Crianças e adolescentes podem ser vítimas, entenda o risco
O universo digital onde nossos jovens se divertem, como Roblox, Fortnite e TikTok, pode ser também um campo arriscado. Infelizmente, criminosos viram uma oportunidade e usam a linguagem e interesses desse público para aplicar golpes que vão desde o roubo de itens virtuais até extorsões. Vale a pena conversarmos sobre isso e entender como protegê-los.
Este guia é um alerta para pais e responsáveis, explicando como esses golpes funcionam e algumas dicas práticas para manter nossos jovens seguros.
Por que crianças e adolescentes são alvos vulneráveis?
Os golpistas focam em crianças e adolescentes por várias razões. A inocência e a confiança própria dessa faixa etária tornam difícil para eles enxergarem a má-fé camuflada em abordagens que parecem inofensivas. Além disso, o desejo de aceitação social e de ter itens populares, como “skins” em jogos, os torna suscetíveis a promessas de ganhos fáceis.
Muitos jovens não têm uma noção clara do valor real do dinheiro, o que pode levar a compras impulsivas feitas com o cartão dos pais. E tem mais: o medo de serem punidos faz com que eles escondam problemas, o que pode agravar a situação quando um golpe ocorre.
Os golpes mais comuns em jogos e redes sociais
Os criminosos se adaptam ao ambiente digital, criando fraudes direcionadas aos jovens. Um dos golpes mais comuns é o phishing. Nesse caso, os golpistas criam sites falsos que prometem moedas virtuais grátis, como “Robux” ou “V-Bucks”, para roubar logins. Assim, eles conseguem acessar contas que podem ter itens valiosos ou dados financeiros.
Outra tática é o golpe do item raro. Aqui, o criminoso aborda a criança pelo chat do jogo e oferece uma troca, mas desaparece com o item da vítima. Falsos influenciadores criam perfis fakes para promover sorteios que exigem cliques em links maliciosos ou a entrega de dados pessoais.
Um dos golpes mais sérios é a sextorsão. Nesse caso, o golpista se aproxima do adolescente, ganha sua confiança, e o convence a compartilhar fotos ou vídeos íntimos. Depois disso, ele chantageia a vítima, exigindo dinheiro para não vazar o conteúdo para amigos ou familiares.
O papel dos pais: como proteger e orientar
Proteger nossos jovens envolve mais diálogo e supervisão do que simplesmente proibições. O ideal é criar um ambiente digital seguro e educativo, ensinando-os a se proteger e a serem críticos em suas interações online.
Converse abertamente e sem julgamentos: Crie um espaço seguro para que seu filho possa compartilhar situações estranhas que aconteceram online. Deixe claro que a prioridade é a segurança dele, não o erro.
Utilize as ferramentas de controle parental: Configure os controles disponíveis nos dispositivos, como limitar compras, filtrar conteúdos impróprios e controlar o tempo de tela.
Desvincule o cartão de crédito: Evite deixar seu cartão de crédito salvo nas contas de jogos. Prefira cartões pré-pagos ou “gift cards” para as compras online, ajudando a limitar gastos e minimizar riscos.
Eduque sobre a privacidade dos dados: Ensine que informações como nome completo, endereço da escola, telefone e senhas nunca devem ser compartilhadas na internet. Um “amigo” online pode ainda ser um completo desconhecido.
Ajuste as configurações de privacidade juntos: Revise as configurações do perfil em jogos e redes sociais em conjunto com seu filho. Limitar quem pode enviar mensagens ou ver publicações é essencial.
Observe mudanças de comportamento: Fique atento a sinais de isolamento, ansiedade ou raiva excessiva após o uso de eletrônicos. Esses podem ser indícios de que seu filho está enfrentando uma situação difícil online.
Mantenha-se seguro e informado
A tecnologia, por si só, não é o problema; ela reflete o mundo real, com seus altos e baixos. A melhor maneira de proteger crianças e adolescentes é garantida pela participação ativa dos pais em suas vidas digitais. Educação, diálogo contínuo e supervisão atenta são as melhores armas para assegurar que a experiência online seja segura e divertida.