CPF e cartão de beneficiários do Bolsa Família podem estar NA MIRA do Governo Lula
O governo está de olho no CPF e cartão dos beneficiários do Bolsa Família. Entenda o motivo e se os seus pagamentos correm risco.
O governo tem enfrentado um desafio para impedir que beneficiários do Bolsa Família utilizem o dinheiro do programa em apostas online.
A pressão do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Supremo Tribunal Federal (STF) tem levado a discussões sobre formas de restringir esse uso, mas as soluções apresentadas até agora ainda não são definitivas.
Por outro lado, o principal obstáculo está na forma como os recursos são movimentados. A maioria das famílias recebe o benefício em uma conta bancária que também pode ser usada para outras despesas, tornando difícil separar os valores.
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Medidas em estudo para restringir apostas com Bolsa Família
Diante desse novo cenário de apostas, a possibilidade de impedir completamente essas transações enfrenta barreiras operacionais e jurídicas.
Mesmo com essas dificuldades, o governo apresentou algumas propostas ao TCU. Entre elas, está a restrição do CPF dos beneficiários para impedir a criação de contas em plataformas de apostas e a limitação do uso do cartão de débito para pagamentos nessas empresas.
As medidas, no entanto, ainda são consideradas insuficientes para impedir totalmente o uso do dinheiro do Bolsa Família em jogos de azar. Por isso, o TCU determinou que o governo apresente soluções concretas para evitar que recursos de programas sociais sejam utilizados em apostas esportivas.
Entre as sugestões discutidas, além do bloqueio do CPF, está a criação de mecanismos de fiscalização para identificar se os beneficiários estão utilizando os valores em apostas. Afinal, a preocupação central é que o desvio desses valores prejudique o propósito original do Bolsa Família.
O Banco Central revelou que, apenas em agosto do ano passado, R$ 3 bilhões foram movimentados em plataformas de apostas por pessoas que recebem o Bolsa Família. A informação chamou atenção das autoridades, que agora estudam formas de impedir essa prática.
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Desafios para a aplicação das restrições
Outro ponto que tem sido debatido é o papel dos municípios nesse controle. O MDS argumenta que, como as prefeituras são responsáveis pelo cadastro e pela atualização dos dados das famílias, elas também deveriam participar da definição de estratégias para lidar com essa questão.
Dessa forma, a proposta de restringir o CPF dos beneficiários pode ser um caminho, mas levanta questionamentos sobre a viabilidade técnica e os possíveis efeitos colaterais.
Como muitos utilizam a conta do Bolsa Família para outras transações, a proibição do uso em apostas não impediria que valores provenientes de outras fontes fossem utilizados para esse fim.
Além disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recursos no STF e no TCU argumentando que uma proibição direta pode ser difícil de implementar, pois a gestão dos cadastros não é feita pelo governo federal, e sim pelos municípios.
A preocupação com a destinação do dinheiro dos programas sociais segue no centro do debate. O governo busca alternativas para evitar que esses recursos sejam gastos de forma inadequada, mas ainda não há um consenso sobre a melhor forma de controle.
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