentro do prazo determinado pelo Banco Central. Penalidades previstas atingem quem atrasar ou negar pedidos sem justificativa válida.
A implantação começa pelos bancos públicos e fintechs grandes, avançando para instituições menores depois.
Como contestar um Pix pelo app
- Abra o app do banco.
- Encontre a transação suspeita no histórico.
- Toque em “Contestar transação Pix”.
- Escolha o motivo e envie detalhes ou provas.
- Aguarde resposta em até sete dias úteis.
Durante o processo, o valor fica bloqueado na conta do recebedor, impedindo uso até conclusão da análise.
Essa inovação é parte de uma série de melhorias planejadas para os próximos anos, como o Pix Automático e o Pix Internacional.
O Brasil segue na frente em pagamentos digitais, com sistemas cada vez mais seguros, rápidos e práticos para usuários e instituições.
