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ATENÇÃO, beneficiário: nova regra do Bolsa Família pode cancelar auxílio em menos tempo

A partir de junho, novas regras do Bolsa Família podem reduzir o tempo de permanência no programa para quem aumentar a renda. Entenda como isso pode afetar seu benefício.

Atualmente, o Bolsa Família segue como um dos principais apoios para quem enfrenta dificuldades no país. Milhões de famílias ainda contam com o valor repassado mensalmente para comprar comida, cuidar da casa e manter os filhos na escola.

Nem sempre uma mudança de renda acontece de forma rápida. Muitas vezes, ela ocorre aos poucos, mês após mês. Para quem vive com o mínimo, cada centavo conta, e qualquer ajuste no salário pode afetar o que entra e sai do bolso da família.

Mesmo assim, o governo anunciou uma nova mudança que afeta quem está começando a trabalhar e ultrapassa o limite de entrada no programa. A partir de junho, novas regras entram em vigor para organizar esse período de transição.

ATENÇÃO, beneficiário: nova regra do Bolsa Família pode cancelar auxílio em menos tempo
Governo altera regra de permanência do Bolsa Família e dá novo prazo. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

O que muda com a nova regra do Bolsa Família

A principal mudança está no tempo que a família pode continuar recebendo o Bolsa Família após o aumento da renda. Antes, quem passava a ganhar acima de R$ 218 por pessoa podia seguir no programa por até dois anos.

Agora, esse tempo caiu para apenas 12 meses, desde que a renda não ultrapasse R$ 706 por pessoa. Durante esse período, a família recebe metade do valor que recebia antes. Por exemplo: se recebia R$ 600, passará a receber R$ 300 enquanto estiver na regra de transição.

Essa redução vale somente para quem passar a integrar a nova regra a partir de junho. Famílias que já estavam protegidas antes seguem com o prazo antigo de dois anos.

O governo também criou regras para situações diferentes. Famílias com pessoas que recebem aposentadoria, pensão ou BPC poderão ficar no programa por mais dois meses, caso a renda ultrapasse o limite.

Já aquelas que têm pessoas com deficiência e que recebem o BPC, poderão ficar por até 12 meses. A ideia é tratar cada caso com mais atenção, respeitando as necessidades de cada núcleo familiar.

Veja também: Bolsa Família sob ameaça? Regra de transição será suspensa pelo governo em junho

Como funcionam os novos prazos estabelecidos

A nova norma começa a valer para quem entrar na Regra de Proteção a partir de junho. Mas os efeitos só serão sentidos na folha de pagamentos de julho. Ou seja, o repasse com valor reduzido começa apenas no mês seguinte.

As famílias que conseguirem manter a renda acima do limite por mais de um ano sairão do programa. Porém, se em algum momento a renda voltar a cair e ficar abaixo de R$ 218 por pessoa, a família poderá voltar a receber o valor cheio.

E o retorno pode ser rápido: quem saiu do programa por causa da Regra de Proteção terá prioridade para voltar, por um prazo de até três anos. Esse modelo busca manter um equilíbrio.

De um lado, o governo economiza ao reduzir o valor para quem já aumentou a renda. De outro, protege quem ainda precisa do dinheiro para não faltar comida ou ter que tirar os filhos da escola. Assim, a saída do programa se dá de forma mais leve e planejada.

Saiba mais: Quer acessar o Bolsa Família? Veja como todo processo funciona para garantir benefício

Emprego e Bolsa Família podem andar juntos

Muita gente ainda tem medo de aceitar um emprego formal por receio de perder o Bolsa Família. As novas regras mostram que essa preocupação não precisa existir. Mesmo com carteira assinada, se a renda por pessoa ficar entre R$ 219 e R$ 706, a família continua no programa com metade do valor anterior.

O governo afirma que o aumento de vagas com carteira assinada em 2025 trouxe bons resultados. Entre janeiro e fevereiro, o país criou mais de 574 mil empregos formais. Desse total, mais da metade foi preenchida por pessoas inscritas no Cadastro Único, e boa parte delas recebia o Bolsa Família.

Esse dado mostra que o programa ajuda de verdade a abrir portas. Ao não cortar o benefício de forma brusca, o governo permite que a família organize sua nova rotina, aprenda a viver com a nova renda e, aos poucos, caminhe com mais segurança.

A nova regra de transição do Bolsa Família reduz o tempo de permanência no programa para quem começa a receber mais. A mudança vale a partir de junho e atinge somente quem entrar na regra a partir dessa data. As famílias já protegidas seguem com as normas antigas.

Com o novo modelo, o governo espera estimular mais pessoas a aceitarem vagas de trabalho formal sem medo de perder o benefício de uma hora para outra. Quem voltar a enfrentar dificuldades também poderá retornar ao programa com prioridade, sem precisar esperar muito.

Veja também: Bolsa Família será reduzido em 15% no mês de maio; entenda o que está acontecendo

Andrei Hardtke

Andrei Hardtke, natural de Pelotas/RS, 24 anos de idade. Formado em Letras pela UFPel, pós-graduado em Linguagens e atual redator do Cadastro Único Brasil. Desde criança, as palavras sempre estiveram comigo, do gibi às palavras cruzadas. Já há alguns anos, descobri uma paixão por escrever poemas como um passatempo, o que me inspirou a ser redator e escrever textos que não só informam, mas que também cativam e emocionam.

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