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Bolsa Família e CLT: saiba se marido com carteira assinada impede recebimento de auxílio

Ter a carteira assinada e receber o Bolsa Família é um dos pontos mais discutidos entre beneficiários e pessoas que pensam em pedir benefício do governo

Muitas famílias brasileiras se perguntam se, ao ter um membro com carteira assinada, ainda podem receber o Bolsa Família. Essa dúvida surge especialmente quando a economia está instável, e muitas pessoas acreditam que um emprego formal, como o do marido, pode impedir o acesso ao programa.

Antes de mais nada, devemos antecipar que esse tipo de falácia nem sempre é verdade, e as regras para o recebimento do benefício têm critérios específicos. Ou seja, o fato de um membro da família ser empregado formalmente não significa que a família não tem mais direito ao Bolsa Família.

O que realmente importa para a concessão ou manutenção do benefício é a renda per capita da família. Mesmo com um emprego registrado, a renda de cada pessoa no lar é o que determina se o auxílio será mantido ou não.

Bolsa Família e CLT: saiba se marido com carteira assinada impede recebimento de auxílio
Ser CLT e receber Bolsa Família ao mesmo tempo é o sonho de muitos brasileiros de baixa renda. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

Como a renda per capita afeta o Bolsa Família?

Hoje, você vai entender de vez como funciona o processo de cálculo da renda per capita e como as alterações no Cadastro Único podem afetar o acesso ao programa. Além disso, vamos detalhar os critérios que podem permitir que sua família continue recebendo o benefício.

Como já foi dito acima, o principal critério para a concessão ou negativa do Bolsa Família é a renda per capita, ou seja, o total da renda da família dividido pelo número de pessoas que vivem na mesma casa.

Em outras palavras, mesmo com o marido trabalhando de carteira assinada, se a soma das rendas ainda for inferior ao limite estabelecido pelo governo, a família pode continuar recebendo o benefício.

Por exemplo, se um pai de família recebe um salário mínimo de R$ 1.518,00 e a família tem quatro membros, o cálculo da renda per capita será: R$ 1.518,00 ÷ 4 = R$ 379,50 por pessoa. Este valor, em algumas situações, como na Regra de Proteção, ainda pode atender aos critérios do programa.

O Governo Federal definiu que, em 2025, famílias com renda per capita de até R$ 218,00 por mês podem ser incluídas no programa. Por isso, mesmo que um membro da casa tenha um emprego formal, se a renda total da família continuar abaixo desse valor, o benefício pode ser mantido.

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Quais são os critérios e benefícios adicionais?

Além da renda per capita, o Bolsa Família oferece benefícios adicionais para atender a situações específicas, como a presença de crianças, gestantes ou pessoas em fase de amamentação. Tais acréscimos são destinados a tornar o programa mais flexível e adaptável às necessidades de cada família.

Veja os benefícios adicionais disponíveis:

  • R$ 150 por criança de até 6 anos.
  • R$ 50 por gestantes e por crianças/adolescentes de 7 a 18 anos.
  • R$ 50 por cada membro em fase de amamentação.

Esses valores podem somar ao benefício principal, ajudando famílias com crianças pequenas ou gestantes a obter mais apoio financeiro. Assim, mesmo com um membro empregado formalmente, essas condições podem possibilitar que a família se mantenha dentro dos critérios do programa.

Dessa forma, manter o Cadastro Único atualizado é fundamental para garantir que todos os dados sejam precisos e que a família continue sendo avaliada da forma correta, sem a perda do benefício de transferência de renda.

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O que fazer para manter o direito ao programa?

Deixar suas informações do CadÚnico em dia é indispensável para que sua família continue recebendo o Bolsa Família. Caso haja mudanças na renda, no número de filhos, na composição familiar ou até em outros dados pessoais, é importante informar essas alterações ao CRAS local.

Em geral, o cálculo da renda per capita pode ser feito de uma forma bem simples: some todas as fontes de renda da casa, como salários, pensões e auxílios, e divida pelo número de pessoas no mesmo lar.

Lembrando que o governo leva em consideração a renda líquida, ou seja, o valor após descontos como o INSS, o que pode ajudar quem tem um salário mais baixo a continuar dentro dos critérios do programa.

Além disso, é importante não se basear apenas em histórias de conhecidos. Cada caso é único, e o Ministério do Desenvolvimento Social avalia a situação de cada família individualmente, levando em consideração fatores como a composição familiar, faixa etária dos membros e situação socioeconômica.

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Mantenha o cadastro atualizado e procure orientação

Ter um marido com carteira assinada não significa que sua família perderá o Bolsa Família. O que importa é a renda per capita e a situação social de cada membro. Se a sua família se encaixa nos critérios do programa, não hesite em buscar orientação no CRAS e manter o Cadastro Único em dia.

Aproveite os benefícios adicionais oferecidos pelo programa, como os valores para crianças e gestantes, e não deixe de informar qualquer alteração na sua situação. O Bolsa Família é um direito social, e mantê-lo pode ser crucial para a sua família.

Andrei Hardtke

Andrei Hardtke, natural de Pelotas/RS, 24 anos de idade. Formado em Letras pela UFPel, pós-graduado em Linguagens e atual redator do Cadastro Único Brasil. Desde criança, as palavras sempre estiveram comigo, do gibi às palavras cruzadas. Já há alguns anos, descobri uma paixão por escrever poemas como um passatempo, o que me inspirou a ser redator e escrever textos que não só informam, mas que também cativam e emocionam.

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