O desejo de comprar um carro ou a casa própria é algo que muitos almejam. Mas, infelizmente, criminosos estão por aí usando esse sonho como isca. O que acontece? Eles criam ofertas de financiamentos que parecem irresistíveis, atraindo as vítimas a pagarem antecipadamente uma entrada por um dinheiro que, na verdade, nunca vai chegar. Vamos entender melhor como esse golpe funciona e como se proteger.
O que é o golpe do falso financiamento aprovado?
Esse golpe é uma fraude na qual golpistas se passam por consultores de bancos ou financeiras. Eles informam que a vítima possui um financiamento ou empréstimo pré-aprovado. O truque aqui é usar a chamada engenharia social para convencer a pessoa a pagar uma taxa inicial, que é apresentada como necessária para liberar o dinheiro total, que, na realidade, nunca existiu.
Como os golpistas aplicam o golpe?
Geralmente, a fraude começa com anúncios em redes sociais ou até por um WhatsApp. Os golpistas prometem condições incríveis, como juros baixos ou aprovações para quem tem restrições de crédito. A vítima, interessada, acaba fornecendo seus dados pessoais.
Logo depois, o falso consultor “informa” que o crédito foi aprovado. E aí vem a parte suspeita: ele solicita um pagamento antecipado, alegando custos como “taxas de cartório” ou “seguro de crédito”. Curiosamente, o pagamento é sempre pedido via PIX, direcionado para contas de pessoas físicas. Depois que a vítima transfere o dinheiro, o golpista desaparece ou inventa novas taxas para tentar extorquir mais.
Quais são os principais sinais de alerta para não cair?
O principal sinal de alerta é simples: qualquer solicitação de pagamento antecipado deve levantar bandeiras vermelhas. Instituições financeiras sérias, que estão dentro da lei, nunca pedem valores adiantados para liberar um financiamento. As taxas costumam ser diluídas nas parcelas.
Fique alerta também para ofertas que garantem aprovação, especialmente para quem já tem restrições. Se os juros estão muito abaixo do mercado ou se você sentir pressão para fazer uma transferência rápida, desconfie. Outro grande indicativo de fraude é se o pagamento for solicitado para contas de pessoas físicas, não de CNPJs de instituições.
Quem é o público-alvo mais comum deste golpe?
Geralmente, o foco está em pessoas que buscam ativamente realizar o sonho de adquirir bens de alto valor. Aqueles que têm dificuldade de obter crédito, seja por conta da renda ou do histórico de crédito, são os mais suscetíveis. Para eles, a promessa de uma aprovação fácil parece uma solução dos sonhos.
Fui vítima! O que fazer imediatamente após cair no golpe?
Se você já fez um pagamento e suspeita que caiu em um golpe, é crucial agir rápido.
Interrompa qualquer pagamento: Não transfira mais nada, não importa as promessas que o golpista fizer.
Entre em contato com seu banco: Se a transferência foi recente e via PIX, ligue para o seu banco imediatamente. Solicite a abertura do MED (Mecanismo Especial de Devolução) para tentar recuperar o dinheiro.
Reúna provas: Guarde prints das conversas no WhatsApp, anúncios, comprovantes de pagamento e os dados do golpista.
Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.): Com as provas em mãos, vá até uma delegacia da Polícia Civil ou registre online. É fundamental para a investigação.
Denuncie: Se viu a oferta em redes sociais, denuncie o perfil ou anúncio. Faça o mesmo com o número no WhatsApp.
Dicas de prevenção: como se proteger permanentemente?
A regra mais importante é clara: nunca pague antecipadamente por um empréstimo ou financiamento. Empresas sérias não trabalham dessa forma.
Procure crédito apenas em bancos e financeiras conhecidas e autorizadas pelo Banco Central do Brasil. Desconfie de qualquer oferta que não venha de um canal oficial. Antes de fechar qualquer negócio, pesquise sobre a reputação e o CNPJ da empresa em sites de defesa do consumidor.
Mantenha-se seguro e informado
Realizar um sonho financeiro demanda planejamento e cuidado. Não existe milagre, e as ofertas que pedem um “sinal” ou “taxa antecipada” são, sem dúvida, armadilhas. Sempre pesquise e faça negócios com instituições de confiança.
