Cesta básica tem novos valores que surpreendem brasileiros
O custo da cesta básica em Rio Branco, capital do Acre, aumentou novamente em junho de 2025, depois de um pequeno alívio em maio. Essa alta nos preços dos produtos essenciais é um reflexo da realidade que muitas famílias enfrentam na cidade. Segundo o levantamento feito pelo Departamento de Estudos, Pesquisas e Indicadores da Secretaria de Estado de Planejamento, essa mudança influencia diretamente o dia a dia dos moradores.
Ao final de junho, a cesta alimentar alcançou o valor de R$ 586,80, marcando um acréscimo de 1,72% em relação ao mês anterior, quando estava em R$ 578,05. Esse levantamento foi realizado em 54 estabelecimentos comerciais de Rio Branco, garantindo uma visão ampla dos preços praticados nas lojas.
Quais itens impactaram o valor da cesta básica em Rio Branco?
O acompanhamento mensal mostra que produtos que pesam no bolso do consumidor tiveram variações significativas. O pão, por exemplo, subiu 5,15%, custando agora R$ 85,49 pelo pacote de 6 quilos. A banana também ficou mais cara, com um aumento de 3,40%, assim como o frango, que subiu 3,08%. Por outro lado, alguns produtos ficaram mais acessíveis, como o arroz, que teve uma queda de 2,47%, e o açúcar, que baixou 1,59%.
Essas oscilações refletem como o custo de vida é uma preocupação constante. Juntas, as cestas de alimentação, limpeza e higiene pessoal totalizaram R$ 694,20, representando quase 45,7% do salário mínimo no Acre, que é de R$ 1.518 em 2025. Considerando os descontos, o comprometimento do salário líquido com essas despesas sobe para 49,4%. Isso realmente mostra a pressão que esses gastos exercem sobre a renda das famílias locais.
Como os produtos de limpeza e higiene influenciam no custo final da cesta?
Em junho, a cesta de produtos de limpeza teve um aumento de 0,36%, passando para R$ 82,33. O principal responsável por essa alta foi o inseticida, que subiu 1,81%. Mas nem tudo ficou mais caro; a cera para assoalho teve uma pequena queda de 2,69%, e a esponja de aço também baixou 0,87%.
No que diz respeito aos itens de higiene pessoal, o aumento foi de 0,45% e levou o custo para R$ 25,07. Produtos como o barbeador descartável e o absorvente ficaram mais caros, enquanto o papel higiênico teve uma queda de 2%. Essas mudanças nos preços mostram como é importante para o consumidor ficar atento e ajustar suas compras conforme as variações nos supermercados.
Qual é o impacto do preço da cesta básica na rotina das famílias rio-branquenses?
O peso da cesta básica no orçamento das famílias de Rio Branco é um desafio. Para quem ganha um salário mínimo, foram necessárias mais de 100 horas de trabalho em junho de 2025 para comprar as três cestas básicas. Esse tempo de trabalho aumentou em mais de uma hora em relação ao mês anterior, refletindo como a vida pode ser complicada quando os preços sobem.
Aqui estão alguns dos preços dos produtos:
- Pão (6kg): R$ 85,49 – +5,15%
- Banana (7,5kg): R$ 63,47 – +3,40%
- Frango (2,5kg): R$ 35,84 – +3,08%
- Arroz (3,5kg): R$ 18,07 – -2,47%
- Manteiga (0,75kg): R$ 45,67 – -1,69%
- Açúcar (3kg): R$ 12,99 – -1,59%
Impactos sociais e econômicos da variação do preço da cesta básica
Para uma família composta por dois adultos e três crianças, o custo mensal dos produtos básicos chegou a R$ 2.429,69. Isso representa 1,6 salários mínimos, o que mostra o quanto é complicado para as famílias de menor renda dar conta das despesas. Com as contas apertadas, sobram menos recursos para educação, lazer e saúde, afetando a qualidade de vida ao longo do tempo.
Além disso, o aumento no custo da cesta básica também pode influenciar o comércio local. Muitas pessoas optam por produtos mais baratos, o que acaba impactando as vendas em estabelecimentos. Isso gera um ciclo em que empresas podem ver suas vendas caírem e, consequentemente, o nível de desemprego subir.
Qual o papel do monitoramento de preços para as políticas públicas?
Monitorar o preço da cesta básica em Rio Branco é crucial para criar políticas públicas eficazes e controlar a inflação regional. Acompanhar essa evolução permite ao governo agir de forma que impacte positivamente o poder de compra das pessoas, criando programas de assistência e ações que ajudem a aliviar o peso dos preços para as famílias mais vulneráveis.
Além disso, esse acompanhamento ajuda a identificar as pressões inflacionárias locais e pode levar a medidas como incentivos ao abastecimento e parcerias com produtores. A transparência nos dados e a divulgação frequente dos resultados informam a população sobre as tendências de preços, contribuindo para que todos possam fazer escolhas mais conscientes. Essas ações são fundamentais para minimizar os impactos do aumento da cesta básica na vida da população.