Diferença entre PIS, Pasep e Abono Salarial: entenda quem tem direito e como sacar em 2025
Confusão entre os benefícios é comum, mas entender as regras ajuda o trabalhador a não perder valores que podem chegar a R$ 1.518
Em 2025, muitos trabalhadores ainda se confundem com os nomes PIS, Pasep e abono salarial. Apesar de relacionados, eles têm públicos diferentes, regras próprias e até bancos pagadores distintos. Saber diferenciar esses benefícios é essencial para não perder prazos e garantir o dinheiro que pode fazer diferença no orçamento.
Esses programas foram criados para fortalecer o vínculo entre o trabalhador e o desenvolvimento do país. O PIS atende a quem trabalha na iniciativa privada, já o Pasep é voltado para servidores públicos e militares. Ambos servem de base para o pagamento do abono salarial, que funciona como um tipo de 14º salário anual.
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O que é o PIS e quem tem direito
O Programa de Integração Social (PIS) é administrado pela Caixa Econômica Federal e foi desenvolvido para integrar o trabalhador de empresas privadas ao crescimento das companhias e à vida econômica do país.
Em resumo, o benefício é destinado a quem tem carteira assinada na iniciativa privada e cumpre os requisitos para receber o abono salarial. Antes de 1988, o PIS também gerava cotas que foram, mais tarde, incorporadas ao FGTS.
- Atende exclusivamente aos trabalhadores do setor privado
- Pagamentos feitos pela Caixa Econômica Federal
- Serve de base para o cálculo do abono salarial anual
O que é o Pasep e como funciona
O Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) tem exatamente a mesma função do PIS, mas é voltado para servidores públicos, militares e empregados de empresas estatais. A diferença é que o pagamento e a gestão ficam sob responsabilidade do Banco do Brasil.
- Destinado aos servidores públicos e militares
- Gerido pelo Banco do Brasil
- Também teve cotas transferidas para o FGTS após 1988
Com o tempo, os dois programas deixaram de acumular patrimônio, servindo apenas como banco de dados para o pagamento do abono salarial a quem cumpre as regras vigentes.
Diferença prática entre PIS e Pasep
A principal diferença está no público atendido e no banco que realiza o pagamento. O PIS é pago pela Caixa para trabalhadores do setor privado, enquanto o Pasep é pago pelo Banco do Brasil para servidores públicos.
Ambos têm o mesmo objetivo social e operam com regras semelhantes, mas é importante saber qual dos dois está vinculado à sua categoria profissional para evitar confusões na hora de consultar ou sacar o benefício.
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O que é o Abono Salarial
O abono salarial é um benefício anual de até um salário mínimo, pago tanto a trabalhadores do setor privado (via PIS) quanto a servidores públicos (via Pasep). Ele equivale a um 14º salário para quem se enquadra nas condições exigidas.
Regras principais para receber o abono:
- Estar inscrito no PIS ou Pasep há pelo menos cinco anos
- Ter trabalhado com carteira assinada em 2024, por no mínimo 30 dias
- Ter recebido até dois salários mínimos por mês, em média
- Ter os dados informados corretamente pelo empregador na RAIS ou eSocial
Em 2025, o valor máximo é de R$ 1.518, equivalente ao salário mínimo nacional. No entanto, o pagamento é proporcional ao número de meses trabalhados no ano-base.
Exemplos práticos:
- 12 meses trabalhados: R$ 1.518
- 6 meses trabalhados: R$ 759
- 3 meses trabalhados: R$ 379,50
Calendário e prazos para saque
Os pagamentos do abono seguem o calendário do governo e permanecem disponíveis até dezembro de 2025. Quem não sacar dentro do prazo perde o direito e só pode tentar novamente quando forem liberados novos lotes de “valores esquecidos”.
Formas de saque do PIS:
- Pelo aplicativo Caixa Tem
- Agências da Caixa Econômica Federal
- Caixas eletrônicos com o Cartão Cidadão
- Crédito direto em conta, para correntistas da Caixa
Formas de saque do Pasep:
- Pelo aplicativo ou site do Banco do Brasil
- Agências do Banco do Brasil
- Transferência direta para conta cadastrada
Quem não tem direito ao abono
Nem todos os trabalhadores enquadrados no PIS ou Pasep podem receber. Ficam de fora:
- Autônomos e profissionais sem vínculo CLT
- Empregados domésticos sem registro formal
- Quem teve renda mensal superior a dois salários mínimos no ano-base
- Pessoas com dados incorretos no sistema da RAIS ou eSocial
Por isso, manter o cadastro atualizado é essencial para garantir que o abono seja liberado corretamente. Pequenos erros de registro ainda são os principais motivos de bloqueios e atrasos no pagamento.
Por que muitos confundem os benefícios
O abono está diretamente ligado ao cadastro do PIS/Pasep, e isso confunde muita gente. Na prática, o PIS e o Pasep não são valores a sacar todos os anos — eles são os registros utilizados pelo governo para identificar quem tem direito ao abono salarial.
Entender essa diferença é o primeiro passo para não perder dinheiro. Trabalhadores da iniciativa privada devem consultar a Caixa, enquanto servidores públicos devem procurar o Banco do Brasil para confirmar o direito e verificar os valores disponíveis.
Com atenção aos prazos e informações corretas, é possível garantir o recebimento do abono sem complicações — um direito importante que ajuda a complementar a renda de milhões de brasileiros.