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Se você NÃO é mais MEI, aprenda a manter todos os benefícios do INSS mesmo sem o CNPJ ativo

Deixou de ser MEI? Saiba como continuar com todos os benefícios do INSS mesmo sem um CNPJ ativo.

O Microempreendedor Individual (MEI) conta com um modelo de contribuição simplificado que permite acesso a diversos benefícios previdenciários.

No entanto, ao deixar essa categoria, a forma de pagamento ao INSS precisa ser ajustada para que o trabalhador continue tendo direito a aposentadoria, auxílio-doença e outros direitos.

A mudança exige atenção, pois a guia de pagamento do Simples Nacional (DAS-MEI) deixa de ser emitida automaticamente. Por isso, é necessário seguir novos procedimentos para manter os direitos previdenciários ativos.

Se você NÃO é mais MEI, aprenda a manter todos os benefícios do INSS mesmo sem o CNPJ ativo
Mantenha seus benefícios do INSS sem ser MEI! Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

Escolha do tipo de segurado após deixar o MEI

O primeiro passo após o desenquadramento do MEI é identificar a melhor categoria de segurado. Essa escolha depende da atividade exercida e do tipo de vínculo com o trabalho.

Quem encerra o MEI precisa definir se continuará contribuindo como contribuinte individual ou segurado facultativo. A decisão influencia tanto o valor da contribuição quanto os benefícios disponíveis.

  • Contribuinte Individual: Indicado para quem continua exercendo uma atividade remunerada de forma autônoma.
  • Segurado Facultativo: Opção para aqueles que não têm renda ativa, mas desejam manter a proteção previdenciária.

A partir dessa definição, o trabalhador pode escolher entre diferentes planos de contribuição, cada um com regras específicas sobre alíquota e direitos garantidos.

Veja também: MEI também precisa declarar o Imposto de Renda? Se prepare!

Planos de contribuição disponíveis

O ex-MEI pode optar por um dos seguintes modelos de pagamento ao INSS:

  • Plano Simplificado (11%): Indicado para quem não presta serviços a empresas. Garante aposentadoria por idade, mas não permite aposentadoria por tempo de contribuição.
  • Plano Completo (20%): Opção para quem deseja uma aposentadoria mais robusta ou pretende usar o tempo de contribuição para outros cálculos do INSS.
  • Plano Facultativo de Baixa Renda (5%): Disponível para quem comprova renda familiar de até dois salários mínimos e não exerce atividade remunerada.

Cada modalidade tem um código específico para pagamento e pode ser consultada no portal da Receita Federal ou pelo aplicativo Meu INSS.

O recolhimento mensal precisa ser feito por meio da Guia da Previdência Social (GPS), que pode ser emitida digitalmente. O procedimento é simples e pode ser realizado pelo site ou aplicativo Meu INSS.

  • Acesse o Meu INSS pelo site ou aplicativo.
  • Faça login e vá até a opção Emitir Guia de Pagamento (GPS).
  • Escolha o código de pagamento correspondente ao plano selecionado.
  • Gere e imprima a guia para pagamento.

O pagamento pode ser feito em bancos, lotéricas e aplicativos de instituições financeiras. Quem tem contribuições em atraso deve regularizar os valores o quanto antes para evitar perda de direitos previdenciários.

Saiba mais: MEI que não lucra também tem obrigações: saiba quais são e tome cuidado!

Como recuperar valores pagos indevidamente

Se durante o período como Microempreendedor Individual houver pagamentos duplicados ou indevidos, é possível solicitar a devolução pelo Pedido Eletrônico de Restituição no portal do Simples Nacional.

Essa solicitação é importante para evitar prejuízos financeiros e garantir que apenas os valores corretos sejam destinados ao INSS.

O ex-MEI que deseja manter a proteção previdenciária precisa reorganizar a forma de contribuição. Para evitar erros, o ideal é buscar informações no site oficial do INSS ou contar com a ajuda de um contador para escolher a melhor opção conforme sua nova realidade profissional.

Andrei Hardtke

Andrei Hardtke, natural de Pelotas/RS, 24 anos de idade. Formado em Letras pela UFPel, pós-graduado em Linguagens e atual redator do Cadastro Único Brasil. Desde criança, as palavras sempre estiveram comigo, do gibi às palavras cruzadas. Já há alguns anos, descobri uma paixão por escrever poemas como um passatempo, o que me inspirou a ser redator e escrever textos que não só informam, mas que também cativam e emocionam.

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