Uma farmácia deve ser um lugar onde podemos confiar, focado na nossa saúde e bem-estar. Mas, infelizmente, algumas redes estão abusando dessa confiança, usando táticas agressivas de venda e fazendo ofertas enganosas que prejudicam o consumidor, especialmente na hora de comprar medicamentos.
Vamos conversar sobre como funciona o Golpe do Desconto na Farmácia, também conhecido como “empurroterapia”, e como você pode se proteger dessa armadilha.
O que é o golpe do desconto na farmácia?
Esse é um tipo de prática comercial enganosa em que um funcionário da farmácia promete um suposto desconto, geralmente justo na hora de solicitar o seu CPF. Esse “desconto” acaba sendo uma desculpa para empurrar produtos que não são necessários, fazendo você acreditar que está economizando.
A ideia deles é fazer você gastar mais ao oferecer itens de alto lucro, como vitaminas, suplementos e cosméticos, que não estavam na sua lista de compras inicial.
Como os golpistas aplicam o golpe?
O truque começa assim que você chega à farmácia com uma receita ou apenas perguntando por um remédio. O atendente logo pede seu CPF para verificar se você pode receber “descontos do laboratório” ou das promoções da loja.
Enquanto procura o medicamento que você realmente precisa, o funcionário aparece com outros produtos na mão. Ele pode insistir que, para ter direito ao desconto, você também deveria levar uma vitamina ou um suplemento que parece incrível. Para convencer mais, ele fala de um suposto grande desconto no item extra, que muitas vezes já teve seu preço inchado. Assim, você acaba se vendo dentro de uma compra maior e desnecessária.
Quais são os principais sinais de alerta para não cair?
Um dos principais sinais de alerta é quando o atendente insiste para que você leve coisas que não estavam na sua receita ou na sua lista. Fique atento se um desconto em um remédio importante só for dado se você comprar algo que não é essencial.
Pergunte sempre por que estão pedindo seu CPF e verifique o preço de cada item antes de fechar a conta. Se o total ficar muito acima do esperado, mesmo com os “descontos”, pare tudo e analise cada produto com calma.
Quem é o público-alvo mais comum deste golpe?
Os idosos costumam ser o público mais visado, pois muitas vezes confiam demais nos conselhos do atendente e podem se sentir constrangidos em recusar dicas. Além disso, pessoas que estão comprando medicamentos para tratar doenças podem estar num momento mais vulnerável e menos atentas.
Fui vítima! O que fazer imediatamente após cair no golpe?
Se você chegou em casa e percebeu que fez uma compra que não queria, não se preocupe, você tem direitos como consumidor.
Verifique a nota fiscal com atenção: Olhe cada item e o preço. Confira se o desconto foi aplicado e se não há produtos que você não pegou. A nota é a sua prova mais importante.
Tente devolver o produto desnecessário: Se você comprou algo que não era um medicamento de uso controlado, retorne à farmácia e explique que a compra foi forçada.
Procure o farmacêutico responsável: Se o atendente não cooperar, peça para falar com o gerente. Fale com clareza sobre o que aconteceu.
Registre uma reclamação no Procon: Se a situação não for resolvida, você pode fazer uma queixa formal no Procon da sua cidade. Essa “empurroterapia” é ilegal e vai contra o Código de Defesa do Consumidor.
Denuncie aos órgãos de saúde: Se você se sentir prejudicado por essa tática, pode fazer uma denúncia à Anvisa ou à Vigilância Sanitária, pois é um risco à saúde do consumidor.
Dicas de prevenção: como se proteger permanentemente?
A melhor forma de se proteger é estar bem informado. Antes de ir à farmácia, tenha certeza do que precisa comprar e siga a sua lista. Não sinta a pressão de dar seu CPF; pergunte qual é a real necessidade e decida se realmente quer fornecer.
Se um atendente sugerir algo a mais, agradeça e diga um firme “não, obrigado”. Lembre-se: as sugestões sobre sua saúde devem vir do seu médico, e não de um vendedor.
Com essas dicas, você consegue evitar surpresas desagradáveis e manter sua saúde e seu bolso em dia.
