O Prato Feito (ou PF, como todo mundo conhece) é um verdadeiro clássico da culinária brasileira. Combinando arroz, feijão, uma proteína e uma saladinha, esse prato é quase sinônimo de conforto para muitos. Porém, a alta dos preços dos alimentos tem tornado complicado manter esse item tão querido na mesa todos os dias. Diante deste cenário, resta a pergunta: é possível montar um PF completo, saboroso e nutritivo usando apenas produtos mais baratos do supermercado?
E para descobrir isso, decidimos aceitar o desafio. Fomos a uma grande rede de supermercados com uma missão em mente: criar um “PF Perfeito” utilizando apenas produtos de marcas próprias — aquelas que são vendidas sob o nome da própria loja. O resultado, tanto no bolso quanto no paladar, vai te surpreender.
Qual o nosso desafio e a lista de compras para o ‘PF Econômico’?
A tarefa era simples: comprar todos os ingredientes necessários para preparar um Prato Feito clássico para uma pessoa, evitando marcas famosas. Nos concentramos em produtos de marcas como Qualitá, Carrefour, Dia e outras que têm embalagens mais simples e preços mais acessíveis.
A nossa lista ficou assim:
- Arroz Agulhinha Tipo 1 (marca própria)
- Feijão Carioca Tipo 1 (marca própria)
- Bife de Acém (uma escolha econômica)
- Óleo de Soja (marca própria)
- Sal Refinado (marca própria)
- Alface Crespa
- Tomate
A caça aos ingredientes: a jornada pelos corredores do supermercado
Ao procurar apenas por marcas próprias, você percebe que precisa olhar com mais atenção. Esses produtos, geralmente, ficam guardados nas prateleiras de baixo, longe dos holofotes das marcas que mais investem em marketing.
Felizmente, encontramos todos os itens facilmente. O arroz e o feijão, apesar das embalagens simples, não deixavam nada a desejar em qualidade. O mesmo vale para o óleo e o sal. No açougue, optamos pelo acém, um corte delicioso e que, de quebra, é muito mais em conta do que a alcatra ou o contrafilé.
Na ponta do lápis: quanto custou cada ingrediente do nosso Prato Feito?
Agora, vamos aos números, que mostram a mágica da economia na prática. Compramos pacotes fechados, mas calculamos o custo real de cada porção para saber quanto sairia um único prato.
- Arroz (pacote de 1kg a R$ 5,50): Uma porção de 100g custou R$ 0,55.
- Feijão (pacote de 1kg a R$ 8,00): Uma porção de 100g custou R$ 0,80.
- Bife de Acém (preço do kg a R$ 35,00): Um bife generoso de 150g custou R$ 5,25.
- Salada: Algumas folhas de alface e meio tomate, mais um tempero simples, custaram cerca de R$ 2,00.
- Preparo: O custo do óleo de soja, alho e sal para temperar tudo ficou em aproximadamente R$ 0,40.
Afinal, por quanto saiu o nosso ‘PF Perfeito’ de marcas próprias?
Somando os preços, chegamos a um total impressionante de apenas R$ 9,00 pelo nosso “PF Perfeito”. Para um prato em um restaurante simples, que costuma custar mais de R$ 25,00, isso é uma grande economia. Com certeza, comprovamos que é possível comer bem sem gastar muito.
Mas e o sabor? Um PF tão barato pode ser gostoso?
Essa é a parte que mais surpreende. Realizamos um “teste do paladar” e a diferença de sabor entre os produtos de marca própria e os das marcas líderes é quase imperceptível. O arroz e o feijão, bem temperados, ficaram uma delícia e trouxeram aquele gosto de comida caseira que todos amam. O bife de acém, por ter uma gordura entremeada, ficou macio e saboroso na frigideira. E a salada, feita com itens fresquinhos, estava excelente. O que realmente faz a diferença na refeição é mais o tempero e o preparo do que o rótulo na embalagem.
Vale a pena montar um PF só com as marcas do mercado?
O resultado do nosso desafio é claro: vale muito a pena. Para itens que fazem parte da nossa alimentação diária, como arroz, feijão, óleo e sal, trocar as marcas famosas pelas marcas próprias é uma estratégia eficaz e imediata para aliviar o bolso.
Você pode continuar a comprar seu requeijão ou molho de tomate favorito, mas ao fazer essas substituições inteligentes nos produtos básicos, é possível liberar uma boa parte do seu orçamento. Esse teste mostrou que é possível comer bem sem gastar muito, e que a qualidade de uma refeição caseira está na dedicação ao preparo, e não no marketing da embalagem.
