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Governo vai MONITORAR suas compras com o Bolsa Família? Entenda a nova decisão!

Devido ao crescimento do uso do Bolsa Família para a realização de apostas, o governo decidiu controlar os gastos com o benefício.

O debate em torno do uso dos recursos repassados pelo programa Bolsa Família voltou a ganhar destaque. O governo brasileiro discute novas formas de garantir que o benefício seja utilizado exclusivamente para atender as necessidades básicas das famílias mais vulneráveis.

A ideia central é evitar que os recursos sejam gastos em produtos ou serviços que não estão alinhados com os objetivos do programa social.

Essa possível mudança tem gerado discussões sobre o impacto nas famílias beneficiárias e na forma como o auxílio é utilizado. Mas por que o governo está propondo essa medida, e como isso afetará os beneficiários?

Aqueles que usarem o Bolsa Família de forma irregular podem enfrentar problemas no futuro.
Aqueles que usarem o Bolsa Família de forma irregular podem enfrentar problemas no futuro. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

Por que o governo decidiu monitorar os gastos dos beneficiários?

A principal razão para essa proposta de controle é a preocupação com o desvio de finalidade dos recursos do Bolsa Família. O programa tem como objetivo auxiliar as famílias mais carentes a garantirem acesso a itens essenciais como alimentação, roupas, remédios e serviços básicos.

No entanto, há indícios de que parte dos recursos não está sendo utilizada para esses fins. Um estudo recente do Banco Central apontou que, entre janeiro e agosto de 2024, os beneficiários gastaram cerca de R$ 10,5 bilhões em apostas on-line.

Esse dado chamou a atenção das autoridades, que começaram a discutir a necessidade de uma maior fiscalização sobre como o dinheiro é utilizado.

Além disso, o senador Cleitinho, autor do Projeto de Lei 3.739/2024, argumenta que permitir o saque em dinheiro ou a transferência eletrônica, como é feito atualmente, facilita o uso indevido dos recursos.

Segundo o senador, há um risco de que o dinheiro destinado à alimentação e a outros itens essenciais seja desviado para a compra de produtos como cigarro, bebidas alcoólicas e até mesmo drogas.

Para ele, isso compromete o objetivo principal do Bolsa Família, que é garantir uma qualidade de vida melhor para as famílias mais pobres. Diante disso, o governo está estudando formas de evitar esses desvios.

A proposta de monitorar os gastos dos beneficiários seria uma maneira de assegurar que os recursos sejam aplicados corretamente, contribuindo, assim, para o cumprimento dos objetivos do programa, como a redução da fome e a interrupção do ciclo de pobreza entre gerações.

Saiba mais: Com este simples passo é possível receber os retroativos do Bolsa Família

Como o controle do Bolsa Família vai funcionar?

Caso o Projeto de Lei 3.739/2024 seja aprovado, o Bolsa Família passará a ser pago de forma diferente. Ao invés de o dinheiro ser depositado em conta, permitindo saques e transferências, o pagamento será feito por meio de um cartão específico de uso restrito.

Esse cartão poderá ser utilizado apenas em estabelecimentos cadastrados na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) que comercializem itens considerados essenciais para as famílias.

Entre os produtos e serviços permitidos estão alimentos, roupas, remédios, gás de cozinha, além de serviços de concessionárias como água, esgoto, energia elétrica e internet.

Com essa medida, o governo pretende garantir que os recursos do programa sejam utilizados estritamente para suprir as necessidades básicas das famílias carentes.

O cartão de pagamento limitaria o uso do benefício apenas em estabelecimentos com CNPJ cadastrado, impedindo a compra de produtos considerados supérfluos ou prejudiciais, como bebidas alcoólicas, cigarros e apostas on-line.

Outro ponto importante do projeto é que essa medida se aplicaria tanto aos novos beneficiários quanto aos que já fazem parte do programa. Ou seja, todos os que recebem o Bolsa Família terão que seguir as novas regras caso o projeto seja aprovado.

A intenção do governo é que essa mudança contribua para consolidar os objetivos do programa, direcionando os recursos diretamente para as áreas que mais impactam a qualidade de vida das famílias, como alimentação e saúde.

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