Desde os tempos antigos, o ouro sempre foi visto como símbolo de riqueza e poder. Hoje, a busca por esse metal precioso continua intensa, com operações de mineração que transformam montanhas para conseguir até as menores partículas desse tesouro. Mas você já parou para pensar onde fica a maior “fábrica” de ouro do mundo? O título vai para um gigante da mineração nos desertos dos Estados Unidos: o complexo Nevada Gold Mines. Vamos explorar as dimensões desse verdadeiro colosso e o valor impressionante que ele guarda.
E então, qual é a maior mina de ouro do mundo em 2025?
Determinar qual mina é a maior pode ser um desafio. Se falarmos da mina a céu aberto com a maior área, o título geralmente vai para a Mina de Muruntau, no Uzbequistão. No entanto, se considerarmos a produção de ouro e a escala operacional, o campeão é indiscutivelmente o complexo Nevada Gold Mines, que fica em Nevada, nos EUA.
Esse complexo não se resume a uma única mina, mas é uma associação de duas das maiores mineradoras do mundo: a Barrick Gold, que possui 61,5% de participação, e a Newmont Corporation, com seus 38,5%. Essa parceria, formada em 2019, juntou várias minas de excelência, como Carlin, Cortez, Turquoise Ridge e Phoenix, criando assim o maior produtor de ouro do planeta.
Nevada Gold Mines: um gigante americano no deserto
Localizado em uma das áreas mais ricas em ouro do mundo, o complexo Nevada Gold Mines é impressionante. Ele abriga 10 minas subterrâneas e 12 a céu aberto, além de uma infraestrutura completa para o processamento do ouro.
A produção anual é de dar inveja! O NGM produz mais de 3 milhões de onças-troy de ouro por ano, o que equivale a mais de 94 toneladas do metal precioso. Isso coloca Nevada como um dos epicentros do fornecimento global de ouro.
O grande mistério: qual é o valor desse tesouro?
Calcular o valor de uma mina é complicado, mas podemos ter uma ideia do seu tamanho olhando para as reservas conhecidas. Em 2025, o preço do ouro tem se mantido elevado, com a onça-troy sendo cotada a cerca de US$ 3.340.
O complexo Nevada Gold Mines tem aproximadamente 21 milhões de onças de reservas. Vamos fazer as contas:
21.000.000 onças x US$ 3.340/onça = US$ 70.140.000.000
Isso mesmo: o valor bruto do ouro que ainda está no subsolo do NGM é de cerca de US$ 70,14 bilhões. Se trouxermos isso para a nossa realidade, usando uma cotação de R$ 5,72 por dólar, o valor fica em aproximadamente R$ 401,2 bilhões!
Vale lembrar que essa é uma estimativa bruta. Não se esqueça dos custos altíssimos para extração, processamento, logística e recuperação ambiental, que impactam diretamente o valor líquido real. Mesmo assim, essa cifra revela a imensa riqueza contida nesse local.
Como funciona a extração em uma operação desse porte?
A extração de ouro em Nevada é realmente uma obra-prima da engenharia moderna e acontece de duas maneiras principais:
Minas a Céu Aberto: Aqui, grandes crateras são escavadas na superfície. Rochas são detonadas, e caminhões gigantes, capazes de carregar toneladas de minério, transportam o material para as usinas de processamento.
- Minas Subterrâneas: Neste caso, túneis são escavados nas profundezas da terra para acessar veios de ouro que não podem ser explorados pela superfície.
Depois de extraído, o minério passa por um elaborado processo de britagem e tratamento químico — geralmente utilizando cianeto — para separar o ouro das rochas. O resultado final é o ouro puro, pronto para ser moldado em barras.
O futuro do ouro: o que podemos esperar dessas gigantes da mineração?
O futuro da mineração, em Nevada e no mundo, parece estar se concentrando em duas frentes: tecnologia e sustentabilidade. As empresas estão investindo pesado em automação, com caminhões e equipamentos de perfuração autônomos, além de tecnologias de processamento cada vez mais eficientes e que causam menos impacto ambiental. Com reservas tão vastas, o complexo Nevada Gold Mines continuará a ser uma peça chave no fornecimento global de ouro por várias décadas, influenciando tanto a economia mundial quanto o mercado de joias e investimentos.
