Notícias

Imposto de Renda 2026: entenda as regras agora para evitar a correria de última hora

A declaração do Imposto de Renda é um compromisso anual. Prepare-se com antecedência e entenda as novas regras para não cometer erros na entrega.

A declaração do Imposto de Renda (IR) é um compromisso anual que costuma gerar muita dor de cabeça. A correria de última hora e a falta de organização são as principais causas de erros e, claro, de cair na temida malha fina.

Embora o prazo de entrega só comece, de fato, em março de 2026, é agora, no final do ano, que você precisa começar a se preparar. A declaração de 2026 vai analisar todos os seus rendimentos e despesas de 2025.

Organizar os documentos e entender as regras com antecedência é a melhor estratégia. Isso permite que você identifique possíveis deduções e evite a pressa que leva a erros no preenchimento.

A Receita Federal tem feito mudanças constantes nas regras, principalmente nas faixas de isenção e nos critérios de bens e direitos. Ficar por dentro dessas alterações é essencial para não ser pego de surpresa.

Lembre-se: o IR não é apenas pagar imposto; é prestar contas ao governo sobre toda a sua movimentação financeira. Fazer isso de forma correta e tranquila garante a sua paz de espírito.

1. Quem será obrigado a declarar em 2026

Os critérios de obrigatoriedade para a declaração do Imposto de Renda 2026 (ano-base 2025) são definidos pela Receita Federal e costumam ser ajustados anualmente.

Você provavelmente será obrigado a declarar se, em 2025, se enquadrou em alguma destas situações:

  • Rendimentos Tributáveis: Se recebeu rendimentos tributáveis (como salário, aposentadoria ou aluguéis) em valor acima do limite estabelecido (esse valor é atualizado, mas geralmente fica em torno de R$ 30 mil anuais).
  • Rendimentos Isentos e Não Tributáveis: Se a soma dos seus rendimentos isentos (como poupança ou FGTS) ou tributados exclusivamente na fonte (como 13º salário) foi superior ao limite fixado (geralmente, acima de R$ 40 mil).
  • Atividade Rural: Se teve receita bruta da atividade rural em valor superior ao limite oficial.
  • Bens e Direitos: Se possuía bens (imóveis, veículos, investimentos) de valor total superior ao limite (que costuma ser R$ 300 mil) até 31 de dezembro de 2025.
  • Operações na Bolsa: Se realizou qualquer tipo de operação na Bolsa de Valores, de mercadorias, de futuros ou assemelhadas, independentemente do valor.

É importante frisar que o limite de isenção tem sido reajustado anualmente pelo governo. Fique atento às notícias oficiais para saber o valor exato que define se você precisa ou não declarar.

2. A importância da organização de documentos

A chave para uma declaração tranquila é a organização. O ideal é que, a partir de janeiro, você comece a juntar todos os comprovantes relativos ao ano de 2025.

Os documentos mais importantes que você precisa separar incluem:

  • Informes de Rendimento: Recebidos de todas as suas fontes pagadoras (empresas, INSS, aluguéis). Os bancos também fornecem informes de rendimentos de aplicações.
  • Comprovantes de Despesas Dedutíveis: Recibos de planos de saúde, despesas médicas (com CNPJ ou CPF do profissional) e comprovantes de gastos com educação (escola, faculdade, pós-graduação).
  • Documentação de Bens: Notas fiscais de compra e venda de veículos ou imóveis que você tenha feito em 2025.

Guardar esses documentos de forma digitalizada e organizada facilita o preenchimento do programa da Receita Federal e serve como prova caso você caia na malha fina.

3. Atenção à declaração de bens e direitos

Muitas vezes, a malha fina acontece por causa de erros na declaração de bens e direitos, e não apenas por omissão de renda.

Se você comprou um imóvel, um carro ou fez grandes investimentos em 2025, precisa informar isso de forma detalhada na declaração de 2026. Lembre-se: o valor a ser informado é o custo de aquisição, e não o valor de mercado atual.

Se você vendeu algum bem, precisa declarar o valor recebido. Se houve lucro na venda (ou seja, vendeu por um valor maior do que comprou), é provável que você tenha que pagar um imposto sobre esse ganho de capital.

Começar a separar os comprovantes agora garante que você não deixe nenhum dado importante de fora. O planejamento prévio é o seu maior aliado para evitar sustos na época da declaração.

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo