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Isenção do Imposto de Renda a R$ 5 mil: veja a nova tabela, como funciona o desconto e quem paga menos IR

Projeto de lei aprovado pelo Congresso zera o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e reduz o imposto para quem recebe até R$ 7.350 mensais.

Finalmente, uma boa notícia para o bolso de milhões de brasileiros. A promessa de campanha de ampliar a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem tem renda mais baixa saiu do papel. Com a aprovação do projeto de lei pelo Congresso, quem ganha até R$ 5 mil por mês terá isenção total.

É um alívio enorme para a classe trabalhadora, que há anos via a tabela do IR corroída pela inflação. A mudança corrige uma distorção histórica, onde a cada aumento de salário, mesmo que para repor perdas, o trabalhador acabava pagando mais imposto.

Na prática, a isenção chega até o teto de R$ 5 mil mensais e começa a valer a partir de janeiro de 2026.

A medida traz mais dinheiro para o orçamento familiar de milhões de pessoas, dando um fôlego extra para consumo ou para quitar dívidas. É um passo importante para fazer o imposto ser mais justo no país.

A mágica do desconto simplificado

Pode parecer estranho falar em isenção para R$ 5 mil quando o limite da tabela, em 2025, estava um pouco acima dos R$ 2.400. A chave para essa ampliação está no desconto simplificado.

O desconto simplificado é uma ferramenta que o governo usa para zerar o IR para quem está nas faixas mais baixas. Ele funciona como uma dedução automática da sua renda, antes de aplicar a alíquota de imposto.

Pela nova regra, quem ganha até R$ 5 mil poderá optar por um desconto simplificado fixo que zera o imposto.

Esse valor de desconto é ajustado para que a base de cálculo de quem recebe R$ 5 mil caia exatamente na faixa de isenção da tabela. É um truque de cálculo que garante que você não pague imposto.

Quem ganha mais também tem alívio

A novidade não beneficia apenas quem ganha R$ 5 mil. O projeto também traz um desconto gradual para quem tem renda um pouco maior.

Se você recebe entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 mensais, você ainda terá um alívio proporcional no imposto. Seu IR será menor do que o que é pago hoje.

Nessa faixa de renda, o desconto simplificado continua existindo, mas com um limite reduzido. Quanto mais perto você estiver do teto de R$ 7.350, menor será o percentual de redução.

Acima de R$ 7.350 por mês, as alíquotas e regras de cálculo do Imposto de Renda permanecem as mesmas do modelo atual. Para esses salários, o impacto da mudança não será sentido.

Essa progressividade garante que a medida beneficie de forma mais intensa as famílias de renda média e baixa. Tudo sobre o Brasil e o mundo aqui.

O que muda para a declaração anual

É fundamental entender a diferença entre o Imposto de Renda retido na fonte (o que é descontado todo mês no seu contracheque) e a Declaração Anual de Ajuste.

O aumento da isenção e o desconto simplificado afetam principalmente a retenção mensal na fonte. Se você ganha até R$ 5 mil, o desconto do IR em seu salário deve parar.

No entanto, o fato de estar isento do imposto não significa, necessariamente, que você está livre de declarar.

Obrigações como ter patrimônio superior a um limite específico, ter rendimentos isentos acima do teto ou ter realizado operações na Bolsa de Valores ainda podem exigir a entrega da declaração anual.

A Receita Federal deve divulgar, no início de 2026, as regras detalhadas de quem fica obrigado a declarar. É crucial ficar atento para evitar multas.

Outras mudanças: taxação de grandes fortunas

Para compensar a perda de arrecadação causada pela ampliação da faixa de isenção, o projeto de lei trouxe mudanças que miram as altas rendas.

A principal delas é a criação de uma tributação mínima sobre lucros e dividendos enviados para o exterior.

Além disso, foram criadas novas regras para a taxação de fundos exclusivos e aplicações financeiras no exterior, conhecidas como offshores.

Essas medidas buscam aumentar a arrecadação em outras áreas, cumprindo a promessa de fazer com que o sistema tributário seja mais progressivo no Brasil.

Na prática, os mais ricos, que antes tinham isenção em certos tipos de rendimentos, passam a contribuir mais. Essa reestruturação garante que o ganho para a população de baixa renda não desequilibre as contas do governo.

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

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