Famílias economizam com hortifrúti usando truque simples
A cena é bem familiar para quem vive no Brasil: as barracas coloridas da feira livre, acompanhadas pelos gritos animados dos vendedores e o aroma irresistível de frutas e verduras frescas. Numa terra tão ligada à agricultura, a feira é quase um ritual. Mas, com a concorrência forte dos supermercados e das compras online, a questão que fica é: ainda vale a pena ir à feira? Para ajudar a esclarecer essa dúvida, a gente fez algumas contas e comparou os preços e frescor dos produtos. Você pode se surpreender com a resposta!
A princípio, pode parecer que a escolha entre a feira e o supermercado é simples, mas a verdade é que uma mistura dos dois pode ser a solução ideal para o seu bolso. Vamos explorar isso mais a fundo.
Na ponta do lápis: quem vence a batalha dos preços nos itens básicos?
Para fazer uma comparação justa, montamos uma “cesta de hortifrúti” com os produtos que não podem faltar na mesa dos brasileiros. A ideia foi comparar os preços médios dos itens mais comuns encontrados nas feiras livres e nos supermercados.
Produto | Preço Médio no Supermercado | Preço Médio na Feira Livre | Vantagem |
---|---|---|---|
Batata Lavada (kg) | R$ 4,99 | R$ 5,50 | Supermercado |
Cebola (kg) | R$ 5,99 | R$ 6,00 | Empate técnico |
Tomate Italiano (kg) | R$ 7,99 (em oferta) | R$ 8,50 | Supermercado |
Alface Crespa (un.) | R$ 3,49 | R$ 3,00 | Feira Livre |
Cenoura (kg) | R$ 4,50 | R$ 4,00 | Feira Livre |
Laranja Pera (kg) | R$ 4,99 | R$ 4,00 | Feira Livre |
Banana Nanica (kg) | R$ 5,50 | R$ 4,50 | Feira Livre |
Os dados mostram que, para frutas, legumes e verduras da estação, a feira geralmente sai na frente em termos de preço. No entanto, para itens como batatas e cebolas, e para produtos que costumam ter promoções, os supermercados podem ter uma ligeira vantagem.
O frescor tem preço? Como a proximidade da horta afeta o sabor
Quando o assunto é frescor, a feira livre leva a melhor. No supermercado, os produtos percorrem um longo caminho que vai desde o produtor até as prateleiras, passando por centros de distribuição. Isso pode levar dias e, nesse tempo, os alimentos perdem sabor e nutrientes.
Na feira, você frequentemente compra diretamente de produtores locais que colheram as frutas e verduras há um ou dois dias. Uma alface adquirida na feira, por exemplo, geralmente dura muito mais na sua geladeira, resultando em menos desperdício e economias adicionais no fim do mês.
Qual o segredo da ‘xepa’ para economizar ainda mais na feira?
Um dos grandes trunfos da feira livre é a “hora da xepa”, que acontece na última hora de funcionamento. Nesse período, os feirantes costumam baixar bastante os preços para não ficarem com produtos perecíveis.
É nesse momento que você encontra grandes pechinchas. É possível sair com uma bacia de tomates por R$ 5,00 ou três pés de alface pelo preço de um só. Se você não se importar com um legume um pouco menor ou uma fruta com manchinhas, a xepa é uma ótima forma de rechear a geladeira sem gastar muito.
Quem oferece mais variedade: a gôndola globalizada ou a barraca sazonal?
Aqui, a resposta depende do que você busca. O supermercado oferece uma variedade “globalizada”. É o lugar ideal, por exemplo, para encontrar frutas importadas ou ingredientes fora de temporada.
Já a feira livre foca no que é “sazonal e local”. Embora você não encontre kiwis neozelandeses, é possível descobrir diferentes tipos de banana, várias espécies de pimentas e folhas que raramente aparecem nos supermercados. Essa variedade conecta você com o ciclo natural e com a agricultura da sua região.
O que mais, além da economia, pesa na escolha entre feira e mercado?
Escolher entre a feira e o supermercado vai além de apenas olhar o preço. Ir à feira é uma experiência social. Você pode trocar ideias com o feirante, que muitas vezes é o produtor, obter dicas sobre como escolher a melhor fruta ou até descobrir uma nova receita para um legume que você nunca tinha provado.
Além disso, ao comprar na feira, você está ajudando a fortalecer a economia local. Seu dinheiro vai diretamente para o pequeno agricultor, apoiando o sustento de famílias e favorecendo um modelo de agricultura mais sustentável, com menos intermediários e menos transporte de longa distância.
Afinal, como montar a estratégia de compras ideal para o consumidor?
O consumidor inteligente não precisa escolher entre um ou outro. Uma estratégia que combine os dois é o caminho mais eficaz para economizar e garantir alimentos mais frescos.
Use a feira livre para o “grosso” da semana: Compre a maior parte das suas frutas e verduras por lá, priorizando os produtos da estação, que estão mais saborosos e acessíveis. Se for possível, aproveite a hora da xepa para economizar ainda mais.
- Use o supermercado para compras pontuais: Reserve as grandes redes para comprar itens que têm boas promoções e aqueles que são mais difíceis de encontrar na feira, além das compras de limpeza e mercearia.
Essa combinação garante produtos frescos, apoia a economia local e ajuda a aliviar o peso no seu orçamento mensal.