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Motos sem CNH se popularizam no Brasil com modelos acessíveis

O interesse por motos sem CNH vem crescendo bastante no Brasil em 2025. Isso se deve, em grande parte, à busca por alternativas econômicas e práticas para se deslocar nas grandes cidades. Com o trânsito cada vez mais complicado e o transporte público muitas vezes saturado, especialmente em lugares como São Paulo e Rio de Janeiro, os ciclomotores — popularmente conhecidos como “cinquentinhas” — têm se destacado como uma opção acessível. Modelos como Shineray Jet 50S, Zero Luna e Loop K1 são bastante procurados, pois permitem condução com a Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC), ao invés da CNH categoria A. Vamos entender melhor como funciona essa legislação, quais as vantagens, os modelos em alta e os cuidados que você deve ter para pilotar essas motos de maneira segura.

Como funciona a legislação para moto sem CNH no Brasil?

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e a Resolução CONTRAN nº 996/2023, ciclomotores são definidos como veículos de duas ou três rodas que possuem:

  • Motor a combustão de até 50cc ou elétrico de até 4 kW.
  • Velocidade máxima de 50 km/h por projeto.

Para pilotá-los, é necessário ter a ACC, uma habilitação bem mais simples do que a CNH. O processo para obtê-la inclui:

  • Idade mínima de 18 anos.
  • Treinamento: 20 horas de aulas teóricas e 10 horas práticas (5 horas se você já tiver CNH).
  • Exames: Médico, psicotécnico, teórico e prático.
  • Custo: Entre R$ 300 e R$ 600, muito mais acessível comparado ao valor da CNH, que varia de R$ 1.200 a R$ 2.000.

Entre as obrigações legais, temos:

  • Registro e emplacamento: devem ser feitos até 31 de dezembro de 2025.
  • Equipamentos de segurança: O uso de capacete é obrigatório para o condutor e passageiro.
  • Regras de trânsito: É preciso sempre usar a faixa da direita e as cinquentinhas são proibidas em rodovias.
  • Penalidades: Pilotar sem a ACC ou CNH pode resultar em multa de R$ 880,41, além da apreensão do veículo.

Atenção: Alguns modelos, como a Shineray Jet 50S, podem atingir até 75 km/h, requerendo a CNH categoria A. Por isso, é sempre bom conferir com o fabricante ou no Detran a velocidade máxima.

Quais são as vantagens de utilizar uma moto sem CNH?

Os ciclomotores têm se tornado cada vez mais populares no Brasil justamente por serem uma opção prática e acessível, especialmente em centros urbanos. Vamos conferir suas principais vantagens:

  • Custo acessível: Os preços ficam entre R$ 6.000 e R$ 10.500, competindo com bicicletas elétricas e até carros usados.
  • Economia: Motores a combustão oferecem um rendimento de 40–50 km/l, enquanto os elétricos têm um custo de recarga em média de R$ 0,10/km.
  • Facilidade de manobra: Pesando entre 50 e 100 kg e medindo cerca de 1,9 m, são ideais para manobras em ruas estreitas e para estacionar em quase qualquer lugar.
  • Menos burocracia: A obtenção da ACC é bem mais rápida e econômica, atraindo principalmente jovens e trabalhadores que buscam uma solução mais viável.
  • Sustentabilidade: Os modelos elétricos, como a Zero Luna, não emitem poluentes e podem até ter incentivos fiscais.

Por outro lado, há algumas limitações:

  • A velocidade máxima é de 50 km/h (ou menos para as elétricas), restringindo seu uso a vias urbanas.
  • A autonomia das motos elétricas é entre 25 e 45 km, o que exige recargas frequentes.
  • Disponibilidade da ACC pode variar de região para região, e em alguns casos vai ser preciso viajar para cidades vizinhas.

Quais são os modelos de moto sem CNH mais populares em 2025?

O mercado está cheio de opções, tanto a combustão quanto elétricas, adequadas para diferentes orçamentos. Aqui estão alguns dos modelos mais populares:

  1. Shineray Jet 50S:

    • Tipo: Combustão, 49cc.
    • Destaques: Painel digital, porta USB, e pode alcançar 45 km/l.
    • Preço: Entre R$ 8.790 e R$ 9.090.
    • Por que se destaca: É econômica e possui um design moderno.
  2. Shineray Phoenix 50:

    • Tipo: Combustão, 49cc.
    • Destaques: Painel analógico, farol LED opcional.
    • Preço: R$ 6.990 a R$ 8.500.
    • Por que se destaca: Fácil de manter e bem acessível.
  3. Zero Luna:

    • Tipo: Elétrica, 2 kW.
    • Destaques: Design compacto e sem emissões.
    • Preço: R$ 9.890.
    • Por que se destaca: Ideal para iniciantes e possui baixo custo operacional.
  4. Loop K1:

    • Tipo: Elétrica, 1,5 kW.
    • Destaques: Design dobrável para transporte.
    • Preço: R$ 10.500.
    • Por que se destaca: Prática para quem utiliza transporte público.
  5. Tailg Júnior:

    • Tipo: Elétrica, 1,2 kW.
    • Destaques: Economia e pode ser considerada bicicleta elétrica em certas regiões.
    • Preço: R$ 9.500.
  6. Yamaha NEO’s Connected (lançamento em fevereiro de 2025):

    • Tipo: Elétrica, 2,3 kW.
    • Destaques: Iluminação LED e conectividade Bluetooth.
    • Preço: Estimado em R$ 12.000.
    • Por que se destaca: É a primeira cinquentinha elétrica da Yamaha no Brasil.

Moto sem CNH: quais cuidados tomar antes de pilotar?

Para garantir uma pilotagem segura e dentro da legalidade, aqui vão algumas dicas:

  • Verifique a habilitação: Veja se você precisa da ACC ou da CNH categoria A, especialmente em modelos que podem ultrapassar 50 km/h.
  • Obtenha a ACC: Inscreva-se em autoescolas credenciadas. E se achar que não tem oferta na sua cidade, busque informações em municípios próximos.
  • Regularize o veículo: O registro e emplacamento devem ser feitos até 31 de dezembro de 2025 para evitar multas.
  • Use equipamentos de segurança: O capacete é obrigatório, mas usar luvas e jaquetas é uma boa ideia para reforçar a proteção.
  • Mantenha o veículo em ordem: Verifique sempre os freios, pneus e bateria (para elétricos). Assim você evita surpresas.
  • Respeite as regras de trânsito: Sempre fique na faixa da direita e evite rodovias, respeitando o limite de 50 km/h.

Mobilidade urbana

As motos sem CNH se firmam em 2025 como uma alternativa prática e econômica para a mobilidade nas cidades brasileiras. Modelos como Shineray Jet 50S, Zero Luna, Loop K1 e Yamaha NEO’s Connected estão entre os mais procurados no mercado. Com preços que variam de R$ 6.000 a R$ 12.000 e eficiência que chega a 50 km/l (ou 40-60 km para os elétricos), esses ciclomotores atendem bem as necessidades de trabalhadores, estudantes e entregadores. É fundamental seguir a legislação, obter a ACC, registrar o veículo e usar capacete, para não enfrentar multas que podem chegar a R$ 880,41. É interessante notar que essa tendência de crescimento, com uma projeção de 12,5% até 2030, reflete bem o desejo por um transporte acessível e sustentável.

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