FGTS R$ 6.220: Como pedir o saque extra da Caixa para quem teve a casa danificada por desastres
Saiba agora quais são os critérios da Caixa Econômica Federal para liberar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço em situações de emergência e calamidade pública.
A vida de quem passa por um desastre natural, como enchentes ou vendavais, vira de cabeça para baixo. Além do prejuízo material, a preocupação com a reconstrução é imensa. Muita gente não sabe, mas o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS, pode ser uma ajuda importante nesses momentos.
Existe uma modalidade de saque, o chamado Saque por Calamidade, criada justamente para amparar trabalhadores que tiveram suas casas danificadas por eventos graves. Se a sua cidade decretou situação de emergência ou estado de calamidade pública, você pode ter direito a esse dinheiro.
O valor liberado pode chegar a R$ 6.220 para cada evento que afete a sua moradia. É um recurso extra que pode aliviar bastante na hora de comprar novos móveis, eletrodomésticos ou fazer reparos urgentes na estrutura da casa.
É fundamental entender bem as regras e o passo a passo para conseguir solicitar esse saque na Caixa Econômica Federal. Lembre-se que o banco é o agente operador do FGTS e segue critérios bem definidos para a liberação do recurso.
O processo exige atenção aos detalhes e documentação correta para garantir que tudo ocorra sem problemas.
Quem pode solicitar o saque do FGTS por calamidade?
O primeiro e mais importante passo é confirmar se o município onde você mora foi realmente atingido por um desastre e se houve um reconhecimento oficial da situação. Isso é feito por meio de um decreto municipal ou estadual, que precisa ser homologado pelo governo federal.
Sem esse reconhecimento, a Caixa não pode liberar o dinheiro, mesmo que o dano na sua casa seja visível. É a prova de que a região foi severamente afetada por chuvas fortes, inundações, vendavais ou outros desastres.
Outro ponto crucial é ter saldo disponível na sua conta do FGTS, seja ela ativa (do emprego atual) ou inativa (de empregos anteriores). O limite máximo de R$ 6.220 é o valor por evento, e não por ano.
Se você já fez um Saque por Calamidade nos últimos 12 meses, fique atento. A regra permite um novo saque somente se o intervalo entre as datas for de pelo menos um ano. A data considerada é a do primeiro saque.
Você precisa ter uma residência fixa comprovada na área que foi oficialmente atingida pelo desastre. O endereço do imóvel danificado é que precisa estar na lista das áreas afetadas, conforme o mapeamento da Defesa Civil do seu município.
O limite de R$ 6.220 e os requisitos básicos
O valor máximo de R$ 6.220 é estabelecido por lei e serve como um teto. O dinheiro liberado será sempre o menor entre esse limite e o saldo total que você tem disponível nas suas contas do FGTS.
Se você tem R$ 4.000 de saldo, por exemplo, é esse valor que você vai sacar. Se tiver R$ 10.000, você saca os R$ 6.220.
Além de ter o município em estado de calamidade reconhecido e saldo na conta, é necessário apresentar documentos pessoais e comprovar que você reside na área atingida.
É a Defesa Civil municipal que tem a responsabilidade de enviar à Caixa uma lista com os CEPs das áreas atingidas. Essa lista é fundamental e o endereço da sua casa precisa estar nela para que o seu pedido seja processado.
O passo a passo para solicitar o seu Saque Calamidade
A boa notícia é que o pedido de saque hoje em dia é feito de forma prática e digital, o que agiliza bastante o processo. Você não precisa ir até uma agência da Caixa.
Tudo é feito por meio do Aplicativo FGTS, que está disponível para celulares. Depois de instalar e acessar, procure pela opção “Meus Saques” e depois clique em “Outras Opções de Saque”.
Dentro das opções, você vai selecionar “Calamidade Pública” e informar o nome do seu município. Automaticamente, o sistema vai verificar se o seu endereço está nas áreas que a Defesa Civil informou.
Se tudo estiver correto, você precisará anexar alguns documentos obrigatórios. Lembre-se de ter fotos nítidas desses documentos antes de começar.
Quais documentos preciso apresentar?
Você vai precisar de uma identidade oficial com foto, como RG ou CNH, e um comprovante de residência.
O comprovante de residência é um item de atenção. Ele precisa estar no seu nome e ser uma conta de água, luz, telefone ou gás emitida nos últimos 120 dias antes do decreto de calamidade. Caso o comprovante não esteja no seu nome, você terá que apresentar uma declaração do proprietário ou da prefeitura.
Em alguns casos, a Caixa pode pedir um laudo ou declaração da Defesa Civil do município, atestando os danos no imóvel e a sua localização na área atingida. Isso só acontece se o seu comprovante de residência não for suficiente para provar o endereço.
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Acompanhamento e prazo para receber o dinheiro
Após enviar toda a documentação pelo aplicativo, o prazo para análise do seu pedido costuma ser de cinco dias úteis. Se for aprovado, o valor será creditado na conta bancária que você indicar no próprio app.
Você pode escolher receber o dinheiro em uma conta da Caixa ou de qualquer outro banco. O importante é que a conta seja de sua titularidade.
É bom saber que o prazo máximo para solicitar o saque é de 90 dias a partir da data de publicação do decreto oficial de calamidade pública. Não deixe para a última hora, pois é um prazo que não costuma ser estendido.
Ficar de olho no aplicativo é a melhor forma de acompanhar o andamento. Se houver alguma pendência na documentação, eles informarão por lá para que você possa corrigir e reenviar o quanto antes. O objetivo é que você tenha acesso a esse dinheiro rapidamente para ajudar na recuperação.




