Golpes do PIS/Pasep crescem e exigem alerta redobrado dos beneficiários
Golpistas usam sites falsos e mensagens enganosas para tentar tirar dados pessoais e bancários de trabalhadores do PIS/Pasep.
Nos últimos meses, aumentaram as tentativas de golpes envolvendo o PIS/Pasep, principalmente por meio de mensagens falsas que prometem saques imediatos. Os criminosos usam sites fraudulentos, redes sociais e aplicativos de mensagens para enganar vítimas, pedindo dados pessoais e bancários em troca da suposta liberação do dinheiro.
Muitas pessoas que realmente têm direito às cotas ou ao abono salarial acabam sendo prejudicadas pelas práticas desses golpistas.
Como os criminosos atuam
A tática mais comum é enviar links com visual oficial, muitas vezes imitando páginas da Caixa Econômica Federal ou órgãos governamentais. Ao clicar, o usuário é induzido a preencher informações como CPF, NIS, senhas e códigos recebidos por SMS.
Com esses dados, os golpistas conseguem clonar contas, aplicar golpes de engenharia social e fazer movimentações financeiras sem autorização.
Estratégias usadas nos golpes
- Uso de endereços semelhantes aos oficiais;
- Promessa de valores muito altos;
- Pressão com termos como “último dia para sacar”;
- Pedido de depósitos antecipados para liberar o saque;
- Mensagens enviadas por WhatsApp e redes sociais sem identificação oficial.
O que é o PIS/Pasep
O PIS (Programa de Integração Social) e o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) foram criados nos anos 1970. Quem acumulou cotas entre 1971 e 1988 pode sacar os valores. Além disso, existe o abono salarial, pago anualmente para trabalhadores de baixa renda que atendem a critérios específicos.
Por serem benefícios conhecidos e de alcance amplo, o PIS/Pasep vira alvo constante de criminosos.
Sites falsos e engenharia social
Golpistas criam páginas quase idênticas às da Caixa ou do REPIS, desconfiando apenas os mais atentos. Essas páginas capturam informações sigilosas e podem instalar vírus no celular ou computador.
O lançamento de campanhas oficiais sobre saques costuma ser usado para aumentar os ataques nessas épocas.
Principais sinais de sites falsos
- Endereços que não terminam em “.gov.br” ou “.caixa.gov.br”;
- Usam domínios estranhos com palavras como “bonus” ou “premio”;
- Erros ortográficos e design malfeito;
- Falta do cadeado de segurança no navegador;
- Pedem dados bancários ou pagamentos antecipados.
Como sacar o PIS/Pasep de forma segura
Os saques só devem ser feitos pelos canais oficiais da Caixa ou pelo REPIS.
Trabalhadores podem consultar saldos pelo aplicativo FGTS, pelo site da Caixa ou em agências físicas. Herdeiros precisam apresentar documentos como certidão de óbito e comprovação legal da partilha.
Documentos necessários
- Documento oficial com foto;
- CPF ou NIS;
- Para herdeiros: certidão de óbito e alvará judicial ou escritura pública.
O papel da Caixa e do REPIS
A Caixa é responsável pela liberação dos valores do PIS. O Banco do Brasil administrava o Pasep, que hoje está incorporado ao FGTS. O REPIS auxilia funcionários e herdeiros a acessar esses recursos esquecidos.
Ambas as instituições reforçam que nunca solicitam dados pessoais por WhatsApp ou redes sociais.
Consequências de cair em golpes
Além de perder dinheiro, as vítimas podem ter seus dados usados para outras fraudes, como abertura de contas falsas e empréstimos indevidos. Muitas sofrem com demora para bloquear contas e recuperar prejuízos.
É recomendável registrar boletim de ocorrência em caso de fraude e entrar em contato imediato com o banco.
Orientações para evitar fraudes
- Não clique em links suspeitos recebidos por mensagem;
- Use só sites oficiais da Caixa (.gov.br);
- Desconfie de ofertas que prometem valores altos demais;
- Baixe apenas os apps oficiais em lojas reconhecidas;
- Procure atendimento presencial em caso de dúvidas.
Impacto social e econômico
Esses golpes prejudicam não só os trabalhadores, mas também a confiança nos programas sociais. Muitas pessoas deixam de buscar seus direitos por medo de cair em fraudes, enquanto outras são vítimas de ataques virtuais. Isso sobrecarrega órgãos responsáveis e dificulta o atendimento.
Como denunciar
Quem identificar tentativas de golpe pode denunciar à Caixa, Ministério Público Federal, Procon ou Polícia Civil. Também é possível registrar no portal oficial para sites suspeitos.