Novo aviso para pessoas de 40 a 60 anos
Muitos acreditam que apenas os mais velhos são vítimas de fraudes, mas a realidade mostra que quem tem entre 40 e 60 anos está se tornando o alvo preferido de criminosos digitais. Essa é uma faixa etária que, financeiramente ativa e familiarizada com o mundo digital, acaba se revelando um “ponto ideal” para os golpistas.
Neste guia, vamos entender por que essa geração é tão visada, explorar os tipos de golpes mais comuns que ocorrem e dar dicas práticas de proteção.
O “Ponto Ideal”: por que a faixa dos 40 a 60 anos?
Os criminosos escolhem suas vítimas de maneira estratégica. E quem está nessa faixa etária possui características que os tornam alvos mais atraentes por cinco motivos.
Primeiro, o poder aquisitivo. Muitos estão no auge das suas carreiras, acumulando economias e bens, como veículos e imóveis. Isso significa que eles representam um alvo financeiro mais lucrativo para os golpistas.
Em segundo lugar, temos a transição digital. Apesar de estarem habituados com a internet, muitos não têm a mesma formação em segurança online que as gerações mais jovens, que cresceram com a tecnologia. Isso pode torná-los menos cautelosos.
Além disso, são frequentemente considerados a “geração sanduíche”, já que cuidam tanto dos filhos adultos quanto dos pais mais velhos. Essa dupla responsabilidade pode fazer com que eles se tornem mais vulneráveis a golpes emocionais que exploram o senso de urgência.
A exposição nas redes sociais é outro fator. Com perfis muitas vezes menos protegidos, eles compartilham detalhes sobre a vida que podem ser utilizados pelos golpistas em suas táticas de manipulação.
Por último, temos a confiança. Depois de anos vivendo em um mundo onde as interações eram baseadas em relações de confiança, muitos adicionam esse mesmo grau de boa-fé ao ambiente digital, dificultando a identificação de golpes.
Os 5 golpes mais comuns que miram esta faixa etária
Com essas vulnerabilidades em mente, os golpistas têm diversos métodos para enganar esse público.
1. Golpe do Falso Investimento: Investimentos em criptomoedas, ações, ou outros ativos prometendo ganhos rápidos e altos acabam seduzindo aqueles que buscam multiplicar seus patrimônios. Golpistas criam plataformas e discursos sofisticados para convencer as vítimas a transferirem altas quantias.
2. Golpe do Falso Parente no WhatsApp: Esse golpe atinge diretamente a “geração sanduíche”. Um criminoso se faz passar por um filho ou filha, alegando ter trocado de número e pedindo uma transferência via Pix para resolver um “problema urgente”. A ansiedade em ajudar muitas vezes fala mais alto.
3. Golpe do Romance Online: Visando pessoas solteiras, divorciadas ou viúvas, esse golpe acontece em aplicativos de namoro. O golpista cria um perfil falso e, após ganhar a confiança da vítima, começa a solicitar dinheiro sob pretextos de emergências.
4. Phishing de Bancos e Cartões: Muitos, sendo gestores financeiros da casa, recebem uma variedade de comunicados de bancos. E-mails ou mensagens de texto falsos sobre “compras suspeitas” ou “atualizações de segurança” são ótimos para induzi-los a clicar em links perigosos.
5. Golpe da Falsa Central de Atendimento: Similar ao phishing, aqui a vítima é induzida a ligar para um número fraudulento ou receber uma ligação de um “gerente”. O objetivo é convencê-la a instalar aplicativos que permitem o acesso remoto ou a realizar procedimentos que, na verdade, comprometem sua segurança.
Estratégias de proteção e prevenção
Se você faz parte dessa faixa etária ou tem familiares nela, adotar algumas medidas pode ser muito útil. Vamos ver algumas dicas práticas que podem evitar prejuízos.
1. A “Pausa de Verificação” de 10 minutos: Quando receber um pedido urgente de Pix ou uma oferta irresistível, respire fundo e espere dez minutos. Use esse tempo para verificar a informação por outro canal.
2. Canais oficiais: Sempre que precisar contatar algo, utilize apenas os canais que você iniciou. Evite clicar em links ou números que não reconhece.
3. Valide com a voz: Se alguém pedir dinheiro por mensagem, desconfie. Ligue para um número antigo da pessoa ou faça uma chamada de vídeo. Golpistas geralmente não mostram o rosto.
4. Desconfiômetro para investimentos: Desconfie de propostas que prometem ganho fácil. Consulte sempre a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para confirmar a legitimidade.
5. Revise a privacidade nas redes sociais: Ajuste as configurações do seu Facebook e Instagram para que somente amigos possam ver suas informações.
6. Converse sobre golpes: Mantenha um diálogo sobre segurança digital com sua família. Criar um ambiente onde as pessoas se sintam à vontade para discutir suspeitas fortalece a proteção de todos.
Mantenha-se seguro e informado
Estar na mira de criminosos não é uma questão de ingenuidade, mas sim de ser uma pessoa atuante e responsável. O bom caminho contra essas ameaças não é se afastar da tecnologia, mas sim usá-la com discernimento. Estar bem informado, ter conversas abertas e cultivar uma desconfiança saudável são algumas das melhores ferramentas para se proteger.