NotíciasBPC

INSS perde R$ 14,5 BILHÕES por ano com pagamento indevido do BPC: pente-fino vem aí!

Todos os anos, o INSS perde bilhões de reais com pagamentos que não deveriam acontecer. Por isso, o INSS vai fazer mais um pente-fino.

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um programa do Governo Federal que garante um salário mínimo mensal a pessoas com deficiência e idosos com 65 anos ou mais que vivem em situação de extrema vulnerabilidade social.

O principal critério para receber o benefício é comprovar que a renda per capita da família é inferior a um quarto do salário mínimo. Diferente de aposentadorias, o BPC não exige contribuições prévias à Previdência, mas sim o cumprimento rigoroso das regras de elegibilidade.

Este auxílio é fundamental para milhões de brasileiros, assegurando dignidade e inclusão social a populações em condições de vulnerabilidade.

Os beneficiários do BPC podem esperar por mais um pente-fino em breve.
Os beneficiários do BPC podem esperar por mais um pente-fino em breve. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

Gastos do BPC com pagamento indevido são preocupantes

Os pagamentos indevidos do BPC têm se tornado uma preocupação crescente, com um impacto significativo nas contas públicas. Estima-se que, em 2025, aproximadamente R$ 14,5 bilhões sejam destinados a benefícios concedidos de forma irregular, o que representa cerca de 12% do custo total do programa.

Essa situação é atribuída a um aumento fora do esperado no número de concessões, especialmente para pessoas com deficiência, ocorrido a partir de 2022, sem justificativa demográfica ou econômica aparente.

Segundo estudos do ex-presidente do INSS, Leonardo Rolim, a quantidade de beneficiários do BPC saltou de 4,71 milhões em 2021 para 6,3 milhões em 2024, representando um crescimento de 33,4%.

Esse aumento não corresponde ao ritmo natural de envelhecimento da população ou ao número de pessoas com deficiência que seriam elegíveis ao programa. Essa disparidade sugere a existência de falhas nos critérios de concessão e na fiscalização, agravando o custo do benefício.

Além disso, processos judiciais têm contribuído para a elevação dos gastos. Atualmente, um terço dos benefícios do BPC é concedido por meio de decisões judiciais, que muitas vezes dispensam a análise biopsicossocial realizada pelo INSS.

Esses processos, restritos a perícias médicas, frequentemente ampliam o acesso ao benefício sem considerar integralmente o contexto socioeconômico do solicitante, gerando despesas adicionais e dificultando o controle financeiro do programa.

Veja outros: Bolsa Família prorroga em mais 10 DIAS o acompanhamento de saúde: não perca tempo! – CadÚnico Brasil

Restrições podem acontecer para acabar com os gastos

Para reduzir os gastos indevidos do BPC, o governo planejou implementar medidas restritivas, mas enfrentou resistência no Congresso Nacional e vetos presidenciais. Entre as propostas desidratadas, estava a introdução de critérios mais claros para a concessão do benefício a pessoas com deficiência, diferenciando condições moderadas e graves de deficiências leves.

Especialistas como Leonardo Rolim argumentam que essa mudança poderia conter o aumento injustificado de despesas, mas o veto presidencial comprometeu sua aplicação.

As medidas restantes incluem revisões cadastrais regulares, o uso de biometria e a exigência de inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) para novos beneficiários. Essas ações são vistas como positivas, mas seu alcance é limitado diante da dimensão do problema.

Segundo Paulo Tafner, economista especializado em Previdência, o impacto das revisões pode gerar uma economia de R$ 10 bilhões em dois anos, embora os gastos totais com o BPC e a Previdência estejam subestimados em até R$ 22 bilhões para 2025.

Apesar dessas iniciativas, a resistência a restrições mais rigorosas reflete o desafio de equilibrar a responsabilidade fiscal com a proteção social. O debate sobre os critérios do BPC evidencia a necessidade de aprimorar os mecanismos de controle, garantindo que o benefício chegue a quem realmente precisa, enquanto se evita o comprometimento das contas públicas.

Sem uma abordagem mais firme, o crescimento contínuo das despesas do BPC pode comprometer a sustentabilidade do programa no longo prazo.

Veja outros: Idosos, é hora de economizar! Confira a lista atualizada de remédios grátis no Farmácia Popular – CadÚnico Brasil

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo