Cidade de SP é escolhida a melhor do País para viver
Nos últimos anos, temos visto uma série de análises sobre a qualidade de vida nas cidades do Brasil, e é surpreendente como os dados mostram grandes diferenças entre as regiões. As pesquisas mais recentes indicam que as regiões Sudeste e Sul estão bem posicionadas, enquanto o Norte, especialmente na Amazônia Legal, enfrenta desafios consideráveis. Esses contrastes refletem uma combinação de fatores sociais e ambientais que afetam a vida das pessoas.
No fim das contas, algumas cidades estão bem atrás no índice de qualidade de vida. Entre elas, podemos citar Uiramutã (Roraima), Jacarecanga (Pará), Amajari (Roraima), Bannach (Pará) e Alto Alegre (Roraima). Os problemas enfrentados nesses locais são diversos e impactam diretamente o bem-estar de seus habitantes. Apesar de estar em regiões ricas em biodiversidade, a infraestrutura limitada e o acesso precário a serviços básicos são barreiras que dificultam a vida por lá.
Como é elaborado o índice de qualidade de vida?
Para entender a qualidade de vida nas cidades, o cálculo do índice é feito por meio de uma metodologia que leva em conta um conjunto de 57 indicadores. Esses indicadores foram escolhidos por serem relevantes tanto social quanto ambientalmente. Eles se dividem em três grandes áreas: necessidades básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades. Essa abordagem ajuda a ter uma visão ampla sobre como as pessoas vivem nos municípios avaliados.
Curiosamente, há casos em que cidades com menos recursos se mostram superiores em qualidade de vida em relação a municípios mais ricos. Isso acontece muitas vezes porque esses locais conseguem otimizar os recursos que têm e implementam políticas públicas eficazes em áreas-chave. No entanto, a tendência geral ainda favorece as cidades mais abastadas, que tendem a ter melhores serviços e infraestrutura.
As 10 cidades com a melhor qualidade de vida no Brasil
Todo ano, rankings são feitos para medir a qualidade de vida nas cidades brasileiras, levando em consideração fatores como saúde, educação, emprego, segurança e infraestrutura. Com base em informações recentes, aqui estão as 10 cidades que se destacaram, mostrando excelência em desenvolvimento socioeconômico e bem-estar para seus moradores:
- Gavião Peixoto (SP)
- Gabriel Monteiro (SP)
- Jundiaí (SP)
- Águas de São Pedro (SP)
- Cândido Rodrigues (SP)
- Presidente Lucena (RS)
- Luzerna (SC)
- Pompéia (SP)
- Nova Lima (MG)
- Itupeva (SP)
É interessante notar que oito das dez cidades estão localizadas no São Paulo, o que mostra a força dessa região. A lista é predominantemente composta por cidades de pequeno e médio porte, que se destacam por uma boa infraestrutura, serviços públicos de qualidade e oportunidades de emprego.
Quais indicadores ganharam destaque na edição de 2025?
A edição mais nova do índice trouxe cinco novos indicadores que ajudam a aprofundar a avaliação. Entre eles estão o consumo de alimentos ultraprocessados e o número de famílias em situação de rua. Também foram incluídas análises sobre a eficiência do sistema previdenciário e a vulnerabilidade social das famílias.
Aqui estão alguns dos novos indicadores:
- Consumo de alimentos ultraprocessados: analisa questões relacionadas à saúde pública.
- Famílias em situação de rua: investiga o acesso à moradia e à proteção social.
- Resposta a processos familiares: mostra o funcionamento do sistema judiciário.
- Resposta ao benefício previdenciário: mede a eficácia das políticas sociais.
- Índice de vulnerabilidade das famílias: revela os riscos sociais e econômicos enfrentados por grupos familiares.
Essas adições refletem preocupações atuais e ajudam a visualizar questões emergentes na sociedade brasileira.
Quais instituições colaboram para a realização do IPS Brasil?
O índice que avalia a qualidade de vida nas cidades brasileiras é o resultado da colaboração de várias instituições respeitadas. O projeto, conhecido como IPS Brasil, envolve parcerias entre o Imazon, a Fundação Avina, a iniciativa Amazônia 2030, Anattá, o Centro de Empreendedorismo da Amazônia e a Social Progress Imperative. Essa colaboração permite uma análise mais diversificada e robusta.
Com a união dessas entidades, consegue-se um olhar mais abrangente sobre os desafios enfrentados pelo Brasil. Esse trabalho conjunto ajuda a identificar necessidades urgentes e a fomentar discussões sobre políticas públicas que visam o desenvolvimento sustentável e a justiça social nas diferentes regiões do país.
O empenho contínuo em atualizar os indicadores e metodologias demonstra o compromisso com a transparência e a busca por soluções que possam realmente melhorar a qualidade de vida, especialmente nas áreas mais vulneráveis.