Governo Lula admitiu falhas no pagamento do BPC e prometeu corrigir tudo nos próximos meses. Entenda o que está acontecendo e o que pode mudar para os beneficiários.
Ao longo dos últimos anos, diversas pessoas contam com uma ajuda mensal para conseguir sobreviver, especialmente quando a idade avançada ou alguma deficiência impede o trabalho.
Em várias casas, o dinheiro do benefício assistencial é a única fonte de renda para pagar comida, luz e remédios. Nesse sentido, qualquer mudança nesse auxílio preocupa quem depende dele para viver com dignidade.
Nos últimos meses, surgiram novas discussões sobre possíveis mudanças nas regras desse benefício. Assim, famílias que vivem com poucos recursos têm acompanhado as notícias com atenção e medo de perder o auxílio. A preocupação cresce principalmente entre os idosos e pessoas com deficiência.

Por que o BPC precisa de ajustes?
Além das incertezas, crescem também as dúvidas sobre como as regras podem mudar e quem pode acabar prejudicado. Enquanto o governo fala em aperfeiçoar o programa, beneficiários temem que as falhas no sistema deixem muita gente de fora.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) paga um salário mínimo por mês a pessoas com deficiência e idosos com mais de 65 anos que vivem com renda muito baixa. No entanto, o Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que algumas falhas ainda comprometem o funcionamento correto do programa.
Recentemente, o TCU apontou que mais de 6% das pessoas que recebem o BPC não se encaixam nos critérios de renda exigidos por lei, representando um peso para os cofres públicos. Ademais, esses beneficiários ocupam o lugar daqueles que realmente atendem aos critérios do programa assistencial.
Em alguns casos, pessoas recebem o BPC junto com outros auxílios que não poderiam ser acumulados. Isso vai contra as regras e acaba tirando a chance de outros que realmente precisam.
Por causa desses problemas, o governo anunciou que pretende revisar e modernizar o sistema do BPC em 2025. A ideia é identificar quem não se enquadra nas exigências e corrigir os cadastros para que o benefício chegue apenas a quem tem direito.
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Objetivo do governo é corrigir falhas
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social já começou a trabalhar para revisar todos os cadastros. A primeira medida será atualizar o Cadastro Único, banco de dados que reúne informações sobre quem pode receber o BPC e outros benefícios sociais.
Com a atualização, o governo pretende cruzar dados de várias fontes para descobrir se o cidadão realmente preenche os requisitos do benefício social.
Além da atualização do Cadastro Único, o governo pretende usar novos sistemas para cruzar informações, como dados da Receita Federal, INSS e outros bancos de dados públicos. Isso deve ajudar a identificar quem tem renda acima do permitido, ou quem recebe mais de um benefício sem poder.
Para quem depende do BPC, é importante manter os dados atualizados, como endereço, renda e número de membros da família, pois essas informações serão avaliadas durante a revisão.
Outra preocupação do governo é com o acúmulo indevido de benefícios. Por isso, as mudanças em 2025 devem incluir mecanismos para impedir que o mesmo beneficiário receba o BPC junto com outro auxílio proibido pela lei. A revisão promete também ser mais rigorosa na hora de analisar novos pedidos.
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Desafio será não afetar quem necessita do benefício
Em resumo, o governo quer organizar o programa para acabar com as fraudes, mas o desafio será não prejudicar quem de fato precisa de assistência.
Sendo assim, é importante que todos que recebem o BPC acompanhem as próximas informações oficiais para saber como manter o auxílio e evitar o cancelamento por problemas no cadastro.